Sasuke Uchiha, desde que conheceu Sakura Haruno, estabeleceu um ritual diário que, ao decorrer dos anos, tornou-se uma tradição especial, principalmente após a descoberta da primeira gravidez de sua esposa.
Voltei e trouxe essa belezinha para vocês pelo @Uchiha_Project 🍓 CAPA: @devours 🍓 BETAGEM: @nellony 🍓 HELPER: @Druidalis Obrigada por deixarem minha história ainda mais linda!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
As gotas finas caíam sem trégua sobre a viseira de meu capacete, marcando o começo da noite com um aspecto melancólico. O manto acinzentado tingia os céus, e o ar gélido arrepiava a espinha.
Meu corpo todo doía e minha mente pulsava, completamente exausta após um longo e desgastante dia de trabalho. Mas nem mesmo a chuva ou o cansaço esmagador nas costas e nas mãos eram capazes de me impedir de realizar meu ritual sagrado diário.
Respirando fundo, parei a moto ao lado da calçada e dei alguns passos apressados em direção a uma pequena tenda, minha última parada antes de ir para casa.
Um aroma adocicado e bastante familiar invadiu minhas narinas, misturando-se com o cheiro do asfalto molhado. O velho senhor, já acostumado com minha presença ali nos fins de tarde, apenas sorriu brevemente, dando a volta no pequeno balcão organizado.
— O mesmo de sempre, chefe?! — perguntou ele, aproximando-se com uma caixinha de papel, onde, após um rápido aceno meu, passou a colocar alguns tanghulus de morango na embalagem, os atuais doces favoritos da minha esposa.
Eu não sabia ao certo em que momento esse costume começou. Talvez tenha sido no início do nosso namoro, quando eu sempre dava um jeitinho de levar uma caixinha de mochi para Sakura, que os adorava. Depois que nos casamos e veio sua primeira gravidez, sua obsessão por dangos se tornou um novo vício, e, todos os dias, após sair do estúdio, eu os levava para ela sem falta.
Então veio a segunda gravidez, e os doces da vez foram os morangos caramelizados, e estava tudo bem. Eu faria qualquer coisa para vê-la com aquela animação quase infantil ao recebê-los… Algo tão simples, mas que, ao longo dos anos, sem que percebêssemos, havia se tornado nosso ritual diário.
Eu não reclamava, porque a ver feliz era o que me fazia bem. Eu adorava ver o brilho em suas íris esverdeadas e o tom rosado que tingia suas bochechas sempre que se deliciava com eles, degustando cada mordida como se estivesse provando pela primeira vez.
(...)
— Cheguei — avisei ao entrar em casa, sendo atingido pelo cheiro reconfortante do meu lar, onde meu coração descansava e meu corpo se abastecia.
— Sasuke-kun! — Minha esposa surgiu em minha frente, um hábito adquirido por ela logo que começamos a morar juntos. Ela sempre esperava por mim, e não havia coisa melhor no mundo a não ser voltar para Sakura. Ou melhor, para eles. Ela segurava uma toalha branca. Os olhos verdes me analisando da cabeça aos pés, completamente preocupados. — Céus, você está ensopado! — Praticamente ficando na ponta dos pés, minha mulher resmungou baixinho, usando o tecido grosso para passar pelo meu rosto, onde os fios molhados escorriam, grudados em minha testa.
