A luz suave da manhã começava a penetrar lentamente pelas janelas da cabine de Nami, iluminando o ambiente com tons dourados e quentes. O sol se erguia sobre o horizonte, transformando o mar em um espelho cintilante que refletia a beleza do novo dia. Nami se mexeu debaixo dos cobertores, ainda sonolenta, enquanto os primeiros raios de sol acariciavam seu rosto.Ela abriu os olhos devagar, piscando algumas vezes para afastar o sono. Sentiu o leve balanço do Thousand Sunny sob ela e sorriu ao ouvir o som relaxante das ondas contra o casco do navio. Ainda estava meio sonolenta, mas seu instinto já a lembrava de tudo o que precisava fazer naquele dia.
Com um suspiro, Nami se sentou na cama e olhou ao redor da cabine. Seu olhar pousou no chapéu de palha de Luffy, cuidadosamente deixado sobre uma cadeira próxima. Um sorriso involuntário surgiu em seu rosto. Ele tinha deixado o chapéu ali na noite anterior, depois de uma de suas muitas aventuras no convés.
"O que será que ele está aprontando agora?" murmurou para si mesma, rindo um pouco antes de se levantar.
Nami se espreguiçou, sentindo os músculos se soltarem, e caminhou até a pequena mesa em sua cabine. Lá, um copo com um restinho de água estava esquecido ao lado de algumas anotações que ela fizera na noite anterior. O som de vozes alegres chegou a seus ouvidos, indicando que alguns de seus companheiros já estavam acordados e ativos.
"Hora de enfrentar mais um dia," disse ela, puxando uma camisa leve e vestindo-a antes de sair de sua cabine.
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O convés do Sunny estava cheio de vida. Franky estava ajustando alguns detalhes na popa do navio, enquanto Brook tocava uma melodia suave em seu violino. Chopper corria atrás de Usopp, aparentemente envolvido em algum tipo de discussão sobre um remédio estranho que Usopp tinha inventado.
"Bom dia, Nami-swan!" Sanji chamou de dentro da cozinha, acenando com uma mão enquanto mexia algo em uma panela com a outra. "O que gostaria de tomar no café da manhã? Fiz croissants fresquinhos, especialmente para você!"
Nami sorriu, aproximando-se da cozinha. "Croissants soam maravilhosos, Sanji. E um café bem forte, por favor."
"Claro! Qualquer coisa para você, minha deusa!" Sanji girou graciosamente, parecendo flutuar enquanto servia o café com a maior dedicação. Nami riu da animação dele, mas seus pensamentos logo voltaram para o que precisava fazer.
Pegando seu café e croissant, Nami foi até Robin, que estava sentada tranquilamente perto do corrimão, com um livro grosso em mãos. A arqueóloga olhou para ela por cima da borda do livro, sorrindo levemente.
"Você parece pensativa hoje," Robin comentou, marcando a página do livro. "Algo na sua mente, Nami?"
Nami mordeu o lábio, pensando. "Ah, talvez seja a carga de trabalho que tenho na sala de cartografia," mentiu, tentando parecer casual. Mas Robin arqueou uma sobrancelha, como se pudesse ver através dela.
"Ou talvez haja outra razão," Robin sugeriu, um sorriso sabendo nos lábios. "Algo - ou alguém - que você não consegue tirar da cabeça?"
Nami ficou corada. "Robin! Não é nada disso. É só que... Luffy é tão despreocupado e desastrado, e ainda assim... Ele tem um jeito de deixar tudo complicado."
Robin fechou o livro, seu olhar misterioso e observador. "Complicado ou interessante?" ela provocou.
Antes que Nami pudesse responder, uma explosão de risadas chegou até elas. Luffy estava pendurado em um dos mastros, balançando-se como se fosse um macaco, com Usopp e Chopper tentando convencê-lo a descer. O coração de Nami deu um salto, e ela suspirou. "Ele nunca muda," murmurou, mas o sorriso em seu rosto traía a irritação que ela fingia sentir.
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Mais tarde, na sala de cartografia, Nami espalhou seus mapas sobre a mesa. Tentou se concentrar no trabalho, mas sua mente estava em Luffy. As palavras de Robin ecoavam em sua cabeça, trazendo à tona sentimentos que ela evitava confrontar.
"Por que ele tem que ser tão... Luffy?" Nami falou sozinha, irritada, mas não conseguindo parar de sorrir.
De repente, a porta da sala de cartografia se abriu com um estrondo, e Luffy entrou, com seu sorriso radiante. "Nami!" Ele exclamou, correndo até ela. "O que você está fazendo? Parece divertido!"
Nami olhou para ele, uma mistura de exasperação e carinho. "Estou trabalhando, Luffy. Preciso planejar nossa rota, e você precisa parar de me distrair!"
Luffy inclinou a cabeça, os olhos grandes e curiosos. "Posso ajudar?" Ele perguntou, genuinamente interessado.
Ela suspirou, mas algo na expressão dele fez seu coração bater mais rápido. "Luffy, você realmente não entende nada disso," disse ela, mas sua voz suavizou. "Por que você sempre tem que estar por perto?"
Ele se aproximou, tão perto que Nami podia sentir o calor dele. "Porque gosto de estar com você," respondeu ele, de forma simples, os olhos brilhando de sinceridade.
Nami sentiu seu rosto esquentar. Ela engoliu em seco, tentando manter a compostura. "Você... gosta de estar comigo?" Sua voz saiu mais baixa do que ela pretendia.
Luffy riu, despreocupado. "Claro! Você é minha navegadora e minha amiga. E... você é importante para mim."
Nami ficou em silêncio, o coração acelerado. Antes que ela pudesse responder, Luffy inclinou-se ainda mais, os olhos fixos nos dela. O ar na sala parecia se tornar mais denso, carregado de algo que Nami não conseguia identificar. Algo que ela não sabia se estava pronta para enfrentar.
Ela afastou o olhar, a mão tremendo levemente enquanto segurava o mapa. "Eu... eu também gosto de estar com você, Luffy," admitiu, sua voz quase um sussurro.
Luffy sorriu, um sorriso que parecia iluminar todo o ambiente. "Ótimo! Então posso ficar aqui enquanto você trabalha?" ele perguntou, sem perceber a tensão que havia se formado.
Nami olhou para ele, um misto de frustração e afeto em seus olhos. "Tudo bem, Luffy," ela disse, com um suspiro resignado. "Mas só se você ficar quieto."
Ele assentiu entusiasmado, sentando-se ao lado dela. "Prometo!" disse ele, embora ela soubesse que ele dificilmente conseguiria manter a promessa.
Enquanto ela voltava a trabalhar, ainda sentia o calor de Luffy ao seu lado, e sua mente estava longe de mapas e rotas. Algo estava mudando, algo que ela sabia que não poderia mais ignorar. E, embora não quisesse admitir, uma parte dela estava ansiosa pelo que viria a seguir.
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Amor Entre Nossas Aventuras!
Fanfiction"É impossível esconder o amor quando ele se torna uma chama ardente em seu coração, um sentimento tão verdadeiro e inescapável que não há como negá-lo; especialmente quando você se vê apaixonado por alguém tão ingênuo que ainda não compreende plenam...