Capítulo 14 | Cantos da memória

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Mesmo com falta de ar não deixou de lutar. A Luz da lua te iluminou até o último momento, os seus braços serviram de inspiração pois aguentou tudo sozinho mesmo sem forças, eu te admiro. A chuva tentou acalmar mais já não era mais possível.

Com as suas feridas expostas se preocupava com o meu ser que não serviu para enfrentar tudo isso com você.
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'A escola estava silenciosa, todos quietos naquela tarde de sexta-feira. O silêncio, no entretanto, não era sinônimo de paz; parecia esconder algo denso, quase um território inimigo. O moreno apertava contra o peito um envelope grosso, repleto de papéis em si, fotos e pen drive.

— Senhor isso é tudo oque tenho até agora, eles fizeram isso tudo de baixo do seu nariz. — murmurou baixo, as mãos frias deixaram papéis, com um leve tom sínico insistindo em ser aquele que destrói vidas.

Ele tinha uma curiosidade insaciável e um talento especial para estar no lugar certo - ou errado, na hora certa. Tudo começou há três semanas, quando estava andando pelo corredor na festa que o diretor havia feito para aqueles que fizeram a prova.

Enquanto caminhava lentamente parou em frente a uma sala. Lá dentro, ouviu conversas que não eram pra ser ouvidas. Tornou-se perigoso após saber de quem poderia ser a voz, armando com seu celular e algumas estratégias improvisadas, começou a reunir evidências. Fotos, áudios, e até vídeos dos dois homens pela fresta da janela aonde tinha um grande arranhado. E quando eles saíram de carro aproveitou pra seguir até onde terminaram a trajetória e assim tirou mais fotos.

— Você acha que isso me surpreende? Garoto, você não faz ideia do que está acontecendo aqui. — Sua voz ecoou alto nas paredes em vibrações fazendo que o outro se arrepiasse. — fique de boca fechada. — disse uma última vez, apertou o botão sob a mesa. Dois homens corpulentos, vestindo ternos pretos, entraram rapidamente na sala.

— O que você quer? — o Velho perguntou ao outro.

O senhor de voz firme se levantou levemente, um sorriso enigmático surgiu em seus lábios.

— O que eu quero? Ah querido, isso é apenas o começo do que eu já imaginava. O casamento vai acontecer essa noite, mas não da maneira que você imagina. — Os corpulentos se aproximaram mais, prontos para executar ordens que ainda não haviam sido dadas.

O outro homem engoliu seco, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Ele sabia que estava no jogo apenas por tentar se envolver, e seria comido vivo de qualquer maneira. Seus olhos observaram o sinal do senhor que fez os homens de terno irem em direção a porta de saída em sincronia como se eles fossem treinados apenas pra situações assim.
    

Os motores dos carros rugiam na escuridão da noite, enquanto os homens aceleravam em direção a casa isolada e esquecida há muito tempo pelo mais Velho, cercada por uma vegetação densa. As árvores se erguiam como sentinelas, suas sombras os observavam. O cheiro da terra molhada se misturava-se com a adrenalina que pulsava nas veias.

O sentimento de traição esculpia cada sentimento de raiva enquanto os carros continuavam a avançar pela estrada, cada vez mais perto da casa onde segredos obscuros aguardavam para serem revelados.

Os carros sombrios pararam na frente à casa, suas luzes luzes apagadas projetando sombras longas e ameaçadoras pela umidade. Cada passo em direção a porta era calculado e silencioso; eles sabiam que qualquer barulho poderia alertar quem estava no cômodo a frente. Ao entrarem, a porta rangeu levemente, mas ninguém se atreveu a fazer um som. O interior mal iluminado. Eles se espalharam pela sala, os olhares determinados enquanto um dos homens se movia para a cozinha, onde sabia que encontraria os alvos.

Fragmentos de um amor imortal | Pjm + jjk Onde histórias criam vida. Descubra agora