Laura pov.
Brasil, que saudade que eu estava do meu país, já fazia 15 anos que eu estava morando na Itália e vim apenas três vezes para visitar meu pai, na maioria das vezes era ele quem ia. Sempre quis seguir os passos dele, estudei muito e me dediquei para chegar até aqui.
Hoje eu estou desembarcando no Brasil para assumir como técnica da seleção brasileira de vôlei. Meu pai comunicou apenas a direção que estaria se aposentando e logo apresentou meu nome. Foram muitos meses de conversa até eu decidir que viria, a ideia de treinar a seleção era emocionante e desafiadora ao mesmo tempo.
Quando saí do aeroporto, o calor do Brasil me envolveu, e um sorriso automático brotou em meu rosto, eu estava de volta. Enquanto caminhava para o carro, não pude evitar as lembranças: as festas, os amigos, a música. Logo já chamei algumas amigas e elas me contaram sobre uma festa reservada, onde pessoas famosas costumavam aparecer.
Fui direto para o hotel que estava reservado para mim, eu teria dois dias para descansar e logo iria me apresentar para a comissão. Avisei Erica e meu pai que já estava no hotel e que iria para um bar com as meninas. Ela não gostou muito, mas não podia fazer muita coisa, a vida que escolhi muitas vezes exigia sacrifícios.
Naquela noite, o bar estava vibrante, a música alta, as luzes piscando e as conversas animadas me deixaram animada, senti uma mistura de nostalgia e felicidade ao rever minhas amigas. Elas estavam empolgadas para me mostrar o que havia mudado na cidade e, claro, o que havia de novo na vida delas.
Enquanto conversávamos, meu olhar vagou pela pista de dança e, de repente, meus olhos se encontraram com os de Rosa. Ela estava lá, linda e confiante, cercada por outras jogadoras, o jeito como ela se movia, sua energia vibrante, fazia meu coração acelerar. Mas logo minha amiga Victoria, sempre observadora, percebeu que eu estava de olho em Rosa e se aproximou com um sorriso malicioso.
— Você está a fim dela, não é? — ela perguntou, um brilho travesso nos olhos.
— O que? Não, não estou! Sou noiva! — tentei disfarçar, mas o calor subiu à minha face, traindo meu nervosismo.
Victoria riu, cruzando os braços.
— Ah, por favor! A sua "noivado" já acabou faz tempo. O que você está esperando? Se jogar, vai! Rosa é gostosa!
Eu hesitei, lembrando de Erica e de como nossa relação havia se esgotado. O que eu tinha com ela era mais uma questão de costume do que amor.
— E sabe, Rosa tem uma fama... — Victoria continuou, com um sorriso provocador. — Ela sempre se divertiu muito e não costuma se apegar. Então será apenas de uma noite e ela não vai ligar no outro dia
— Ela não vai ligar, ela vai me ver pessoalmente, sendo a treinadora dela — falei, cruzando os braços e tentando me convencer de que era melhor manter a distância.
Victoria riu, balançando a cabeça.
— Isso é para a Laura do futuro resolver. Como eu sei que você adora uma aposta... Se você conseguir levar Rosa para a cama, eu te dou 100 euros, porque eu sei que ela beija muitas bocas por aí, mas ela é bem seletiva para levar para a cama. Já vi ela dando fora em muitas modelos.
O desafio ecoou na minha mente, e, apesar do nervosismo, uma parte de mim começou a se animar. Seria um desafio interessante, algo para desviar a mente das minhas preocupações.
— Está bem, desafio aceito! — declarei, a decisão tomando forma.
Enquanto isso, meu olhar se fixou novamente em Rosa, cercada por amigas, rindo e se divertindo, decidi ir para o bar e pedir um drink, eu sabia que se passasse próxima a ela iria chamar sua atenção
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Destino - Rosamaria
FanfictionRosamaria aproveita a última semana antes de começar os treinos para a VNL. Em uma das festas, acaba indo para um hotel com uma mulher. No dia seguinte, ela acorda e sai sem que a mulher perceba, como costuma fazer. Porém, o que ela não imagina é qu...