Die With A Smile.

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"Se o mundo estivesse acabando
Eu gostaria de estar ao seu lado
Se a festa acabasse
E nosso tempo na Terra chegasse ao fim
Eu iria querer te abraçar só mais um pouco
E morrer com um sorriso"

Meus pés pousaram o mais gentilmente possível no chão gramado. Olhei para frente e avistei a grande - mas modesta - residência a minha frente. Era completamente o oposto da minha. Tinha apenas 1 andar e várias janelas que davam para os jardins. Uma pequena fonte jorrava bem na frente, e um elfo doméstico estava usando magia para limpar o que eu acredito ser restos de folhas mortas ao redor dela. Faziam anos desde que estive aqui a última vez e nada mudara na casa; no entanto eram situações completamente diferentes as que eu me encontrava.

Se passaram 2 anos desde que a batalha de Hogwarts acabou e eu, juntamente a toda a minha família, fomos humilhados e praticamente escorraçados da sociedade bruxa. Graças a minha atitute e a atitude da minha mãe, não fomos condenados a Azkaban - Harry Potter testemunhara a nosso favor. A única família de comensais aos quais ele fez questão de comparecer e dizer que nós não tínhamos opção de seguir ou não o lorde das trevas. Isso custou alguma quantidade de riqueza de papai, é claro. Mas a humilhação foi o que custou mais caro.

Não retornei a Hogwarts depois. Tinha tido bons N.O.M.S e o que eu sabia foi suficiente para passar em N.I.E.M.S, então logo após ter sido inocentado, foi oferecido a mim um emprego em Gringotes. Outro inferno.

Nos últimos 2 anos tenho tentado mostrar que sou bom no que faço - o que realmente sou - mas os duendes não estão nem um pouco dispostos a aceitar e, mais uma vez, traidores de sangue precisaram intervir. Dessa vez foi Gui Weasley. Meu chefe.

Papai achava toda a situação humilhante no começo, mas agora, ele é agradecido por tudo que nós conseguimos mesmo depois de tudo. Digo nós apesar de ele e mamãe terem ficado em casa esperando eu resolver o nosso destino.

Mamãe tentou se reaproximar da irmã e conseguiu, então a cada 6 meses mamãe escreve uma carta e manda um presente, e já recebemos duas visitas de Andrômeda Tonks e seu neto Teddy Lupin em nossa residência. Por mais estranho que pareça, papai gosta quando eles vão. Mamãe se sente feliz vendo a criança... e foi por isso que eles decidiram me casar.

É óbvio que todo bruxo puro sangue de família tradicional sabe que deverá se casar com outra pessoa da mesma linhagem. Eu sempre soube que meu casamento seria arranjado. Quem iria se casar com um ex comensal da morte sem ser forçada? E aqui estamos nós.

Não precisamos bater na porta, ela se abriu no momento que começamos a andar. Uma mulher bonita e um pouco mais jovem que mamãe apareceu na porta com um enorme sorriso no rosto. Vestia um longo vestido verde sem decotes, e o cabelo em um coque perfeito.

-Boa noite!- Ela disse animada, nos retribuímos o sorriso e a acompanhamos para dentro. Logo ao entrar ficamos em uma sala grande porém simples de estar. Alguns sofás em cor bege estavam dispostos na sala cor azul clara. O lugar era aconchegante.

Daphne e Astoria estavam sentadas no primeiro sofá. A primeira das irmãs sorria abertamente, enquanto a outra olhava para as mãos. O pai delas não estava em lugar nenhum.

-Bom dia.- Papai disse quando entramos. Daphne se levantou e Astoria também, e eu engoli em seco. Daphne usava um vestido um pouco mais curto do que a mãe, cor de rosa. Astoria estacáveis um vestido de alcinha branco com estampa de flores vermelhas, e ele ia até os joelhos. Ela levantou o olhar para mim e forçou um sorriso. Ela parecia querer aquilo tanto quanto os duendes me quiseram no gringotes. Engoli em seco.

-Vocês já conhecem minhas filhas, é claro. Daphne e a Astoria.- A senhora Greengrass e apressou para estar do lado das filhas, no exato momento que um homem apareceu na sala sorrindo.

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