Momentos Juntos

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Depois da conversa com a minha mãe, eu resolvi ir pra casa da Juliette e ver se estava lá, eu não sei se é o certo a se fazer mais é o que eu  sinto que preciso fazer.

Cheguei na casa toquei a campainha e estou escutando alguns gritos e a senhora Neia vem abrir o portão pra mim.

Neia - Foi Deus que te mandou

Rodolffo - O que tá acontecendo?

Ela abriu o portão e eu entrei correndo.

Juliette - Mãe calma

Fátima - EU QUERO MEU MARIDO, FALA DOUTORA ELE MORREU?

A Juliette estava tentando acalmá-la mais ela estava delirando e achando q estava em um hospital.

Rodolffo - Tia calma olha o médico disse q está tudo bem tá bom? Mais tarde você vai poder vê-lo.

Fátima - Tá bom.

Eu entrei na onda dela e aí foi se acalmando.

Neia - Fátima vamos lá pro quarto descansar um pouco.

Ela aceitou e foi. A Ju estava sentada no sofá com os cotovelos nos joelhos e as mãos nos olhos, eu me sentei ao seu lado.

Rodolffo - Ju ela já se acalmou.

Ela tirou as mãos dos olhos e estava chorando.

Rodolffo - Vêm cá

Eu a abracei apertado.

Se pra mim era difícil ver a tia Fátima assim uma mulher tão alegre, feliz e apaixonada pela vida, imagina pra Juliette.

Juliette - Eu vou ligar pro meu pai, talvez ele aceite vir vê-la e me ajudar nessa mentira de que ele viaja muito e é muito ocupado.

Rodolffo - A memória dela não vai se lembrar de ter visto ele.

Juliette - Talvez ela guarde essa lembrança. Eu não sei o que fazer Rodolffo.

Ela voltou a chorar e eu a abracei.

Rodolffo - Agora nada, você  só precisa ficar aqui quietinha comigo.

Neia - Ju eu dei um calmante pra ela e já estou indo tá? Qualquer coisa que você precisar  me liga.

Juliette - Obrigada Dona Neia.

Rodolffo - Eu vou ficar aqui Dona Neia pode ir tranquila.

Sentei no sofá.

Rodolffo - Então o que quer fazer? Assistir um filme que nem nos velhos tempos?

Ela deu um sorrisinho.

Juliette - Eu escolho.

Rodolffo - Toda vez você escolhe, me deixa uma vez?

Juliette - Menos terror.

Rodolffo - Se eu escolher terror vai dar na mesma você sempre dorme na metade.

Escolhi um de comédia, ela fez pipoca e ficamos assistindo um do lado do outro, uns quinze minutos de filme eu  senti a cabeça dela encostar no meu ombro e olhei ela estava dormindo. Eu dei um sorrisinho. Isso sempre acontece.

Eu a deitei no sofá e cobri com a coberta.

Eu cheguei aqui querendo saber o que foi que aconteceu com aquele tal Júlio mais nesse momento estou feliz de estar aqui nesse sofá como quando éramos crianças.

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Eu acordei e estranhei onde estava logo vi q estava no sofá e do meu lado o Rodolffo dormindo sentado. Eu fiquei olhando pra ele e pensando quando éramos crianças e depois adolescentes, ele sempre esteve comigo. Me lembro do dia em que meu pai foi embora e eu saí atrás dele pelas ruas, na minha cabeça ele estava em algum lugar esfriando a cabeça mesmo tendo levado todas as suas roupas. Rodolffo  me trouxe pra casa pq talvez eu nunca teria coragem de voltar e encarar minha mãe sem tê-lo achado. Ele sempre esteve aqui e me pergunto pq não tentamos antes, pq só agora quando pra mim é difícil confiar.

Juliette - Rodolffo acorda, Rodolffo, você vai ficar com dor nas costas

Ele foi despertando

Rodolffo - bom-dia

Juliette - Bom dia, você dormiu sentado criatura.

Rodolffo - Não tem problema.

Juliette - Eu vou fazer nosso café ja já a gente tem q ir trabalhar.

Rodolffo - Você dormiu bem?

Juliette - Sim

Minha mãe apareceu na sala

Fátima - Cadê minha casa

Juliette - Essa aqui é sua casa mãe

Fátima - Cadê meu marido?

Eu olhei pro Rodolffo com medo do surto dela outra vez

Juliette - Ele tá viajando mais tarde ele vai te ligar tá bom.

Ela aceitou a resposta e se sentou pra tomar café.

Fátima - Rodolffo cadê a sua mãe?

Eu me espantei por ela reconhecer ele.

Rodolffo - Tá em casa tia

Fátima - Fala pra ela que precisa fazer os prontuários dos pacientes.

Rodolffo - Tá bom eu aviso tá. Pode tomar o café sossegada.

Minha mãe e ela se conheceram quando eram infermeiras da santa casa de Goiânia se tornaram amigas fora do hospital e foi assim  eu conheci o Rodolffo aos 8 anos.

Dona Neia chegou e nós fomos trabalhar. Chegando no estacionamento.

Rodolffo - Ju antes da gente sair eu  posso perguntar sobre o Júlio?

Juliette - O que você quer saber?

Rodolffo - Eu sei q você ficou feliz em vê-lo e...

Juliette - Não aconteceu nada! É isso que quer saber? nós só almoçamos, relembramos o tempo da escola e ele me deixou em casa. 

Ele não perguntou mais nada e fomos trabalhar.

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