Capítulo 8 - Quinto mês

127 30 11
                                    

Jungkook inclinou-se sobre a barriga já bastante amostra de Jimin, seus dedos longos e magros dedilhando a pele branquinha do ômega fazia as batidas de seu coração acelerar.

O momento extremamente adorável era silencioso, quase sagrado, se não fosse pelo ronronar manhoso do loiro, suas mãos passeando pelos cabelos morenos e recém-cortados do alfa.

A luz do fim de tarde entrava pelas janelas grandes, iluminando a sala com um brilho cálido e muito confortável, assim como a posição que ambos encontravam-se; Jimin mantinha-se sentado no sofá, com a gatinha cinza e dengosa ao seu lado, Jungkook, que ainda estava de terno, estava ajoelhado à sua frente, acariciando sua barriga grandinha.

O moreno sorriu pequeno, percebendo o olhar terno e cheio de amor que seu ômega o lançava, porém, manteve seu olhar para a barriga bela - como se conseguisse enxergar o filhote que crescia ali dentro. Ele levou os lábios rosados para perto e deixou um selar, sentindo uma ondulação de leve.

– Filhote. – Jungkook começou em um segredo, deixando uma pausa apenas para beijar mais uma vez a pele macia. – É o seu papai, amor... – Jimin sentiu seu lobo choramingando, sentindo-se sensível com a cena. – Sei que você ainda é pequeno e que ainda não tem um nome, mas você já é muito, muito mesmo, amado. –  suspirou o aroma de leite e pêssego que misturavam-se. – Eu e seu outro papai estamos te esperando aqui fora, okay?

O loiro sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo, seus hormônios à flor da pele querendo o derrubar. Ouvir Jungkook, o pai de seu bebê, conversar com ele sempre o deixava super emocional, era um ponto vulnerável. Ele observava como o alfa era delicado consigo e com o pequeno, mesmo sendo alguém bastante tímido e reservado, ele amava ver Jungkook abrindo-se daquele jeito, revelando seus sentimentos para si com facilidade.

Jeon continuou, com as pontas dos dedos desenhando ondas e linhas aleatórias:

– Independente de sua classe, iremos proteger o papai Jimin, não é? – indagou baixinho, como se o loiro não estivesse no cômodo, tirando uma gargalhada sincera do mesmo. – Iremos proteger ele para sempre.

Jimin não conseguiu conter suas emoções que transbordavam em seu peito, as lágrimas ameaçando escapar por seus olhos brilhantes e pequenos. As palavras de Jungkook, tão cheias de afeto e promessas, aqueciam seu coração de uma maneira que ele mal conseguia descrever.

– Você vai ser o melhor pai do mundo, sabia? – sussurrou uma pergunta retórica, com um sorriso envergonhado nos lábios fartos, passando os dedos pela bochecha de Jungkook,  que levantou o olhar para encarar os lumes castanhos do ômega. – Quero dizer, você já é o melhor pai do mundo...

Quando os olhares apaixonados e brilhantes encontraram-se, ambos sentiram a conexão de almas aflorar ainda mais, os vários minutos passando-se como segundos. Estavam perdidos um pelo outro, como sempre foi.

Então, quebrando o silêncio, Jungkook sorriu confiante e perguntou:

Quer casar comigo, meu amor? – a indagação saiu completa e firme, o menor levando um tempinho para processar a informação.

O tempo pareceu parar.

Jimin piscou algumas vezes, tentando não surtar externamente pelo que acabara de escutar de seu alfa. O pedido ecoando por sua mente, cada palavra envolta de uma ternura que fazia seu coração bater mais rápido e forte.

Ele sentiu seu rosto esquentar, o rubor subindo pelas bochechas e pontas das orelhas enquanto fitava os olhos arregalados e incríveis com uma mistura de surpresa e alegria.

Jungkook manteve o olhar sereno, mas havia uma expectativa sutil em seus olhos, como se cada segundo de espera fosse uma eternidade. As mãos dele permaneceram em volta da barriga de Jimin, carinhosas e quentes, como se já soubesse a resposta, mas ainda assim ansioso para ouvi-la.

– Sim! – respondeu animado, jogando-se, cuidadosamente, sobre Jungkook. – Claro que eu quero, Jungkookie-ah.

Ao ouvir isso, o alfa finalmente deixou escapar um suspiro aliviado, e um sorriso genuíno curvou seus lábios enquanto ele se inclinava para selar os lábios do ômega em um beijo suave, mas repleto de significado. Não havia grandiosidade no momento, nem preparações elaboradas ou joias extravagantes — apenas a pureza do amor que compartilhavam, genuíno e íntimo.

– Eu te amo tanto, ômega... – confessou enquanto depositava alguns selares no rosto angelical e lindo, aproveitando ao máximo aquele momento.

– Eu te amo mais, Goo-ah.

PregnancyOnde histórias criam vida. Descubra agora