Escapadinha de verão ( 3 livro da série Acampamento Hardwood )

Capítulo 7

Tia

Meus olhos se arregalam quando ouço Sadie me contar como Van deu um soco no rosto do Jack. Ela está tão animada, suas mãos voando para todos os lugares enquanto ela atua como parte disso. Ela está parada do outro lado do balcão me dando o furo e
eu meio que queria estar lá para ver. Jack tinha um soco no rosto chegando, mas eu só espero que Van não tenha problemas por isso. Jack é do tipo que iria chorar para os policiais ou para a mãe ou pai do Van.

"Ele contou a todos sobre Jack falando demais também. Aquele merdinha saiu correndo para
se esconder de todas as garotas." Sadie revira os olhos com tanta força que parece doloroso. "Jack é gostoso, mas ele é um babaca. Ele nem precisa abrir a boca e você sabe disso."

Ele fede a idiota pomposo e acho que ser fofo
subiu direto para a cabeça dele. As garotas do Acampamento Hardwood não estão acreditando no que ele está tentando vender, então acho que tudo o que ele disse foi conversa fiada. Normalmente não sou eu quem fica sabendo de todas as fofocas, mas isso é uma grande notícia.

Estou um pouco surpresa que Sadie esteja aqui me contando isso, mas provavelmente é porque tem a ver comigo. As garotas do acampamento são gentis comigo porque eu faço guloseimas para todos, mas agora que penso nisso, Piper é a única com quem
eu realmente converso além de coisas superficiais normais. Eu as ouço fofocando, mas nunca é comigo, e não sei se isso deveria ferir meus sentimentos ou não.

"Você deveria ter ouvido o que ele disse que viu você e Van fazendo." É tudo o que é preciso e meu rosto se ilumina com um flash. "Quer dizer, mesmo que seja verdade, quem não faria essas coisas com Van?" Sadie balança as sobrancelhas. "Acho que nunca pensei nele como um dominante, mas agora que penso nisso..." Ela bate o dedo contra os lábios.

"Por favor, não pense nisso."

Não digo isso porque estou envergonhada pelo
que Van e eu fizemos, mas porque não quero que ninguém pense no meu Van de forma sexual. Ele é meu e só eu entendo essa parte dele. É especial e reservado apenas para mim. É por isso que ninguém percebeu isso antes, embora essa parte dele tenha estado à espreita abaixo da superfície durante toda a sua vida. É uma parte de quem ele é e a mesma coisa que eu desejo. Posso ter deixado minha mente vagar muito hoje e tenho tido muitas ideias sobre nós dois. É por isso que fomos feitos um para o outro.

"Quer dizer, eu li isso em livros. Minha mãe acha que os escondeu na garagem em uma caixa velha." Sadie sorri. "Encontrar aquela caixa foi o prêmio máximo para entender meus negócios femininos."

Eu bufo enquanto ela se aproxima.

"Então você e Van. Isso é real?" Ela me dá uma piscadela. "Quer dizer, ele tem dito às pessoas que vocês são uma coisa, mas eu não prestei muita atenção. Eu pensei que talvez você estivesse, tipo, guardando para o casamento ou algo assim, então
eu tenho tentado ser respeitosa sobre o que eu digo perto de você."

Seus olhos procuram meu rosto e eu posso dizer que ela está tentando ser legal.

"Eu não sou freira", eu rio.

Não é de se espantar que as meninas nunca me digam nada, mas antes de hoje eu estava perto de
ser freira. Não na minha mente, mas no meu corpo. Ninguém nunca me tocou até Van colocar as mãos em mim. Ele me toca em todos os lugares e é apenas um vislumbre do que está por vir. Ainda posso sentir isso zumbindo na minha pele e estou esperando que ele apareça novamente hoje. Quero que ele me leve para algum lugar e faça o que quiser comigo novamente.

"Então você está dizendo que parte do que Jack disse pode ser verdade?"

"Pegue seus biscoitos, Sadie." Empurro o recipiente de Tupperware em direção a ela e ela o pega do balcão.

"Estou apenas brincando com você. Divirta-se", ela diz antes de sair correndo e me deixar sozinha na cozinha.

Minha mente volta para Van e se ele pode estar em apuros por socar Jack. O que os pais dele acham de tudo isso e o que Jack pode ter dito a eles?

Não parece certo que Van tenha que confessar o
que fizemos. Não fizemos nada de errado. Nós dois estávamos dispostos e somos maiores de idade.
Mas a mãe e o pai dele podem ter algo a dizer sobre isso; eu nunca tive que lidar com o que meus pais pensavam. Mas Van se importa com eles e eu também. Eu quero que eles gostem de mim.

Eu fecho a cozinha e debato o que fazer enquanto caminho em direção à minha cabana. Eu quero ver Van tanto que meu corpo dói por isso.

Percebo que a porta do escritório principal está fechada e me pergunto se Van está lá conversando com seus pais. Eu continuo andando e quase consigo voltar para minha cabana quando decido que vou voltar e ver. Eu não quero que ele tenha que falar com eles sozinho. Mas antes que eu possa me virar, uma mão desce sobre minha boca. Eu não grito enquanto o cheiro do Van me cerca e eu sorrio contra sua palma.

"Eu preciso de outro gosto, querida", ele diz em
meu ouvido antes de me puxar para a floresta.

Ele mantém sua mão sobre minha boca e sussurra perto do meu ouvido.

"Você vai gritar?" ele pergunta, e eu balanço minha cabeça.

Posso sentir sua ereção contra mim e sei que este é
o começo de um jogo que estamos prestes a jogar.

"E se eu quiser que você grite?" Sua mão sai da minha boca e ele beija a pele macia do meu pescoço. "Grite meu nome enquanto eu faço você gozar?"

Meu corpo inteiro se ilumina de desejo enquanto ele pressiona seu corpo duro e musculoso no meu.

"Eu farei qualquer coisa que você me pedir", admito, curvando-me ao seu comando.

Apenas um simples toque e estou molhada de necessidade. Todo desejo que já tive por ele vem correndo para frente e meu corpo dói para que ele
o libere.

"Você tem lutado contra isso", ele me lembra e eu começo a abaixar minha cabeça, me sentindo envergonhada. "Sinto muito, querida."

Eu me viro em seus braços e seu dedo vai sob meu queixo para me fazer olhar para ele.

"Eu não quis dizer isso. Eu seria um mentiroso se não admitisse que dói quando você se afasta de mim, mas eu tenho deixado as coisas se acomodarem para você. Eu sei que isso é muita coisa para assimilar e eu não queria sobrecarregá-la."

"Eu só estou com medo", eu admito. "Mas não de você."

"Eu sei." Ele se inclina para baixo, roçando sua boca na minha. "É meu trabalho mostrar que você não precisa ter medo."

"Eu confio em você." Enquanto eu digo as palavras, percebo o quão verdadeiras elas são.

Ele continua me mostrando exatamente por que ele é tão perfeito para mim e que isso é para ser.

"Ótimo. Porque eu vou te levar para casa."

Ele agarra minha mão e nós caminhamos para sua cabana. Ele não tem ideia do que a palavra casa faz comigo.