Minha Meia Irmã [ Dark Romance ]

Twelve

Eduarda dias

Caminho no corredor da escola, a procura de Elisa. Nossa que dificuldade.  A vejo no bebedouro e vou diretamente até ela.

— Oi! — Encosto meu corpo na parede e cruzo os braços

— Ah, oi! — Ela dá um sorriso meigo

— Então... você tem algo para fazer agora?

— Não exatamente agora, apenas quando estiver anoitecendo — Ela me olha — Por quê?

— Eu preciso ir à cidade, conhecer o lugar, sabe. E também preciso de um currículo para espalhar por aí

— Querendo que eu seja sua guia turística? Pelo visto, alguém gostou do tour de hoje cedo — Ela coloca o cabelo para trás, e eu acho isso super atraente.

— A pessoa também ajuda — A olho de cima a baixo

Ela sorri e me dá um tapa no ombro.

— Ei! — Finjo doer

— Palhacinha, vamos? — Ela caminha para fora do colégio e eu a sigo.

•••
A gente pega um Uber, e o carro começa a seguir pela cidade. O lugar não era muito grande, mas havia bastante lugar para ir. Paramos em frente de uma papelaria e entramos, peço para que a moça imprimisse uns dez currículos, já tinha em mente onde colocar.

Após pagar, rodo a cidade com a Elisa, espalhando os currículos. Porra! Isso é cansativo, ainda mais nesse calor. E havia um último currículo, que eu nem fazia ideia onde pôr, até ver um enorme cartaz em frente de uma boate, anunciando que está contratando.

— Por que você está olhando para esse lugar? — Elisa me olha

— Vou pôr aí — Digo caminhando até a entrada, e sinto meu braço ser puxado. Olho para Elisa ao me virar

— O que foi?

— Eduarda, você está louca? Esse lugar é proibido para menores de dezoito anos — Ela franze as sobrancelhas.

— Não custa nada a tentar — Entro e ela me segue.

Vou até o balcão e espero alguém aparecer, e logo aparece um rapaz, da qual deduzo que tenha por volta dos trinta anos, ele chega no balcão e toma a folha de minha mão. Uau! Que educado!

— Você está de brincadeira com minha cara? Dezessete anos? E quer trabalhar na boate?

— Viu Duda, agora vamos — Elisa puxa meu braço

— Não! Ali está que precisa de alguém com urgência, eu sei falar outras línguas, sou boa em fazer bebidas — O moço me interrompe e começa a rir.

— Qual é a graça? — Cruzo os braços

— A graça é que, o serviço é para limpeza e para a segurança e você... — Ele me olha — Sem dúvidas fica na segurança.

Mal sabe ele, que sei usar muito bem uma arma.

— Mas se você quiser fazer teste para limpeza, pode vir hoje a noite, já que demonstra tanto interesse por trabalhar.

— Eu venho — Digo sem pensar duas vezes

— Oi? E os currículos na empresa? — Elisa me olha.Puxo ela para o canto.

— As chances de eu ser chamada para trabalhar naquelas empresas, é de dez porcento. E eu irei apenas fazer um teste aqui, se der certo, ótimo! Eu preciso trabalhar, de verdade — A olho

— Só cuidado. — Ela ajeita minha camisa.

Sorrio e volto para o balcão.

— Decidiu pirralha? — Quanta intimidade.

— Decidi sim, e pode deixar que estarei aqui às oito. — Sorrio.

— Gostei de ver. — Ele pega um crachá e me entrega.

— Não perde, você só entra com isso. — Aceno e saio do local com a Elisa.

Que loucura! Agora tenho um emprego. Sorrio ao caminhar pela rua, e desfazendo o sorriso ao lembrar que tenho que arranjar uma desculpa esfarrapada para minha mãe não saber.
E despistar a sarna da Isa, que certamente ficará no meu pé, querendo saber onde estou indo. Que maravilha!  Espero o Uber chegar, e depois de uns minutos ele chega. Olho para a Elisa.

— Obrigada, por ficar comigo. — Sorrio.

— Sempre que precisar, só chamar. E não se esqueça de me contar como foi no trabalho. — Me aproximo dela.

— Pode deixar. — Acaricio o rosto dela e percebo ela morder os lábios. — O que foi?

— O seu toque, faz arrepiar qualquer uma — Ela olha no profundo de meus olhos, e eu dou um sorrisinho de canto.

— Até amanhã no colégio — Ela me dá um beijo na bochecha e entra no carro.

Logo o meu Uber chega, entro e sigo a caminho de casa. A Elisa é uma garota tentadora, mas percebo que meus pensamentos se voltam nas curvas de Isa. Desgraça de boceta impregnante.