Thirteen

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                             Eduarda Dias

Chego em casa, e percebo um silêncio profundo. Será que tem alguém aqui?

— Perdeu alguma coisa? — Isa fala atrás de mim. E eu automaticamente, dou um pulo, com o susto.

— Para de assustar as pessoas assim! — Reviro os olhos.

— Você foi fazer o que com a Elisa? — Ela encosta o corpo na porta e cruza os braços.

Solto uma risada sincera.

— Anda me espionando? Eu sabia! — Me aproximo dela — Primeiro a perseguição no recreio e agora de vigia, para saber onde estou indo e com quem.

Ela fica sem onde recorrer.

— Eu não! — Ela olha para baixo. Pego no queixo dela e a faço olhar para mim.

— O que foi, em? Ficou apaixonada assim, na primeira vez? — Aperto sua mandíbula.

— V-você está me machucando — Percebo a voz da mesma, trêmula — E eu jamais, ficaria apaixonada por alguém como você!

Com minha outra mão, deslizo na coxa dela, as pontas de meus dedos gelados, sentindo seu corpo se arrepiando com o meu toque.

— Não? — Digo baixo, num tom rouco.

Ela me empurra.

— Para de me tocar! Você é bem idiota, sabia? Eu quero que você vá, se foder! — Ela caminha para cozinha, com os passos firmes.

Que nervosa, do jeito que gosto. Deixo escapar um sorriso de canto. Vou para o quarto, indo diretamente para o banheiro, tomo um banho gelado e fico pensando que daqui a duas horas, tenho que ir trabalhar, e qual será a desculpa que irei ter que inventar para minha mãe. Termino o banho e saio do banheiro com a toalha no corpo, olho para as roupas no guarda-roupa e deixo separada a que eu iria usar hoje à noite. Enquanto isso, visto uma bermuda preta e um top branco. Que fome! Desço para cozinha e vejo que minha mãe e o pai de Isa, estão sentados na mesa, jantando. Caminho até eles.

— Nossa, que cheirinho bom. — Sento-me na cadeira.

— Você ficou fazendo o que, a tarde fora? E com quem? — Minha mãe solta os talheres no prato e me olha. Vish.

— Eu fui espalhar currículo e com uma amiga que fiz no colégio, somente. — Sorrio.

— Hmm, ok então! — Ela sorri.

Pego um prato e ponho o macarrão com molho, sento novamente e começo a comer. Até agora a Isa não apareceu. O que é bem, estranho? Foco minha atenção na comida novamente e termino em poucos minutos.

Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios, até que o pai da Isa é um, cara bacana. Comparado a ela, que é um embuste, um embuste bem gostoso... Eu tenho que parar de ficar pensando nessas coisas. Ajudo minha mãe a retirar a mesa, e também ajudo a lavar as louças.

Despeço-me dela e subo para o quarto, vejo as horas e falta meia hora para às oito, ótimo! Já estou atrasada. Resolvi não falar nada, é só eu vim para o quarto mais cedo e fugir, simplesmente fugir. Eu posso encarar um b.o danado se me pegarem e ainda mais se descobrirem para aonde irei, mas sou bem cautelosa e já tenho tudo esquematizado.

Começo a me arrumar, e por último, passo um perfume. Olho-me no espelho, e sorrio com satisfação.

Pego o crachá, um documento falso obviamente e meu celular

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Pego o crachá, um documento falso obviamente e meu celular. Está tudo ok. Tranco a porta do quarto e coloco um som baixinho, passo pela janela do quarto, quase escorregando no telhado. Porra! Mas consigo sair da casa. Chegando na rua, o moto táxi estava à minha espera. Subo e damos partida até a hell nightclub, a boate da qual irei trabalhar.

Minha Meia Irmã [ Dark Romance ]Onde histórias criam vida. Descubra agora