Capítulo Quatro

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                                            Jackson

Não estou em pânico total enquanto empurro a multidão procurando por ela, mas estou perto. Minhas mãos estão todas trêmulas e minha pressão arterial deve estar nas alturas.

Minha cabeça está sacudindo de um lado para o outro, examinando a multidão, tentando colocar os olhos nela. Minha mente está acelerada enquanto Daniel me segue em direção à piscina. O que vai acontecer se eu a vir conversando com um cara? Se eles estiverem... se beijando...

Eu agarro meu estômago, sentindo como se Mike Tyson tivesse acabado de me dar seu melhor soco. Só o pensamento me causa uma dor física real. Ela não será... Ela é minha...

"Precisamos de um plano de jogo aqui", Daniel diz enquanto me alcança.

Ele está olhando ao redor com olhos ansiosos e animados, como uma criança em um bufê de doces.

Eu só tenho um plano de jogo,encontrar minha garota. Eu me endireito e olho para a multidão, examinando-a em busca de cabelos pretos brilhantes e óculos grossos de aro preto. Porra, eu não consigo encontrá-la. Estou todo nervoso por dentro. Sinto que estou perdendo a porra da minha mente enquanto viro minha cabeça, procurando em
todos os lugares pela minha garota.

O MC está falando com as garotas no palco, mas eu nem olho para cima. Os olhos de todos os homens estão lá em cima, mas os meus não. Eu não me importo em ver essas garotas expostas. Eu só quero minha garota e não tem a mínima chance de uma garotinha nerd inocente como ela estar lá em cima. Eu simplesmente sei disso.

"Tire sua camisa", Daniel diz enquanto me dá uma cotovelada nas costelas.

"O quê? Por quê?"

"Você tem abdômen", ele diz, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. "Você é um ímã de garotas. Tire."

"Não. Tire você."

Ele revira os olhos e balança a cabeça.

"Isso não vai atrair ninguém, exceto talvez alguém vendendo cera corporal ou um programa de perda de peso. Tire o seu. As garotas vão se aglomerar em você e eu vou poder pegar algumas das suas vadias rejeitadas."

"Por que ainda sou seu amigo?" Eu pergunto com um suspiro enquanto continuo procurando por ela.

"Porque eu não vou parar de te seguir", ele diz rindo. "Estamos ligados assim para o resto da vida, cara. Acostume-se."

Ele está entrelaçando os dois dedos indicadores. Mal olho antes de me virar para o bar para ver se ela está lá. Ela não está. Meu coração está batendo forte. Onde diabos ela está?

Talvez ela tenha ido ao banheiro. Talvez ela
tenha voltado para o quarto.Minha mente está enlouquecendo pensando nas coisas mais absurdas. Posso acionar o alarme de incêndio se ela estiver no quarto. Isso a fará sair.

"Ella de Charlotte", a voz mais doce que já ouvi ecoa pelos alto-falantes.

Meu corpo fica paralisado enquanto me viro lentamente para o palco. Ela está lá. É ela.

"Ella, a prostituta de Charlotte!", grita o mestre de cerimônias.

Todos aplaudem ao meu redor, mas eu não estou aplaudindo. Meu maxilar está cerrado. Minhas mãos estão cerradas em punhos.

Aquele filho da puta ousou chamar minha doce e inocente garota de prostituta? Quero rasgar sua garganta por isso.

Um rosnado sai do meu peito enquanto a observo
lá em cima, parada na frente de todos com aquela camiseta branca apertada. Ela está exposta demais. Vulnerável demais. Todo instinto protetor que
tenho está rugindo para mim para ir buscá-la. Para carregá-la para fora do palco, longe de todos esses olhos pervertidos.

Eu vou levar issoOnde histórias criam vida. Descubra agora