no rastros das sombras

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Capítulo 4:

A lua cheia iluminava os telhados da Aldeia da Folha enquanto Araki, e shoto  deslizavam pelas sombras, em direção aos limites da vila. O silêncio da noite apenas aumentava a tensão no ar. Eles estavam prestes a partir em uma missão não autorizada, algo que sabiam ser arriscado, mas Araki não tinha tempo para esperar. Seu desejo de salvar seu pai e proteger a Aldeia de Tetsuya impulsionava seus passos.

— Araki, você tem certeza de que isso é uma boa ideia? — sussurrou shoto, seus olhos preocupados enquanto saltavam sobre o muro da vila.

— Eu sei que é perigoso, mas não podemos ficar parados esperando que a ameaça nos atinja. Se Tetsuya realmente está por trás de tudo isso, ele já está se movendo — respondeu Araki, com a voz firme, mas seus pensamentos eram uma tempestade.

Assim que atravessaram o muro da Aldeia, Kaname surgiu à frente deles, de braços cruzados e com uma expressão séria.

— Pensaram que podiam sair sem eu perceber? — disse ele, calmamente.

Araki parou, seu coração disparado. Kaname, seu sensei, sempre fora um mentor rígido, mas justo. Ela sabia que ele não aprovaria essa missão, mas não esperava que ele estivesse tão atento.

— Sensei, eu... — começou Araki, mas Kaname levantou a mão para interrompê-la.

— Eu sabia que faria isso, Araki. Você é impulsiva, determinada... E eu respeito isso. Mas partir sozinha, sem preparação, é suicídio. — Ele olhou para os três genins e suspirou. — Tetsuya é perigoso, muito mais do que vocês imaginam. Por isso, vou com vocês.

Akira e shoto trocaram olhares surpresos. Araki franziu a testa.

— Você vai nos ajudar? — perguntou ela, um tanto desconfiada.

Kaname deu um leve sorriso.

— Sim, vou. Mas com uma condição: seguimos as regras. Eu lidero, e se as coisas saírem de controle, voltamos imediatamente.

Araki hesitou por um momento, mas sabia que ter Kaname ao seu lado aumentaria muito as chances de sucesso. Finalmente, ela assentiu.

— Certo, sensei. Vamos juntos.

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O grupo viajou a noite inteira, movendo-se rapidamente pelas florestas que cercavam a Aldeia da Folha. Kaname explicou que havia rastreado os movimentos de alguns ninjas renegados ligados a Tetsuya, e eles seguiam em direção a um antigo templo nas montanhas, onde ele suspeitava que estivesse o quartel-general da organização de Tetsuya.

Quando o sol começava a aparecer no horizonte, eles chegaram a uma clareira isolada. À frente, uma imponente construção de pedra despontava, parcialmente escondida pela vegetação. O templo parecia abandonado, mas havia sinais recentes de atividade — marcas de pegadas e acampamentos desfeitos.

— Este é o lugar — disse Kaname em um tom baixo. — Tetsuya pode estar aqui, ou pelo menos seus homens. Fiquem atentos.

Eles se aproximaram com cautela, mantendo-se nas sombras enquanto observavam os arredores. Não havia sinal de guardas visíveis, o que apenas aumentava a sensação de que estavam sendo observados.

De repente, shoto parou.

— Esperem... Estou sentindo algo estranho. — Seus olhos brilharam ao ativar o Byakugan. Ele olhou para as paredes do templo e, após alguns segundos, arregalou os olhos. — Há pessoas lá dentro... Muitos deles, escondidos atrás das paredes. Estão nos esperando.

Kaname franziu a testa.

— Então sabem que estamos aqui. Isso complica as coisas.

— Temos que entrar de qualquer maneira — disse Araki, seu olhar determinado. — Se Tetsuya está lá, não podemos perder essa chance.

Kaname fez um gesto afirmativo, e eles avançaram, agora em alerta máximo. Ao se aproximarem da entrada do templo, uma risada sombria ecoou pelas paredes, gelando o sangue de todos.

— Então, vieram até mim... — uma voz profunda reverberou pelas pedras. — Eu esperava que demorassem mais para me encontrar. Mas vejo que a filha do velho Senshi é tão persistente quanto ele.

Araki sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Aquela voz era inconfundível. Tetsuya.

— Mostre-se, Tetsuya! — ela gritou, com os punhos cerrados. — Vamos acabar com isso agora!

A voz riu novamente, ecoando por todos os cantos.

— Tão impetuosa. Mas você não entende nada, garota. Você acha que pode enfrentar o poder das sombras? Eu sou o mestre desse poder... e todos vocês são apenas peões no meu jogo.

Kaname fez um sinal para que todos se preparassem. Um ataque poderia vir de qualquer direção.

De repente, as portas do templo se abriram com um estrondo, e dezenas de figuras encapuzadas emergiram da escuridão, armadas e prontas para lutar. Eram os ninjas controlados por Tetsuya.

— Cuidado! Eles estão sob controle! — gritou Kaname, saltando para o lado enquanto desenhava uma kunai. — Não subestimem nenhum deles!

A batalha começou. Araki, com o coração acelerado, invocou seu golem de pedra, que surgiu com um rugido, esmagando os ninjas que tentavam se aproximar.  shoto lutavam ao seu lado, utilizando suas próprias habilidades para conter o avanço dos inimigos.

Kaname, por sua vez, se movia com uma precisão cirúrgica, eliminando os ninjas controlados com eficiência, sem causar ferimentos fatais. Mas, no fundo da mente de Araki, algo incomodava. Onde estava Tetsuya?

De repente, uma sombra se materializou ao lado dela. Antes que pudesse reagir, Araki foi envolvida por um nevoeiro escuro, e sua visão começou a turvar. Ela ouviu a voz de Tetsuya sussurrando em seu ouvido.

— Você não pode me derrotar, Araki Senshi. Venha para as sombras... e conheça seu verdadeiro destino.

Tudo ao seu redor começou a desvanecer. A batalha, seus amigos, o templo... tudo estava desaparecendo na escuridão. Araki tentou resistir, mas sentiu suas forças sendo drenadas. Era como se sua mente estivesse sendo sugada para um abismo sem fim.

Mas, no último momento, uma luz suave brilhou em meio à escuridão. Araki sentiu uma presença familiar — a energia de seu pai, como uma memória distante, chamando-a de volta.

— Não... — ela murmurou, apertando os punhos. — Não vou me render a você!

Com um grito, Araki concentrou todo o seu chakra e rompeu o controle de Tetsuya, fazendo a escuridão ao seu redor explodir em faíscas de luz. Ela caiu de joelhos, ofegante, mas livre do genjutsu.

— Você... vai pagar por isso, Tetsuya! — gritou ela, levantando-se com dificuldade.

E então, de dentro do templo, a figura de Tetsuya finalmente apareceu. Um homem alto, envolto em mantos negros, com olhos vermelhos brilhando na escuridão. Ele sorriu, de forma sinistra.

— Venha, Araki Senshi. Mostre-me o que você realmente pode fazer... se puder.

estrela nortuna Onde histórias criam vida. Descubra agora