- Azevedo 🚂
📍complexo da penha
Segunda-feira, 10:00 am...Sento na cama e cruzo os braços encarando a loira deitada de barriga para baixo enquanto chora baixinho. Nego com a cabeça e pego minha camisa no chão e visto ainda a observando.
Marília : Tá me olhando tanto assim, vai o que? Me matar também? - sai da posição e senta na cama pegando a blusa jogada do outro lado da cama - Ou vai debochar da situação de novo? - vestiu.
Azevedo : Não sei, tô decidindo ainda - abro a gaveta da mesa de cabeceira e pego as coisas para bolar um baseado e ela me encara - Papo reto, tu chorar não vai adiantar nada, não vai trazer eles de volta - dei de ombros dichavando a maconha.
Marília : Eu sei disso babaca - revira os olhos - Mas não me impede de sofrer o luto, porra Azevedo, são meus irmãos - assinto sem da mera importância - Poderia ter conversado, pedido pra eles entregar o dinheiro... - a interrompi dando risada da sua fala.
Azevedo : Muito leiga você, otaria também - termino de bolar o baseado e pego o isqueiro - Fica ai achando que no crime as coisas se resolve na base da conversa. Ainda mais se tratando de roubo - acendo o cigarro - Umas das regras e aviso da favela é dizendo que não se rouba aqui dentro, eles fizeram isso, quebram uma regra, me desrespeitaram e pagou com a vida - sopro a fumaça.
A mesma ficou calada, não disse mais nada mas também não parou de me olhar. Apenas encosto minhas costa na cabeceira da cama e fumo meu cigarro enquanto minhas neurose bate na mente.
Marília : Vai ter alguma reunião lá no galpão hoje? - olho para ela e assinto - Vai me levar? - nego.
Azevedo : Não levo mulher quando vou resolver meus câo, você sabe disso - ela me olha e dá uma risada irônica enquanto amarra o cabelo.
Marília : Engraçado que você levava a Tatiane - abraçou as pernas e me encarou com um sorrisinho de deboche. Com a mão direita coloco entre os fio loiros e puxo em minha direção - Me solta!
Azevedo : Toca no nome dessa filha da puta de novo, que eu te mato, assim como fiz com ela - aperto seu rosto e a mesma geme de dor.
Marília : Me solta Azevedo - fala entre o choro e aperto ainda mais seu cabelo - Eu não menti caralho, andava pra cima e pra baixo com ela, e agora tá com esse papo - sinto suas unhas cravar na minha pele - O que ela te fez? Hum? - indaga com curiosidade.
Azevedo : Nada o que te convém - solto seu cabelo e dou dois tapinhas leves em seu rosto - Emtra nesse assunto de novo que faço você ir fazer uma visita ao seus irmãos - aponto e ela me olha incrédula, abro a gaveta e jogo uma quantidade de notas de cem em seu colo - Mete o pé - ela pega as notas e a roupa no chão.
Marília : Sabe, eu sou muito otaria - coloca as coisas na cama e começa se vestir - Por alguns dias eu achei que você tinha melhorado - veste o short e sobe o zíper - Pensei até que tinha mudado, pelo menos comigo - terminou de fechar o sutiã - Mas eu me enganei, você é bem aquele tipo de cara que se mudar é pra pior. Aqueles que não sabem tratar uma mulher bem, tipo, cuidar e respeitar - solto um riso nasalado negando com a cabeça - Seu problema é esse, por isso nunca dá certo com ninguém.
Azevedo : Bonitinho seu discurso, repete pra mim escrever aqui - Ela respira fundo - Papo reto Marília, já cansei de te falar as coisas e você pagar de burra. Isso aqui - apontei para nós dois - Nunca vai existir, não vai passar de sexo, como você mesmo disse não sou homem pra isso, não quero ser assim, não quero relacionamento, não quero uma mulher me enchendo meu saco por qualquer coisa, então com minhas sinceras palavras eu não vou assumir você! - ela me olha incrédula e respira fundo terminando de vestir a roupa - E não tô nem aí se é isso que pensa de mim, muito mimimi pro meu gosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Minha Cura
Fanfiction+17 | Mavie Moretti, jovem de apenas 24 anos formada em odontologia e filha de um dos melhores médicos obstetra do Rio de Janeiro, mora em um dos melhores condomínios de luxo do Leblon e Italiana. Mas por trás de um rosto meigo com traços angelical...