CAPÍTULO 1 - "Oi rato"

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Yonghwa High School


[Meu nome é Oh Sehun, aluno do 3º ano do ensino médio.]

O rapaz ergueu o olhar à frente, se certificando de que a professora de sociologia ainda estava de costas — ocupada demais escrevendo na lousa — e tirou de dentro do caderno uma carta dobrada e feita à mão, apertando-a nervosamente entre os dedos na tentativa de controlar o nervosismo que o tomava. Para ele, entregar cartas a alguém que gostava era clichê e brega, mas ali estava ele tendo aquela ideia de girico.

[Eu sou completamente apaixonado por Minatozaki Sana, simplesmente a garota mais linda que eu já vi.]

Sehun virou o rosto discretamente sobre o ombro, tentando espiar a garota sentada logo atrás dele.

[Eu gosto dela e tenho certeza que ela também gosta de mim — ou pelo menos sente algo. Toda vez que ela me olha, suas bochechas coram e ela desvia o olhar sorrindo. Se isso não é sinal de que ela gosta de mim, então eu não sei de mais nada!]

Ele observou quando Sana se virou para trás para falar com uma colega sentada na fileira seguinte. Sehun viu a oportunidade de colocar sua carta sobre a mesa dela, mas seus olhos se prenderam no caderno aberto à frente de Sana. O esboço que ela estava fazendo chamou sua atenção.

Ele comprimiu as sobrancelhas. Mesmo sem estar terminado, o desenho parecia ser de um garoto... e, ao observar melhor, Sehun reconheceu traços familiares — o formato do rosto, o cabelo. Era ele. Tinha certeza. Atrás, começava outro desenho, mas Sana parecia estar apenas começando a delinear um rosto acima do esboço que ele tinha certeza que era seu, além de umas linhas que ela havia começado a fazer.

Antes que pudesse olhar mais de perto, Sana fechou o caderno de repente, pegando Sehun de surpresa. Ele levantou o olhar e encontrou os olhos dela, que sorriu nervosa.

─── É para a aula de Arte! ─── explicou, tentando soar casual, mas seu desconforto era evidente.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, a professora de sociologia bateu a régua com força no quadro, exigindo a atenção de todos. O olhar rígido da mulher se cravou em Sehun, que rapidamente se virou para frente, frustrado por não ter deixado a carta na mesa de Sana. No entanto, seu coração se encheu de uma satisfação interna ao pensar que ela estava desenhando-o. Pela breve olhada que tinha dado, imaginou que talvez ela estivesse desenhando os dois juntos, ele a carregando nas costas. Tão fofa, pensou, sorrindo para si mesmo.

Sana, por outro lado, sentiu-se aliviada ao ver que a professora desviou a atenção de Sehun. Seria terrivelmente constrangedor se ele visse o que estava desenhando de verdade: ele e Chanyeol... fazendo "coisas" que ela nem ousava mencionar em voz alta.

Ela tinha certeza de que aqueles dois namoravam secretamente. E se não namoravam, mas com certeza tinham algo, Sana sentia isso e achava que eles tinha uma certa química... e claro, eles eram sua principal fonte de inspiração.

Sehun olhou para a carta em sua mesa, refletindo sobre como poderia entregá-la mais tarde, já que isso não seria possível agora que a professora parecia lhe metralhar com o olhar. Só de imaginar a professora exigindo ver o conteúdo, ele já suava frio. Entregar pessoalmente também parecia improvável. Ele sabia que, se tentasse encarar Sana naquele momento, acabaria sorrindo como um bobo, não tinha muito jeito para falar com a garota.

Para falar a verdade, quanto mais pensava sobre a maldita carta, mais sentia vontade de abandonar aquela ideia boba.

Resignado, puxou sua caneta e começou a transcrever o texto interminável no quadro para seu caderno. Sociologia é um saco, pensou, suspirando. Não conseguia entender a si mesmo, quem dirá a sociedade. Ou talvez fosse só culpa da professora, que transformava qualquer coisa em tortura.

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⏰ Última atualização: Oct 14 ⏰

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