Prólogo - Dante

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A cremosidade e aeração do gelato eram perfeitos; quase como se um anjo tivesse incorporado os ingredientes com uma leveza direto do paraíso.

Olho para a garota em minha frente, sorrindo, cheia de expectativas.

Ela claramente tem um dom.

Não que eu nunca tenha provado bons gelatos antes; acredite, na Itália, encontrar um bom gelato é como encontrar um ovo dentro do galinheiro.

Mas aquele gelato era diferente; autêntico e faiscando uma paixão intrigante.

A garota sabia o que estava fazendo quando misturou um bom creme de leite com um bom vinho italiano. Como ela conseguiu a textura aveludada e impediu que a mistura talhasse?

Curioso, eu a fito novamente, com mais intensidade, e seus olhos parecem conversar com algo dentro de mim, de uma forma tão intimista que uno as sobrancelhas, desconfortável.

Ela desvia o olhar para dar atenção a uma pessoa que faz uma pergunta específica sobre seu produto.

Seus lábios sorriem, e sua boca cor de pêssego me faz analisá-la melhor: baixa estatura, usando um vestido azul da cor do céu limpo da Florença, que combinou exageradamente com seus olhos da cor do oceano Pacífico. 

Seus cabelos loiros se lançam com o vento, deixando seu rosto uma moldura interessante.

E incrivelmente atraente.

Engulo com dificuldade, pensando em alguma forma tátil de me aproximar dela.

O Charme do Italiano (DISPONÍVEL ATÉ DIA 6/11)Onde histórias criam vida. Descubra agora