cap 1

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O som das portas batendo ecoou pelo corredor vazio. Jisung entrou apressado no banheiro, e, pela segunda vez naquela semana, sentiu a onda de irritação crescente que vinha ao pensar em Minho. Ele tentava ignorar o peso das lembranças, mas a intensidade de tudo o que já haviam passado parecia se impregnar em cada canto daquela escola.

Minho apareceu na porta segundos depois, as mãos no bolso e o olhar cheio de desdém. -Ah, claro. Só podia ser você por aqui-, ele disse, com aquele tom arrogante que fazia Jisung revirar os olhos.

-Nem começa, Minho. Se você veio aqui só pra encher o saco, é melhor dar o fora-, Jisung respondeu, cruzando os braços, mas não desviando o olhar. Algo no jeito que Minho o encarava sempre o fazia suas pernas treme, uma mistura de ódio e... algo mais, algo que ele se recusava a admitir.

Minho se aproximou, desafiador, seu cheiro característico preenchendo o ar entre eles, criando uma tensão densa. -E se eu não quiser ir embora? E se eu te fala que você não manda em mim.- Minho provocou, os lábios esboçando um sorriso que parecia brincar com os sentimentos de Jisung.

A raiva entre os dois aumentava, mas com ela também vinha uma atração que era impossível negar. O coração de Jisung batia rápido, a irritação dando lugar a algo quase magnético. -Você é insuportável, sabia? Sempre com essa sua atitude de merda-, ele disparou, tentando esconder o quanto estava afetado pela presença de Minho.

-E você é um verdadeiro idiota, sempre se achando o fodão- , Minho respondeu, a voz baixa e carregada de provocação. Ele estava tão perto que Jisung podia sentir o calor emanando dele. Os olhos de Jisung piscavam entre o ódio e a necessidade, e, antes que pudesse resistir, Minho avançou, os lábios dele se encontrando com os de Jisung em um beijo urgente, que misturava todo o desejo contido e as mágoas não ditas.

-Caralho, o que você está fazendo?- Jisung murmurou entre os beijos, a mente uma confusão de emoções.

-Fazendo o que você claramente não consegue, Jisung. Vamos parar de fingir que isso não existe-, Minho sussurrou, a respiração pesada, os olhos ardendo com uma intensidade que Jisung nunca tinha visto antes.

-Você é um idiota-, Jisung se forçou a dizer, mas as palavras soaram vazias enquanto suas mãos se entrelaçavam nos cabelos de Minho, puxando-o para mais perto. A raiva que costumava sentir por ele agora se transformava em uma necessidade desesperada.

-E você é um babaca que não sabe o que quer- , Minho provocou, seu tom desafiador apenas alimentando o fogo entre eles. A mistura de provocações e desejos não resolvidos os envolvia, criando um vórtice de emoções que ninguém poderia compreender.

As paredes do banheiro pareciam fechar em torno deles, e a tensão era palpável. Jisung não conseguia mais se concentrar na raiva que sentia. A sensação dos lábios de Minho nos seus o fazia perder a noção do que era certo ou errado. Afinal, quem se importava? Estavam ali, juntos, no meio de uma guerra de sentimentos, e o beijo ardente parecia ser a única resposta que fazia sentido.

Claro! Vou continuar a cena com Jisung tentando fingir que nada aconteceu após o beijo e Minho provocando-o.

O beijo, embora intenso, durou apenas alguns momentos. Jisung se afastou abruptamente, o rosto queimando de vergonha e raiva. -Caralho, o que foi isso?- ele disse, tentando manter a voz firme, mas o tremor traíra.

Minho sorriu, um sorriso presunçoso que deixava Jisung ainda mais irritado. -Parece que você gostou, não é? Não me diga que foi só um erro.-

-O que você tá falando? - Jisung se virou, evitando olhar nos olhos de Minho. A última coisa que queria era dar satisfação a ele. -Foi só um impulso, nada mais. Eu não tenho tempo pra suas merdas.-

-Ah, claro. Continua se enganando, seu babaca. - Minho riu, cruzando os braços.- Se você não quisesse, teria me empurrado. Mas você não fez, fez? Foi mais um daqueles seus beijos de desespero?-

Jisung revirou os olhos, a frustração subindo. - Você é insuportável! - Ele gritou, tentando ignorar a forma como o coração ainda batia descontrolado. -A gente já terminou, então não vem com essa conversa de merda.-

-E por que você está tão abalado, então?- Minho se aproximou novamente, com aquele olhar provocador que fazia Jisung querer socar a cara dele. -Se fosse só um beijo, você não estaria tão puto.-

Jisung tentou manter a pose, mas a verdade era que as palavras de Minho o atingiam como um soco no estômago. Ele não podia deixar Minho ter essa vantagem. - Foda-se, Minho. - Jisung disse, desviando o olhar. -O que você quer, que eu chore agora? Tô cagando pra você.-

-Sim, parece que você está. - Minho se inclinou, desafiador. -Acho que você gosta de se fazer de durão, mas no fundo, você sabe que ainda me quer. E isso me diverte pra caralho.-

Jisung respirou fundo, tentando se acalmar. - Você realmente acha que eu quero você de volta? - ele perguntou, a raiva agora misturada com uma frustração profunda. -Você não vale a pena, Minho. Nunca valeu-

-Você acha que só porque disse isso eu vou acreditar? - Minho riu, a provocação em sua voz cada vez mais clara. -Você só está com medo de admitir que sente falta de mim. E essa sua raiva só prova isso.-

-Eu não sinto falta de você, porra! - Jisung se virou para Minho, sentindo a adrenalina correr nas veias. - Você é só um babaca que não sabe quando parar!

Então por que você ainda está aqui, batendo boca comigo? - Minho provocou, avançando ainda mais. -Se você não quisesse, já teria ido embora. Mas não, você prefere ficar aqui discutindo. Deve ser porque você gosta da tensão.-

Jisung sentiu a raiva explodir de novo, e a vontade de socar Minho era intensa. - Me larga, seu idiota! - Ele empurrou Minho, mas, para sua surpresa, Minho não recuou.

-Você precisa parar de agir como se isso não significasse nada. - Minho disse, sua voz mais baixa agora. -Eu sei que você sente isso. Por que não admite?-

-Porque não é assim que funciona! - Jisung disparou, mas a verdade estava ali, ecoando em sua mente. A conexão entre eles não poderia ser ignorada, não importava quantas brigas tivessem.

Minho deu um passo à frente, agora tão perto que Jisung podia sentir a respiração quente dele. - Então admite, Jisung. Admite que esse beijo foi apenas o começo. - A voz dele era um sussurro provocativo, e Jisung lutou contra a onda de emoções que invadiu seu peito.

-Foda-se, Minho. - Jisung murmurou, mas não havia convicção em suas palavras. Ele estava se debatendo entre a raiva e a atração, e a linha entre os dois parecia mais fina do que nunca.

Minho sorriu, satisfeito. - Veja, já está começando a admitir. - Ele se inclinou ainda mais perto, quase como se estivesse desafiando Jisung a recuar novamente. - Você não pode fugir da realidade hannie- piscou e saiu

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⏰ Última atualização: Oct 25 ⏰

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