Ao se deparar com aquela cena, Yoko ficou paralisada. Ao ver seu pai em uma poça de sangue, sem nenhum sinal de vida no corpo, aquilo havia machucado a garota, a dor de perder a única pessoa da sua família machucava seu peito, enquanto lágrimas desviam pelo torço do seu rosto.
— Afaste-se do corpo, agora.
Uma voz de uma desconhecida ecoou pelo local, Yoko virou-se e viu uma mulher segurando uma arma, suas roupas sujas de sangue, ela era bonita, bastante bonita e Yoko não deixou de reparar nisso.
— Não escutou, docinho? Eu mandei você se afastar.
O cabelo de Yoko foi puxado por aquela mulher, não tão forte para machucar, mas sim para fazer ela se levantar e olhar em seus olhos.
— Aí, isso dói!
Exclamou Yoko, enquanto tentava se soltar do aperto da mulher.
— Me solta! Quem é você? Foi você que fez isso com meu pai!?
Faye sorriu ladino, apertando mais o puxão no cabelo da garota.
— Sim, eu fiz isso. Inclusive, ele merecia mais.
Confessou, sem nenhum sinal de arrependimento.
— Por...Por que?? Ele é meu pai, a única pessoa que eu tinha comigo!
Faye não deixou de sentir pena, mas não é como isso fosse a fazer mudar de ideia.
— Que pena, docinho. Acho que não tem como voltar no tempo ainda, né? Já que você não tem ninguém, vai vir comigo.
— O que?! Com você? Eu não vou.
— Você vai sim, docinho. Não é uma opção.
Antes que Yoko falasse mais alguma coisa, Faye pegou a garota no colo sem nenhum sacrifício. Faye colocou ela no banco de trás, tentando não perder a paciência com o modo que a garota agia.
— Você devia agradecer por eu não ter te deixado lá para morrer. Você é muito ingrata.
— Você acabou de matar meu pai, como quer que fique??
Faye deu de ombros, começando a dirigir pela cidade. O caminho era longo e a cada segundo Yoko reclamava ou dizia odiar Faye com todas suas forças.
Assim que o carro passou por um túnel, lugar onde se ligava com a grande mansão, Faye não escutou mais nada e achou estranho. Olhou para trás e viu que Yoko dormia como um anjinho, nem parecia ser aquela garota que estava brigando a horas atrás.
Faye observou cada detalhe do rosto da garota.
— Até que você é bonitinha...
Faye falou baixinho, voltando a prestar atenção na estrada. O caminho foi longo, mas assim que chegaram Faye voltou a atenção para a garota.
— Ei, acorda. Já chegamos, nem pense que pode me enganar, eu sei que você não está dormindo.
A garota nada respondeu, Faye soltou um suspiro longo e revirou os olhos, saindo do carro logo em seguida.
— Não acredito que vou fazer isso...
Comentou para si mesma, então pegou a garota no colo e assim caminhou para dentro da mansão.
— Arrumem um quarto para ela, pode ser um simples.
Falou para uma das empregadas, deixando Yoko no sofá.
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— Você matou mesmo o pai dela, Malisorn? Ele tinha uma filha para criar.
— Sim, matei. Não se faça de bonzinho, você faria o mesmo se estivesse no meu lugar.
— Só achei que foi muita crueldade com a menina.
— Não importa, ele iria morrer de qualquer jeito.
— Ás vezes acho que você não tem coração, Malisorn.
— Não fale bobagens, é claro que eu tenho.
— Que tal dar ele pra mim, hum? Eu cuidaria muito bem...
Faye suspirou pesado, como ele poderia ser tão insuportável e insistente?
— Não comece com essas bobagens. Inclusive, você deveria ir para sua casa, não acha?
— Por que você nunca me dá uma chance, Malisorn? Eu sou o homem ideal para você, sempre estive ao seu lado em tudo...
— Você realmente não entende, né? Eu não gosto de homens, muito menos de você.
O homem ficou calado por um tempo, Faye nunca havia falado aquilo para ele.
— Você ainda vai ser minha, Malisorn. Eu vou fazer você mudar de ideia, seja por bem ou por mal.
Falou o homem, saindo em passos apressados dali. Faye poderia sentir medo, mas o que ele poderia fazer? Ele era só um guarda dali, não tinha poder em nada.
Continua . . .
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Love and Loyalty [ FayeYoko ]
FanfictionLove and Loyalty Faye é uma mafiosa que não tem pena de suas vítimas, alguns até a chama de "sem coração" por ser tão cruel. A mulher, mesmo tendo seus 30 anos, chama bastante a atenção das pessoas por causa da sua beleza, mas principalmente do seu...