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A neve caía sobre a grama verde em meio à enorme vastidão do jardim do castelo. Só consigo pensar em como sinto falta da minha mãe. Desde pequena, minha mãe e eu brincávamos na neve e fazíamos vários bonecos pelo grande jardim... Mas tudo mudou desde o dia em que minha mãe foi morta em meio à guerra, em uma noite fria de inverno. Os soldados do reino rival de meu pai invadiram o castelo e, como punição, mataram minha mãe e logo depois foram embora... Desde então, eu vivo com meu pai, Arthur Beaumont, e minha irmã mais velha, Amora Beaumont.

Todos dizem que o reino lá fora é muito lindo, mas nunca tive a oportunidade de sair dos portões do castelo, pois meu pai me proibiu de sair por qualquer motivo que seja! Ele diz que não pode perder mais ninguém, mas eu não entendo, pois a minha irmã, Amora, sempre sai para fazer seus afazeres, enquanto eu... fico só olhando o sol pela janela de meu quarto.

Me levanto e vou tomar um banho e me trocar, como diz meu pai: "Sempre tenho que estar bem vestida".

Amora - Lia? Já está pronta? O jantar está servido, que demora é essa! - A mesma entra pelo meu quarto, abrindo a porta

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Amora - Lia? Já está pronta? O jantar está servido, que demora é essa! - A mesma entra pelo meu quarto, abrindo a porta.

Lia - Me perdoe, irmã, estava finalizando minha maquiagem.

Amora - Então vamos, eu estou faminta!

Saio com minha irmã para jantar. Assim que chegamos na sala de jantar, meu pai já estava em seu lugar na ponta da mesa, lendo alguns documentos que, pela expressão em seu rosto, não traziam boas notícias.

Lia - Boa noite, papai.

Arthur - Está atrasada! - Seus olhos ainda estavam nas folhas em sua mão.

Lia - Eu só estava terminando a maquiagem... O senhor sempre diz que tenho que estar bonita.

Arthur - Claro que sim! Você é a reencarnação da própria beleza, tem que se vestir de modo tal.

Amora - Mesmo que ela seja a beleza em pessoa, não custa nada ela se vestir como quiser.

Arthur - Não irei discutir um assunto que as duas já sabem.

Ficamos em silêncio, e logo o jantar foi servido. Comemos calados, e logo depois voltei para minha prisão, que se chama quarto.

Alguns minutos depois, meu pai vem ao meu quarto junto com a governanta.

Arthur - Fique de pé, Celia irá tirar suas medidas.

Lia - Medidas? Para que, papai?

Arthur - Amanhã à noite terá um baile aqui. Convidei todos os reis, pois tenho um negócio a tratar urgentemente.

Lia - O que aconteceu?

Arthur - Não é da sua conta! Só faça seu papel de boa filha e deixe Celia tirar suas medidas.

AMALDIÇOADOOnde histórias criam vida. Descubra agora