ハグ [ A B R A Ç O ]
Nos momentos que antecedem cada partida importante, Hinata Shoyo, membro do time de vôlei do Karasuno, sente a ansiedade tomando conta de seu corpo.
A sensação é quase como se uma corrente elétrica percorresse cada fibra de seu se...
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[P.O.V KAGEYAMA TOBIO]
"Kageyama?"
Fui tirado de repente do foco do meu celular, que passava um vídeo de uma das seleções brasileiras de vôlei para me distrair. O treinamento do dia já havia acabado e passou sem maiores complicações, consegui estender meu tempo em quadra o máximo possível – quase fui expulso.
Depois de um banho relaxante e um jantar gostoso, estava sentado em cima do meu fúton, esperando o sono vir. Eu queria que amanhã chegasse de uma vez, para treinar mais. Meus levantamentos precisavam ser mais precisos, só aí eu conseguiria ajudar uma certa pessoa...
Pessoa essa que eu estava evitando o máximo de pensar qualquer coisa sobre. Ou minha cabeça explodiria.
"Fala." Olhei para o dono da voz.
"O pessoal está reunido no quarto ao lado, você não quer se juntar a nós?" Um sorriso gentil me foi dado.
"Ah não, valeu. Prefiro descansar."
"Certo... Mas qualquer coisa que precisar pode falar comigo ou com o Daichi, ok?"
"Ob... Obrigado Sugawara-san" Disse, desviando o olhar dele.
"Imagina. Bom descanso, Tobio-kun." Ele acenou, antes de se retirar da sala e apagar a luz novamente.
Não evitei de suspirar audivelmente. Olhei a minha volta, localizando em meio ao ambiente pouco iluminado algumas figuras conhecidas. Nishinoya, Tsukishima e Yamaguchi eram alguns dos que já dormiam.
Depois que Sugawara saiu, não consegui mais me concentrar no celular, e acabei por me deitar de uma vez. Péssima ideia. Um certo ruivo apareceu de supetão na minha cabeça, e ele não pretendia sair dali tão cedo.
Fiz uma careta comigo mesmo, e no final, por hoje, resolvi que não iria lutar contra esses pensamentos. As imagens da cena ocorrida de hoje com o Hinata eram vívidas na minha cabeça, desde tudo o que ele falou até o momento em que resolveu sair correndo de onde estávamos, do brilho de seus olhos e das suas bochechas avermelhadas.
Que merda.
Eu não era nenhum estúpido, muito menos inocente. Minha cabeça entendia muito bem o que estava acontecendo. Mas eu queria negar com todas as minhas forças. Isso era simplesmente assustador e nunca deveria ser dito em voz alta.
Não vivo em um mundo de conto de fadas onde esse tipo de coisa vai ser normal.