02

43 11 3
                                    


Pete podia cheirá-lo, não cheirava mal, até que cheirava bem, considerando que tinha estado lutando. Notou a pele sob o cabelo que lhe caía até sua cintura, à primeira vista pensara que tinha as costas peludas, mas o cabelo lhe crescia da cabeça. Era mais suave ao tato do que parecia.

Ele ouvia grunhidos baixos enquanto o alfa se afastava rapidamente com ele. Desejava que não estivesse tão escuro para poder ver alguma coisa. Uma débil luz começou a penetrar enquanto caminhavam, assim pôde ver a parede rugosa. A luz se fez cada vez mais brilhante até que pôde ver o chão. Era uma pedra irregular, não lisa como a dos corredores que tinha visto anteriormente.

— Ganhou. — Houve um grunhido suave — Para quem o entregará senhor? – O alfai se deteve.

— Ele é meu – Houve uma pausa.

— Mas sempre dá o que ganha, tenho estado esperado longamente

— Não ele. — Grunhiu Vegas — Este ômega é meu..

— Mas...

— Basta. — Disse Vegas — Se afaste ou o tirarei do caminho.

Pete ouviu o outro alfa rosnar.

— Pelo menos o compartilhará?

— Não.
Essa simples palavra aliviou Pete. Não queria ser compartilhado, o homem que o segurava resmungou.

— Saia de meu caminho. Se queria um ômega, deveria esforçar-se mais para ganhar.

—Mas...

— Chega — Vegas avisou. —Saia do meu caminho agora.

O homem deve ter se afastado do caminho do alfa, já que começaram a se mover novamente. Escutou outras vozes suaves, mas não se atrevia a olhar, teve medo de que tudo o que estivesse ao seu redor fosse algo que não desejava ver. O alfa que o levava, deu várias voltas antes de parar.

Suas mãos o soltaram, mas manteve sobre seu ombro roçando-o contra a rocha. Moveu-se e virou, seguido de um rangido, agarrando ele de novo para que não caísse, entrou na habitação em penumbra. Vegas se inclinou lentamente.

Os pés descalços de Pete tocaram a rocha fria, o braço ao redor de suas pernas o soltou e a mão que tinha em suas nádegas se retirou. Ambos se endireitaram até que ficaram um em frente ao outro. Pete levantou o queixo e o olhou nos olhos antes de voltar sua atenção sobre a sala a seu redor.

Era um pequeno espaço, paredes ásperas de rocha os rodeavam. Um colchão com mantas grossas em um canto e uma pilha de roupa no outro, viu uma porta rugosa feita de uma folha fina de rocha, era a única maneira de entrar ou sair.

— Como se chama? — Sua voz era profunda quando ele rosnou as palavras. Seus olhos se focaram nos dele.

— Pete – Ele piscou, seus olhos brilhavam.

Pete engoliu saliva, olhando-o fixamente. Uma inspiração profunda fez seu peito enorme se expandir ainda mais.

—Eu sou Vegas Theerapanyakul. Sou Zorn. E no meu planeta sou conhecido como Senhor Theerapanyakul, o que é você?

— Humano. Sou da Terra

— Eles o sequestraram de seu planeta, certo? – Pete assentiu.

— Há alguns dias. Disseram que estavam procurando novas espécies para se reproduzirem, mas não sou compatível com eles. – Seus olhos percorreram seu corpo. — Tire o resto da roupa.

Pete retrocedeu, o medo rugiu dentro dela.

— Não – Wangji franziu o cenho.

— Agora – Pete retrocedeu afastando-se, movendo a cabeça.

— O que quer?

— Ver se é compatível comigo – Sua garganta secou.

— Não – Ele grunhiu baixinho.

Vegas e seu ômega humano Onde histórias criam vida. Descubra agora