Parte 2

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Vários anos se passaram e a vida de Iwaizumi continuou como se nada tivesse mudado. Ele havia terminado a escola e agora estava trabalhando como fisioterapeuta, ajudando pessoas a se recuperarem de lesões e a recuperarem sua mobilidade. Ele tinha um emprego estável e uma vida social decente, mas ainda sentia uma pontada de solidão sempre que pensava em Oikawa. Era como se um pedaço dele estivesse faltando, e não importa quanto tempo passasse, a dor da perda nunca desaparecia completamente. Aqueles sete anos pareceram uma eternidade para Iwaizumi. A dor de perder Oikawa nunca tinha realmente ido embora, e ainda havia momentos em que parecia uma ferida aberta e crua. Ele havia aprendido a viver com isso, mas sabia no fundo que nunca seguiria em frente completamente.

Embora Iwaizumi tentasse não demonstrar, a perda de Oikawa o afetou profundamente. Ele se tornou mais sério e estoico, raramente rindo ou sorrindo como costumava fazer. Ele se viu evitando eventos sociais e reuniões, preferindo passar seu tempo sozinho

Ele tentou namorar algumas vezes, mas nenhum dos relacionamentos realmente deu certo. Toda vez que ele se aproximava de alguém, ele não conseguia deixar de compará-los a Oikawa, e eles sempre ficavam aquém. Ele sempre se pegava pensando em Oikawa e no que poderia ter sido, se as coisas tivessem terminado de forma diferente. Ele também descobriu que seus relacionamentos sofriam como resultado de sua dor. Alguns de seus amigos tentaram alcançá-lo e confortá-lo, mas ele sempre os afastou, incapaz de lidar com sua simpatia. Ele sentia que ninguém conseguia realmente entender as profundezas de sua mágoa.

Iwaizumi frequentemente se pegava olhando fotos e mensagens antigas de Oikawa, revivendo os momentos que passaram juntos. Às vezes ele ficava bravo, pensando em como Oikawa tinha escolhido o vôlei em vez do relacionamento deles. Mas na maioria das vezes, ele apenas se sentia triste e nostálgico pelo que eles já tiveram.

Iwaizumi frequentemente se pegava olhando pela janela, perdido em pensamentos. Ele sempre pensava nos "e se", se Oikawa nunca tivesse ido embora, se eles nunca tivessem brigado, se eles tivessem apenas conversado mais. Era uma batalha constante em sua mente, tentando lidar com a perda de Oikawa e o amor que ele tinha por ele.

Apesar dos anos que se passaram, Iwaizumi ainda sentia falta de Oikawa com cada fibra do seu ser. Ele queria poder voltar no tempo e dizer a ele como ele realmente se sentia, mas era tarde demais agora. Tudo o que lhe restava eram memórias e a onda ocasional de nostalgia que o inundava sempre que ouvia o nome de Oikawa.

Iwaizumi se viu visitando a casa da mãe de Oikawa frequentemente, sempre indo direto para o antigo quarto de Oikawa. Ele se deitava na cama de Oikawa e enterrava o rosto nos travesseiros, inalando o leve cheiro do garoto que ainda estava lá.

Estar no quarto de Oikawa era a única maneira de se sentir próximo dele. Às vezes, ele ficava ali deitado por horas, perdido em memórias e pensamentos do garoto que ele havia amado tão profundamente.

A mãe de Oikawa encontrou Iwaizumi deitado na cama de Oikawa, seu rosto enterrado em um travesseiro. Por um momento, ela não disse nada, apenas o observando com um sorriso triste no rosto.

Ela sabia o quanto Iwaizumi amava Oikawa, e ela nunca o culpou pela dor e sofrimento que ele estava experimentando agora. Os dois compartilhavam um entendimento silencioso, um vínculo formado por meio de sua perda compartilhada.

A mãe de Oikawa se aproximou de Iwaizumi e se ajoelhou ao lado dele. Ela estendeu os braços e o envolveu, puxando-o para um abraço apertado. Iwaizumi não resistiu. Ele enterrou o rosto no ombro dela e soltou um suspiro trêmulo.

Os dois ficaram assim por alguns minutos, o único som no quarto eram os soluços silenciosos vindos de Iwaizumi. A mãe de Oikawa acariciou suas costas suavemente, seu coração doendo pelo jovem que ela tinha passado a ver como um filho.

Minha última carta para você - iwaoi [tradução]Onde histórias criam vida. Descubra agora