Capítulo 11 | Ecos da alma

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Quando eu vi as suas mãos envolvidas em outras sem ser as minhas o meu coração ardeu, não pude conter a confusão que causou em mim, mas o que eu poderia fazer? não tinha nada de si e muito menos era meu. A noite perdeu total brilho e as estrelas não me agradava, os barulhos, os movimentos e o outro alguém..nunca senti tanta inveja.

O que causa em mim é algo incontrolável, e sabe disso..

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Sexta 12:00 na mansão

— Em quatro meses você vai se casar, já vou marcar e preparar. Convidar toda a nossa família que vira de longe pra comemorar essa data tão importante pra você, já fechei contrato com o pai da sua futura esposa que está a sua espera. — Sr.Jeon dizia sentado sem sua cadeira de madeira antiga, os olhos não saiam do computador como todos os dias cinzas que conversava com seu filho.

— não parece que será pra mim e sim pra você, eu não quero me casar agora meu pai. — jungkook tentava mudar os pensamentos do velho que não se importava com a presença alheia e muito menos com as suas palavras. — tenho muito que viver ainda, estou fazendo minha faculdade e cuidando de
mim. — arfou.

— eu não quero saber do que você acha. — relaxou a cabeça a deitando no ombro deixando que os olhos incrédulos olhem para o filho e despertar pelo ocorrido logo em seguida.


' Só que aquele dia não foi como os outros e sim teve a presença da sua mãe que entrou pela porta do escritório com um passo firme e decidido. Seus fios castanhos escuros estavam levemente ondulados e caiam sobre os ombros, com algumas mechas grisalhas. Vestia um vestido azul de seda profundo que realçava suas curvas ainda bem cuidada apesar de ser uma mulher de idade, ela carregava uma bolsa de couro macio em conjunto com o seu olhar frio e calculista, ela ficou em pé na porta e olhou para jungkook dando sinais com a mão para que ele acompanhasse ela.

Ela começou a caminhar pela casa até sair pelas portas do fundo levando até um gramado, o vestido acompanhava o movimento do corpo e Jeon lhe seguia com as mãos no bolso observando como o vento brincava com as mechas do cabelo de sua mãe, um pouco distante temeroso. O sol da manhã iluminava o espaço, criando um jogo luz e sombra, ao chegar nas cadeiras brancas sob uma árvore frondosa perto das estátuas dando completa visão delas, no nada com uma mesa ao meio. A mulher puxou uma cadeira para si e se sentou com elegância, os pés levemente cruzados.

— senta-se. — com a voz mansa e confiante pediu que o filho lhe acompanhasse, com as mãos apoiadas nos joelhos olhando fixamente para o outro que lhe obedeceu.

— minha cabeça está uma bagunça. — ele fez o mesmo, sentando-se de frente para ela. Reclamando levando as mãos diretamente aos fios escuros, indisposto pra ser forte.

— Sabe o motivo de eu te chamar aqui? — perguntou dando espaço pra uma conversa sincera.

— sei, eu sei sim. — suspirou.

— então me diz, fique a vontade. — ela deu a frente para o homem frustado.

— Pra dizer o quanto ele quer o meu bem e que eu tenho que concordar com essa besteira toda de casamento, e sinceramente eu não quero saber! eu não quero mais viver assim desse jeito e eu só queria fazer minhas escolhas, já olhou pra mim? da pra perceber o quanto estou sobrecarregado..— disse cansado, o peito estufado de tanto guardar seus sentimentos por tantos anos.

[JIKOOK] Fragmentos de um amor imortal Onde histórias criam vida. Descubra agora