Jimin abriu os olhos pesados sentindo o cheiro fraco de mel do seu filhote, em seguida sentiu o colchão afundar mostrando que Ha-joon havia subido. Jimin resmungou, não querendo acordar agora, tinha certeza que deveria ser antes das 08 horas da manhã.-Pai, você me prometeu que iríamos no parquinho.-Ha-joon afirmou e ficou de pé na cama, pronto para pular em cima do pai caso ele recusasse a levantar.
-Joon, agora não, não está na hora.-Silabou com dificuldade pelo sono que sentia.
Arrependeu-se de ensinar Ha-joon a pular no colchão, sentiu o filhote pular bem em cima da sua barriga, gritou choroso e segurou a boca para não soltar um grande palavrão na hora. Levantou da cama de olhos fechados, biquinho e cabelos para cima, olhou para seu filhote e sorriu com o rostinho amassado pelo sono dele.
-Bom dia, pai!-Esticou os braços pequenos para que Jimin o pegasse no colo.
-Bom dia, Filhote.-Pegou ele no colo, apoiando por cima da sua cintura e logo saiu do quarto pequeno.-Você quer ir na pracinha?
-Quero muito! Você prometeu ontem lá no tio Tae.-Juntou as sombrancelhas em uma careta emburrada.
-Prometi?-Fez a mesma careta para o filho, olhou para o relógio da sala e marcavam exatamente 07:28.-Joon, a pracinha tá fechada essa hora.
-Que?-Desmanchou a careta e parecia bem confuso com a mãozinha na boca.-Pracinha fecha?
-Sim, eles fecham todas as noites e só ligam as 08 horas.-Mentiu. Largou o filhote no sofá e bocejou sentindo, de imediato, os joelhos doerem de tanto ficar de pé na noite passada.-To ficando velho.
Jimin seguiu passos para a cozinha, ligou a luz e colocou um leite esquentar para dar ao seu filhote, depois ficou bons minutos parado na parede refletindo sobre a vida. Tinha alguns problemas para resolver, tal qual, concertar o aquecedor do quarto do Joon, retocar a química no cabelo que impedia de ondular seus fios e por fim e mais importante, levar Joon no parquinho e aturar os pais que sentariam ao seu lado, principalmente aturar os alfas que acham que só por que não é marcado precisam estar toda hora cortejando.
Na verdade, Jimin nunca mais viu nenhum ômega marcado depois dos anos 2000, acha que tal marca ficou para anos antigos. Agora, só sentia-se os cheiros dos alfas nos ômegas e isso indicava que ele era comprometido.
Foi brutalmente tirado dos seus devaneios com seu filhote cutucando sua cintura.
-Pai, o Leti tá exprodindo!-Joon disse de olhos arregalados pulando no chão com as mãozinhas agitadas.
Jimin foi rápido ao desligar o fogo e tirar, com a ajuda de um pano, a pequena panela que transbordava leite por todo seu fogão.
-Droga! Meu fogãozinho.-Choramingou limpando o que derramou com o pano que o auxiliou.-Droga, droga.
-Vou por pimenta na sua língua.-Cruzou os braços e levantou uma sombrancelha bem para cima, encarando o pai.
Park virou para ele com biquinho e atirou beijinho para ele.
-Desculpa, bebê. Papai tá errado.
-Eu sabo.
-Sabo?-Riu alto e jogou o pano em um balde para lavar depois.-Quer saber? Tudo bem ter derramado, o que importa é que o papai limpou e agora você vai tomar seu leite tranquilo.
Park derramou o leite na mamadeira de dinossauro, colocou uma pitada de açúcar, virou-se e chacoalhou a mistura enquanto pegava Ha-joon no colo e levava para a sala. Colocou ele deitadinho no sofá e entregou a mamadeira.
Ha-joon segurou com as duas mãos o objeto e sorriu com os olhos para o pai.
Jimin aproveitou esse pouco tempo e subiu para seu quarto, tirou o pijama amarrotado e jogou para qualquer canto. Agora jogava todas suas roupas para fora do roupeiro afim de achar uma blusa em específico, era um quase-cropped verde que ele usava para todas as ocasiões comuns. Foi a última peça que tirou do roupeiro, vestiu antes que Ha-joon o chamasse, junto a uma calça jeans larga e rasgada nos joelhos.
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CAFÉ • Jikook ABO
RomancePark Jimin, um ômega lúpus independente, vive a alguns anos com seu filhote, Ha-joon, em um pequeno apartamento. Como pai solteiro, Jimin sempre colocou o bem estar de Ha-joon em primeiro lugar e, ao decorrer dos tempos, aprendeu a equilibrar sua v...