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Gojo sentiu os raios de sol invadirem seu quarto. Ele abriu seus belos olhos azuis e notou que a cortina da janela não estava fechada por completo. Virou-se para o lado e viu Geto dormindo igual um bebê, sem preocupações. O moreno tinha o sono pesado e um pouco de luz solar não era o suficiente para acordá-lo.

A contragosto, ele sentou-se na cama e botou os pés no chão gelado, arrepiando-se com a diferença de temperatura. Seus pés quentinhos Vs o chão gelado. Quem será que vai ganhar?

Ele gostaria de ganhar, mas não conseguiu. Então esticou uma perna e puxou com o pé um par de chinelos que estava próximo da cama, calçando-o em seguida. Forçou seu corpo para frente e levantou-se, indo calmamente até a janela para fechar a cortina. Porém, antes de puxar o tecido, ele observou o movimento lá de fora.

Crianças brincavam na pracinha, algumas pessoas passeavam com seus cachorros e idosos davam pão para os pombos. Um sorriso largo formou-se nos lábios do albino. Era bom ver a tranquilidade da vizinhança.

Quando finalmente tampou as brechas da janela, ele virou os pés e voltou para a cama. Ao sentar-se no colchão fofinho e passar as mãos nos cabelos, sentiu algo caindo de sua cabeça. Olhou para o lado e viu um pequeno fio branco em meio aos lençóis. Seu coração parou. Ele prendeu a respiração e suas mãos começaram a tremular. Nervoso, ele usou seus dedos largos para pegar o cabelo que caiu. Levou o fio até a frente dos olhos e encarou ele por alguns minutos. Em seguida, deu um grito alto.

Suguru acordou assustado e desnorteado.

— O que... — bocejou. — O que aconteceu? — a voz rouca saiu em uma mistura de raiva e confusão. Ele encarou os olhos arregalados do namorado e esperou uma resposta.

— Eu… Suguru… Eu tô… — Satoru mostrou o fio de cabelo para o moreno.

— Isso é um cabelo? Oh meu Deus! Você está ficando calvo! — Geto exclamou dando risada.

Gojo ficou mais pálido do que já era. Ele soltou o cabelo e pequenas lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

— Você é... Satoru Gojo, o mais calvo do mundo! — Suguru disse em meio às risadas.

— Não brinca com isso! — o Albino pediu. Ele se emburrou e enfiou a cara no travesseiro.

— Relaxa, amor. É só um cabelo, você ainda tem milhões. — com um sorriso travesso, Geto usou seus dedos para puxar outro fio da cabeleireira branca.

— Ai! Por que fez isso? — Satoru indagou passando a mão na cabeça.

— Estou contribuindo para sua calvície. — sorriu.

— Suguru! Você me paga.

Satoru Gojo, o mais calvo do mundo (Satosugu)Onde histórias criam vida. Descubra agora