-Não era isso que eu imaginava quando era mais nova- dou um sorriso enquanto olho Tommy beber seu uísque e depois depositar o copo vazio em sua mesa, sinto um enjoo só de sentir o cheiro, mas ignoro, deve ter sido alguma coisa no café - sabe, apostas, assasinatos e essas coisas não estavam na minha lista de sonhos que eu queria realizar.
-Você tinha muitos sonhos, querida.
-Sim, e você me prometeu realizar alguns.
- Não precisa me lembrar, sei das promessas que fiz e prometo realizar todas.
Vou em sua direção e me sento em seu colo e o beijo, sinto ele passar suas mãos em meu corpo até alcançar o meu rosto, me afasto quando a falta de ar se faz presente.
- Tommy, não faça promessas se não sabe se pode cumpri-las - coloco minhas mão em seus rosto começando a fazer um carinho em suas bochecha e sinto seus olhos azuis fixos em mim, atento ao que eu falo - eu sei dos problemas, não precisa mentir para mim. Me deixe ajudar você, não preciso estar entre as armas. Você ainda é um ser humano, e eu sou sua mulher, ajudamos um ao outro.
-Sabe que não gosto de envolver você nos meus problemas.
- Tommy, dificilmente a gente se vê ou conversa.
-Me desculpe, eu estou fazendo o possível para resolver tudo, não se preucupe- ele encosta a testa na minha e fecho os meus olhos - eu não poderia pedir mais nada, você é perfeita, demais para mim.
- Eu te amo.
- Te amo- ele me beija e me senta em cima da mesa depois de afastar as coisas que estavam em cima.
QUEBRA DE TEMPO
Bato na porta da frente da casa de Polly e espero ela abrir enquanto estralo os meus dedos nervosa, ela abre e me dá passagem para entrar.
- Se sente querida, parece que viu um fantasma.
Ela põe as mão nas minhas costas me guiando até o sofá e me sento, a mesma vai até a cozinha voltando com um copo de água e colocando em minhas mão e agradeço. Tomo a água e respiro pesadamente.
- Então, poderia me dizer o que aconteceu para deixar você desse jeito.
- Quero saber se estou gravida- digo de uma vez e Polly abre o maior sorriso que já vi.
-Não me impressiona você vim me pedir isso, me impressiona ter demorado tanto.
Polly vem até mim e coloca as mãos em meus seios e olha a minha barriga.
- A quanto tempo você não tem o seu ciclo?
- A algum tempo, dois meses, eu acho.
- Bem, o que eu devo dizer é que você esta esperando um novo Shelby minha querida- ela pega em minhas mão me olhando com ternura e eu sinto as lagrimas surgirem em meus olhos. Eu e Tommy nunca conversamos sobre isso, será que ele vai aceitar? Sinto os braços de Polly me rodearem e eu deixo as lagrimas saírem- sei que Tommy a ama, e vai amar ainda mais essa criança, não precisa se preocupar.
Depois de me acalmar nós duas vamos até o garrison, sabendo que os meninos estariam ali. Entramos no lugar reservado para os shelbys e vemos Tommy, Arthur e John bebendo e conversando sobre algo, os dois últimos estavam praticamente chorando de rir, vou para o lado de Tommy e o beijo me sentando ao seu lado logo depois, já Polly se senta ao lado de John lhe dando um tapa nas costas depois dele ter falado alguma besteira.
-AÍ, isso doí.
- É para doer mesmo.
Tommy pede para Harry trazer mais um uísque e mais dois copos, mas o interrompo pedindo uma água. Mesmo me olhando estranho o mesmo pede a água.
- Está se sentindo bem?
- Sim.
-Hum.
- A senhora Shelby não vai tomar uma bebida conosco de novo?- Arthur pergunta com um ar de duvida . Não é a primeira vez que recuso alguma bebida.
-Não Arthur, hoje não- digo rindo- afinal de contas não faria bem para o bebê.
Após dizer isso um silêncio toma os três e eu penso se foi um boa ideia ter falado assim, mas Polly me olha tranquilizando. Se ele me ama, ele vai aceitar o nosso filho. Ele é um homem, não iria nos abandonar.
-Bebê?- Tommy me olha com o cenho franzido- você está grávida?
- Estou - falo acenando com a cabeça e chorando, malditos hormônios.
- Porra.
- Demoraram demais.
- Minha mulher está grávida, porra- Tom me pega nos braços enquanto me levanta me balançando.
- Cuidado, Tommy.
Ele me beija e me abraça, parece que ele gostou da noticia.
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