Capitulo 04

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Ontem a noite não foi diferente atrai um cara pra mim,e eu acabei o matando,fui pra casa.

Hoje mas cedo Inês ela conseguiu pegar o corpo no Manaus e isso tá me deixando triste o cara que me fazia rir eu bebia junto com ele ele me levava para os lugares.

E hoje ele virou mesmo uma lenda.

Eh passe a tarde inteira ajudando Inês hoje tem show aqui no bar da Inês e já está cheio.

E eu estou aqui cantando com a Camilla,nossas voz era numa sintonia,eu cantava com os olhos fechados mas aí quando eu abro eu vejo o Éric.

Olhando para Camilla.
Enquanto canta.

Mariana:"os ventos do norte não movem moinhos"

Mas dessa vez seu olhar cai em mim,eu olhava nos seus olhos enquanto eu canto.

Mariana:"e o que me resta é só um gemido,minha vida,meus mortos"

Eu vejo ele andando um pouco mas pra perto do palco.

Mariana:"meus caminhos torto,meu sangue latino"

Mariana Camilla:"minha alma cativa"

A gente canta juntas,mas o meu olhar ainda tava no do Éric.

Eu sabia oque Inês queria,era que eu ou Camilla matássemos ele.

Mas de vez ele esta hipnotizado era eu que estava por ele.

Eu não sei oque ele fez mas isso tá dando certo.

Camilla Mariana:"Rompi tratados,trai os ritos,quebrei a lança,lancei no espaço"

Mariana:"um grito,um desabafo"

Camilla:você vai hipnotizar ele e o matar.

Ela fala no meu ouvido.

Mariana:"um grito,um desabafo"

Eu volto a canta tentando disfarça do que ela falou.

Eu vou no ouvido dela e falo só pra ela ouvir.

Mariana:por que eu?

Mariana:"um grito,um desabafo "

Camilla:agora.

Eu continuo cantando as pessoas já foram embora,Camilla foi até ele e deu um estralo no seu ouvido pra ele ficar em transe.

Eu parei de cantar.

Eu saio do palco e sento numas das cadeiras do balcão.

Camilla:é só você chamar o nome dele que ele acorda do transe.

Camilla sai de onde eu estou e vai lá pra dentro.

Mariana:Éric!

Eu o chamo,no momento que eu chamo o seu nome ele olha pros adia sem saber oque aconteceu.

Quando ele ia sair eu entro em sua frente.

Mariana:gostou do meu show?

Eric:você.

Eu continuo olhando no fundo do seu olho.

Eric:você eu lembro de você.
Você estava na casa do seu ciço...na hora que os peixes morreram.
Oque que aconteceu?

Ele fala desviado os nossos olhares.

Mariana:tem coisas que você não pode saber.

Eu vou até ele e pego em sua mão levando ele na direção do cemitério.

Éric:pra onde tá me levando?

Mariana:pra minha casa.

Eu olho ele com um sorriso.

Quando chegamos na porta do cemitério,Éric olha pra mim sem entender.

Eu puxando ele até chegar na minha própria lápia.

Eu empurro ele contra árvore e dou um beijo nele lento.

Éric só sabia me olhar.

Eu do um sorriso pra ele e começo a cantar.

Mariana:ela é feiticeira,ela é poderosa,ela tem axé e dona da encruza,rainha da noite,do cabaré.
Seu sorriso é belo,seu corpo é lindo perfume é flor.

Ele me olha sem entender,eu puxo um pouco sua cabeça para mim,fazendo ele me olhar nos olhos.

Mariana:seu cabelo é negro,o olhar certeiro, ela traz amor.

Eu puxo ele para mais perto de mim deixando ele longe da árvore.
Eu passo meus braços pelo seu pescoço enquanto eu arrodeio ele.

Eu volto a cantar enquanto eu passo a mão nele,Éric continua parado sem fazer nada.

Mariana:quando vem no terreiro,não tem quem não olhe ela é linda demais,e se tu não conhece,ela é dama da meia-noite cuidado,rapaz.

Eu paro de cantar,ficando de frente pra ele,olhando bem nos seus olhos.

Mariana:você não devia entrar no meu caminho Éric.

Eu do uma risada assustando o mesmo.

Quando eu ia beijar o mesmo,eu olho para ele e seus olhos estão brancos,não estão os mesmo olhos que estavam me olhando quase agora,estavam brancos.

Mariana:Éric...

Eu sinto ele pegando no meu pescoço e me empurrando contra a árvore me enforcando.

Ele olha nos meus olhos,e sinto minha alma saindo do meu corpo.

Éric:sentiu saudades Mariana.

Ele me dá um sorriso sombrio.

Eu tô tentando sair do seu toque,mas ele é forte demais.

Eu sinto ele me soltar,fazendo eu cair no chão com tudo.

Éric me olha assustado,saindo rapidamente do cemitério.

Minha visão está ficando turva até ficar tudo preto.

CIDADE INVISÍVEL Where stories live. Discover now