Recentemente, Daphne Evans e sua tia, Zoey, haviam se mudado do interior para a cidade de Los Angeles em busca de uma vida melhor. Daphne, uma adolescente de apenas dezessete anos, é transferida para uma nova escola cheia de pessoas ricas e populare...
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- Tia, eu menti pra você, e me arrependo muito. - As palavras saíam da minha boca com dificuldade, como se confessar fosse um peso enorme que eu não conseguia carregar. - Fui à festa com a Becky, mas pelo menos voltei pra casa dela, e isso é verdade. Mas sei que nada disso justifica. Eu confio em você, só que mesmo assim escolhi mentir. Achei que você ia dizer não por... medo. Me perdoa, por favor. Eu tô arrependida de verdade.
Eu mal conseguia encarar os olhos dela, meu coração batendo acelerado de tanta ansiedade. Esperava qualquer coisa - uma bronca, um sermão, qualquer coisa - mas, ao invés disso, senti os braços dela me envolvendo num abraço apertado.
- Tudo bem, meu amor. Eu só preciso que você me prometa que não vai mentir de novo, tá bom? - Ela segurou meu rosto com cuidado, o carinho na voz dela me fez sentir um aperto no peito, mas um alívio ao mesmo tempo.
- Eu prometo! - Falei, com um sorriso tímido. Estava aliviada, mas ainda me sentia um pouco culpada.
Ela sorriu de volta, me deu um beijo na testa, e me soltou.
- Agora vai descansar. Você deve estar exausta. - Ela saiu do quarto depois de me dar um último olhar de preocupação.
Fiquei na cama, o corpo afundando no colchão enquanto eu pensava em tudo. Mas é claro que minha cabeça logo voltou a ele. Vinnie Hacker. O idiota que fez tudo ficar pior. Eu ainda ia dar um jeito nele.
Adormeci com esses pensamentos, e quando acordei, o sol já iluminava o quarto. Me arrumei rápido, desci, e minha tia avisou que não poderia me levar pra escola hoje. Beleza. Peguei minha mochila, dei um beijo nela e saí.
A escola não era longe, mas caminhar pra lá me deu tempo demais pra pensar em como eu ia encarar Vinnie. O que ele tinha na cabeça pra contar tudo pra minha tia? Eu queria explodir de raiva.
Assim que cheguei, comecei a procurar por ele. Não demorou muito para ouvir risadinhas vindo de trás de mim. Virei e dei de cara com Vinnie. Meu corpo bateu no dele com força e senti o cheiro do perfume que ele sempre usava. Irritante, como ele.
- Sai da minha frente. - Falou seco.
- Não acha que a gente devia conversar, Vinnie? - Minha voz saiu firme, mas por dentro eu estava a mil. Chamar ele pelo nome era sempre minha carta na manga.
Ele revirou os olhos, sem paciência.
- Sobre o quê?
- Particularmente. - Dei uma última olhada nos amigos dele, e depois para ele. Que pareceu entender.
- Por que não aqui mesmo? Fala logo, eu tenho aula. - Falou com desdém, olhando para os amigos atrás dele e depois se virou para mim. Mas ele falou isso como se de repente fosse o aluno mais aplicado do mundo.
Eu respirei fundo, me segurando.
- É sério. - Cruzei os braços, o encarando. Vinnie soltou um suspiro pesado, claramente contrariado, mas assentiu com a cabeça.
