Irmão esquentadinho

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Muitos por aí dizem com convicção que a adolescência é a pior fase da vida do ser humano; hormônios à flor da pele, mudanças drásticas no humor e personalidade e, talvez o pior de todos para alguns: espinhas na cara

Menos para Han Jisung, estudante do segundo ano do ensino médio e conhecido por seu humor muitas vezes galanteador. Diferente de todos os outros jovens, o garoto achava a adolescência muito divertida. Era popular, bonito e famoso entre as garotas e, com esses adjetivos sendo postos sobre sua cabeça como uma coroa de honra todos os dias, não havia o que reclamar. 

Claro que ia de mal a pior em algumas matérias, mas isso era apenas detalhe quando se é Han Jisung.  

Porém todos esses pensamentos otimistas sobre fazer parte da fase mais problemática da existência humana começaram a ir por água abaixo quando, numa quinta-feira chata e cinzenta, o universo pareceu dar início a um plano maléfico de tremenda desgraça sobre sua vida. Começando logo pela manhã quando seus pais, magicamente, começaram a se perguntar curiosamente qual era a sexualidade de seu filhinho - mesmo que isso não tivesse nada a ver com a vida deles. 

— Achei que isso já estivesse bem óbvio, mamãe. 

— Não, não está — Disse enquanto colocava pratos e tigelas de porcelana sobre a mesa para o café da manhã — Você é hétero ou não, Han Jisung? Essa não é uma pergunta difícil de ser respondida.

— É claro que eu sou hétero, mãe. E isso está bem claro pela quantidade de garotas que eu trago aqui em casa — Colocava seus livros dentro da mochila de qualquer jeito enquanto discutia indignado com sua mãe. Que tipo de pergunta era aquela às sete horas da manhã!? 

Seus pais não eram do tipo conversadores, só curiosos demais - e isso com certeza é um problema - sempre querendo estar a par do que acontecia na vida movimentada do jovem Han. Mas a curiosidade excessiva dos progenitores não anulava o fato de que aquela pergunta era estranha demais para ser debatida durante o café da manhã.

— Deixa o garoto, Jieun, se ele não quer nos contar a verdade não devemos forçá-lo — Seu pai colocava pilha nas maluquices de sua mãe de forma sutil enquanto ria levemente, quase passando despercebido na situação se o Han mais novo já não conhecesse bem o velho que amava se divertir às custas das brigas de mãe e filho - sim, elas eram corriqueiras na casa.

— Podem ir parando, não quero me estressar antes de ir para escola por culpa de vocês dois — Jogou a alça da mochila sobre um dos ombros e se dirigiu até a porta passando por seus pais e escutando seu pai dizer cinicamente: 

— Não vai tomar café com a gente, filho? 

— Não. vocês não merecem minha bela companhia — Proferiu antes de bater à porta. 




Já na escola e dentro da sala de aula, as palavras de sua mãe continuavam rondando seus pensamentos. Não era óbvio o fato de que era hétero? Será que as pessoas achavam que era gay ou coisa do tipo? Puff, é claro que não!... sem chances de cogitarem tal coisa, sempre foi famoso por pegar as garotas mais lindas de todo o colégio, era perda de tempo se preocupar com aquilo. 

— E aí, cara, 'cê tá confirmado na festa que vai rolar na casa do Chan hyung no sábado, né? — Se assustou levemente ao sentir o braço pesado de Jeongin sendo posto sobre seu ombro enquanto ele falava animado sobre a tal "reunião" que tinham para ir dois dias depois daquele, no casarão do australiano branquelo que chamava de melhor amigo. 

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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Ele quer ser meu garoto de sorte - MINSUNGOnde histórias criam vida. Descubra agora