Jackson Sugg é um adolescente que busca vingança pela sua família, após algum homem mascarado os assassinar. Vamos acompanhar a sua busca por pistas de quem ele é, porém algo que Jack não poderia imaginar é que uma nova pessoa poderia entrar em seu...
O loiro puxa o gatilho da arma acertando um dos sacos de areia. – Tá certo, eu vou tirar as munições pra você entender como que segura esse bagulho. Andrew ficou em silêncio, ele sentiu suas mãos suando, o barulho do disparo, fez seu coração disparar, sua respiração ficar irregular, seus olhos tremendo. – Andrew!! Jackson diz colocando as mãos nos ombros do garoto, seus olhos cheios de preocupação. – E-eu não, não consigo, eu não quero segurar esse negócio. Andrew sente as memórias dos barulhos dos tiros vindo do quarto de seus pais, as imagens de seus corpos, os passos de estranhos em sua casa, os barulhos de sua mãe gritando enquanto cortavam seus seios, o balão que tinha na mente de Andrew enchia e enchia, poderia explodir a qualquer segundo. Seus olhos olham para Jack lacrimejando. Jackson segura sãos mãos com força. – Calminha, calminha, tá tudo bem, vem, vamos fazer outra coisa, que tal irmos para o quarto ler umas revistinhas? Em? Legal não? Você gosta? Podemos ouvir música. O loiro lentamente, caminhou para fora da quadra com Andrew, que acenava sua cabeça e murmurava várias vezes "sim" e "tá bom" baixinho. Eles chegam no quarto da dupla, Andrew se senta na cama da beliche de baixo, ele entreleçava suas próprias mãos, seu pé indo de cima a baixo rapidamente demonstrando sua ansiedade, Jack pega algumas revistinhas de super heróis e coloca sobre a cama se sentando ao lado do moreno. – Eu adoro ler as revistas do Homem aranha, são minhas prediletas, e você? – Não, eu não... Nunca li... Não... Hm... Sua aparência perturbada preocupou tanto o loiro, ele olha para os quadrinhos em sua mão, tentando pensar coisas para aliviar sua situação agoniante. – Ei, você... Tá afim de tomar banho? Colocar um pijama para se deitar, que tal? – Eu só tinha aquele pijama. Antes de saírem da casa de Andrew, ele trocou a roupa, jogando o pijama sujo fora. Jackson se levanta, ele pega uma camiseta de rock que ele curte. – Quer usar essa blusa minha? Eu não uso tanto, não fará falta. – Ahn? Parece... Legal. Andrew move os lábios levemente, trazendo um doce sorriso, se levantando lentamente e pegando a blusa, com as instruções de Jack, Andrew vai para o banheiro. Ligando o chuveiro, ele fecha os olhos deixando a água cair sobre seu corpo, sentindo como se as impurezas estivessem saindo agora, todo o suor e sangue que ainda tinha em seu corpo finalmente se desfazendo deixando-o mais calmo. Enquanto isso, o loiro no quarto deu uma pequena arrumada nele, finalmente jogando aquela maldita fatia de pizza fora, sua cueca jogou no pequeno cesto de roupas que tinha, o cheiro do local já melhorou só retirando aquilo, e continou tirando outras latinhas de refri e caixas de comidas espalhadas, o loiro descartou tudo que podia. Jack caminhou para fora do quarto e foi jogar o saco de lixo na lixeira, ele nota piolho fuçando o lixo do local. – Piolho? O meu amiguinho, vem cá, sai desse lixo, se tá com fome? Eu vou te dar comida. O guaxinim sai da lixeira, permitindo o loiro colocar o saco ali dentro, o animal levanta seus bracinhos, Jackson da um sorriso cheio de amor, é notável como ele ama seu pequeno guaxinim, se ajoelhando, piolho sobe em seus ombros, ficando ali agarrando seus cabelos e cheirandoos procurando algum tipo de comida. – Você não vai achar comida aí, e nem piolhos. Talvez.... Caspa... Mas eu já tô usando shampoo pra isso. Enquanto o loiro ia para cozinha pegar algo para o piolho, ele conversa com o guaxinim. – Sabe, eu sei que foi bom encontrar o Andrew, mas... Eu tava ainda atrás do meu plano sabe? Mas como vou fazer isso com ele aqui? Ninguém pode saber... Só se eu levasse ele junto mas... Não, não, é perigoso de mais. Jackson pensa alto, na cozinha ele pega um pequeno tappuer, pega algumas frutas e corta pequenos pedaços, de maçã, banana, melancia e algumas uvas. A dupla vai para o dormitório, Andrew estava sentado na frente do armário, com ele aberto, ele não parecia ter notado a presença do loiro. Jack deixa a comida no chão, e animal se senta e com sua pequenas patinhas começa a devorar tudo. – Que se tá fazendo aí? Na mesma hora Andrew se arrepia todo, batendo a cabeça em uma das gavetas que estava aberta. – Ai! Oi! É, nada, nada não eu só tava.. Nada. Era possível escutar papéis sendo guardados de pressa, Jackson já sabia o que ele estava besbilhotando. – O queridinho é curioso não? Tá tudo bem, mas da próxima vez que quisesse ver minhas fotos de criança era só perguntar. – Desculpa, sem querer achei e fiquei curioso... – Não tem problema. O garoto de olhos castanhos se ajoelha, pegando uma foto dele, o loiro parecia ter 7 anos, seus cabelos já eram longos desda aquela época, seus dentes faltando alguns e alguns já tortos, um sorriso tão enorme, suas bochechas rechonchudas e coradas, segurando um filhote de guaxinim. – Foi quando meus pais me deram o piolho. – Achei que tinha dito não ter pais. – Eu... Tipo... Eu tinha... Mas isso não vem ao caso. Andrew nota o desconforto do loiro, entendo em não tocar nesse assunto novamente. Enquanto viam algumas fotos, algumas com Jack e seus pais e irmã mais velha. As fotos dos sete anos para cima de Jack já não tinham mais seus pais e sua irmã mais velha, era como se eles só tivessem sumido depois de um tempo. O moreno queria fazer tantas perguntas mas se contém. – Bem, acho que isso é tudo. – Quais... Eram.. Seus nomes?... Perdão só queria saber os nomes. – Ahn? De quem? Da minha família? – Sim. Hesitando um pouco, o loiro segura uma foto, dos quatros juntos, quando ainda era bebê, seus olhos indo em direção ao rosto de cada um deles enquanto diz. – Ethan Sugg, meu pai. Bea Taylor Sugg, minha mãe. E Sky Sugg, minha irmã mais velha. Ethan era um homem musculoso, cabelos loiros e barbudo, usava um coque e deixava as laterais de seus cabelos raspado, seus olhos castanhos como de Jack, a mãe do loiro segurava ele no colo com tanto carinho, Andrew sentia o conforto olhando apenas para foto, a mulher tinha cabelos loiros curto e andulados, suas unhas pintadas de preto, utilizando brincos feitos artesanalmente, e a irmã parecia ter 5 anos na foto, seus cabelos loiros, cheia de sardas, seu sorriso revelando a falta de seus dentes de leite, olhos azuis como da mãe. Jack guarda a foto em sua caixa com coisas antigas com carinho, e deixa a Caixa na parte de baixo do armário. Andrew coloca a mão no ombro do loiro. – Se.... Algum dia... Algum... Momento precisar, eu to aqui pra você tá bom? Jack fica em silêncio, ele apenas acena com a cabeça sem olhar nos olhos de Andrew, eles se levantam e vão em direção à cama. – Você não vai trocar essa roupa? - Perguntou o moreno subindo para a cama de cima da beliche. – Nahh, eu nem vou dormir, eu só queria que você descansasse, olha, amanhã a gente vai ter várias coisas legais para fazer bele? Então vê se descansa bem, e depois, a gente precisa conversar, se você quiser. – Sobre o que? – Sobre você, perder os pais, e vê-los da forma que eles estavam não deve tá fazendo bem pra você, acho que conversar, pode ajudar. – Oh... Bom.. Sim.. Pode. Obrigada. Jackson dá um sorriso meigo, ele se retira do quarto permitindo Andrew dormir sozinho e tranquilo. Jackson caminha até a quadra, colocando seus pés no skate e andando em círculos. Sua cabeça estava avoada, pensando em tudo e em nada ao mesmo tempo, porém sua transe foi quebrada quando escuta Batty o chamando. – Ei!!! Loirinho! Jack quase cai do skate, perdendo a concentração. – Ahn? Oi, oi tia! Ela vai até o sobrinho, dando um abraço forte. – Meu bebêzinho, como você tá? O Andrew? – Ah tia para de me abraçar assim, parece que vai me esmagar. Sua voz parecendo que ele estava sendo sufocado, Batty afrouxa o abraço, mas continua na posição. – Eu to bem tia, o Andrew deve tá dormindo - Seu olho esquerdo ficando fechado enquanto sente os pequenos beijos de sua tia na bochecha. – Titia, eu tenho 17 anos, não precisa ficar com esses beijos melosos assim. – Mas você não gosta? Do carinho da titia? – Eu... O loiro fica em silêncio, suspirando e aceitando a derrota de que ele ama o carinho de sua tia. Eles caminham conversando, eles finalizam a conversa acenando um para o outro, e cada um entrando em seu quarto, o garoto entra no quarto e vê Andrew ainda deitado, suspiros baixinhos, o óculos dele na escrivaninha do quarto, Jack sorri levemente, sentindo um alívio por ver o moreno tendo pelo menos um momento de paz, o adolescente tira sua prótese e se deita cansado.
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