Dois jovens com sonhos e pensamentos diferente e duas realidades completamente opostas, de um lado temos Nicolas um jovem que sonha em ser médico, seu maior e mais importante sonho é passar no vestibular da USP, porém a realidade financeira que ele...
" Talvez eu goste ainda mais de nós, num inteiro colados a sós com tempo pra se discorrer a dois, sentir tua pele sem tua roupa, não ligo se faz frio ou faz calor " aqui estou eu ouvindo veludo marrom da Lineker, aqui ela fala o que o meu coração mais deseja um alguém para passar o dia coladinho vendo um filme, não importa se faz frio ou se faz calor, o importante é está com alguém que a gente ame de verdade, mais infelizmente nos dias de hoje não se encontra mais o amor, na sua maioria os gays preferem mais uma noite de sexo, do que uma noite em um jantar com alguém, talvez eu seja o ultimo romântico da minha geração.
Oi, gente eu me chamo Nicolas tenho 25 anos, moro com a minha mãe em um bairro de classe media baixa, no popular moro na periferia de BH, tenho 1,69 de altura então sou um pouco baixinho, sou branco, cabelo cacheados, olhos verdes iguais aos da minha mãe , meio fortinho devido a minha genética ser muito boa, então tenho um físico bem definido, vivemos da pensão da minha mãe que ela recebe do meu falecido pai, porém eu me viro como pode, sempre que dar faço bicos para ajudar minha mãe, porém todos os dias tenho que trabalhar para conseguir arcar com a mensalidade do cursinho pré-vestibular que eu estou fazendo, esse será a ultima mensalidade afinal no mês que vem vou fazer o vestibular da USP, para o curso de medicina.
Talvez você deve achar é muita ousadia a pessoa fazer logo o vestibular de uma das faculdades mais respeitadas do pais, logo para o curso de medicina porém para quem estuda nada é impossível e meu sonho é ser médico, desde de muito jovem eu sempre gostei de ajudar quem mais precisa, minha mãe me conta que quando eu tinha sete anos eu já brincava de ser médico, e desde muito cedo eu disse a minha mãe que eu queria ser médico, ela disse que nunca poderia pagar uma faculdade para mim devido ser muito caro, porém como eu sei que existe universidades públicas onde eu não vou pagar nada, então eu prefiro fazer só preciso estudar, já faz dois anos que eu me preparo para essa prova, eu sinto do fundo do meu coração que eu vou passar.
Liz : Nicolas meu filho venha comer "- falou minha mãe com uma voz doce, me tirando dos meus pensamentos "
-- Já vou mãe "- falei"
Liz : Fiz aquele estrogonofe de carne que você adora "- falou ela me dando as costas e indo em direção a cozinha "
-- Ainnnn mãe eu não acredito "- falei me sentando na mesa e sentindo aquele cheirinho delicioso.
Nos sentamos a mesa e fomos jantar, afinal já era mais de 18:00 horas da noite e aqui em casa temos o hábito de jantar muito cedo, afinal depois daqui eu vou deitar um pedaço com ela na sala e logo depois vou voltar a estudar, jantamos e conversamos amenidades, falamos de tudo um pouco, eu amo os momentos com a minha mãe, ela é minha melhor amiga, então tudo o que ela pode fazer por mim ela faz, então se eu estou procurando uma melhora de vida e por causa dela.
Minha mãe se sentou no sofá e eu me deitei no colo dela, e começamos a assistir a novela que passava naquele momento, em uma das cenas um dos personagens estava falava com o amigo sobre está se descobrindo gay, e isso é um tema totalmente sensível para mim afinal meu falecido pai era muito intolerante em relação a isso, e eu desde de pequeno era muito delicado até na forma de falar.
Minha mãe sempre me defendeu quando meu pai usava essas frase que sempre me deixava com o frio na barriga, e muitas vezes tristes.
Esse menino eu não sei não - Ele é muito delicado - Ele fala muito manhoso - Ele é todo desmunhecado.....
Foram inúmeras, porém independente de tudo meu pai nunca me bateu e já brigou na rua por causa de mim, mais no fundo ele era um pouco intolerante aos LGBTs, na cabeça dele eu deveria me casar com uma mulher e dar muitos netos a ele, porém a vida não quis assim, porém meu pai por mais que ele fosse assim ele sempre me ajudou no que fosse preciso, por exemplo quando eu iniciei meu cursinho ele pagou um ano inteiro e no ano seguinte ele faleceu, vítima de um câncer de próstata, meu pai nunca ligou em fazer exames e a gente sempre insistiu, porém na cabeça dele, um macho já mais enfiaria o dedo no anus dele, eu lembro que ele estava no leito de hospital e antes de partir me pediu uma coisa, e me pediu desculpas por tudo.
Pedro - " Meu filho eu quero primeiro de tudo te pedir desculpas por tudo, por todas as vezes que eu fui escroto por você mais eu sempre amei você da maneira e do jeitinho que você era, lamento dizer isso somente no dia em que eu estou prestes a partir, eu sei que você vai passar na faculdade de medicina e dará uma vida mais digna a sua mãe assim como eu fiz por vocês ao longo desses anos, por tanto cuide dela meu doutor, eu amo vocês mais que tudo nessa vida " -
Eu perdoei meu pai, eu sei que no fundo foi só ignorância da parte dele e pouco conhecimento, e infelizmente ele se foi, meu pai sempre cuidou muito bem tanto de mim quanto da minha mãe, nunca nos deixou faltar nada, nunca passamos por dificuldades financeiras, porém meu pai era carteiro e só ganhava um salário apenas, por ser casada com ele, ela foi recebeu o salário dele como pensão vitalícia, ela e eu ainda temos direito aos planos de saúde e também odontológicos, porém sabemos que um salário mínimo não dar para quase nada , e assim seguimos a nossa vida o pouco que eu ganho com os bicos que eu faço como eu disse eu pago o meu cursinho e o que sobra eu ajudo a mamãe aqui em casa.
Saio dos meus pensamentos quando minha mãe chama a minha atenção, para falar sobre o assunto que estava passando na TV, eu ainda não havia me assumido para a minha mãe.
Liz: Olha filho como esse rapaz é lindo "- falou ela mexendo nos meus caixinhos "
Eu não sei bem explicar mais algo no meu coração me dizia que eu deveria contar sobre eu ser gay para a minha mãe, então me levantei do colo dela me sentei no sofá, me virei peguei suas duas mãos e falei.
-- Mãe eu queria te falar algo que a muito tempo está entalado na minha garganta "- falei olhando naqueles lindos olhos verdes iguais os meus "
Liz: Pode falar meu amor "- falou ela com aquela voz doce "
-- Mãe... ( - falei e gaguejei nesse momento, ela passou a mão em meu rosto e falou )
Liz : Pode falar eu já sei o que é só preciso ouvir da sua boca meu amor "- falou e eu a olhei surpreso "
-- Mãe eu sou gay, eu não consigo e nunca gostei de meninas, desde de muito cedo eu sempre me sentir atraído por meninos, por favor não me odeia "- falei chorando olhando para o chão "
Ele segurou meu queixo e levando em direção a ela, e logo em seguida falou as palavras mais lindas que um filho LGBT gostaria de ouvir da sua mãe.
Liz: Meu filho eu já sabia desde de muito cedo, uma mãe sempre sabe, mais não fique preocupado eu vou amar você do mesmo jeito, você é meu filho eu sou capaz de dar a minha vida por você meu filho, ser gay não e nunca foi errado, fico triste com pais e mães que não aceitam seus filhos pelo o que eles são, de todo o meu coração eu amo você do jeitinho que você é. "- falou ela me dando um forte abraço "
Foi o abraço tão acolhedor, tão fraterno tão cheio de amor, sabe quando seu coração se sente confortável e aquele ventinho de felicidade bate em você foi assim que eu me sentir quando a minha mãe me disse aquelas palavras.
CONTINUA ... __________________________
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