Único.

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O entardecer estava consideravelmente ameno, bem, considerando as condições de vida que as pessoas do esquadrão de caçadores levavam.

Após Nezuko alcançar o sol, curiosamente, a quantidade de ataques causados por onis diminuiu drasticamente.

Isso era um alívio, de certa maneira. No entanto, deveriam temer a quietude do Rei Oni, considerando que este, muito provavelmente, estava planejando algo de grande e a qual seria muito problemática para os hashiras e os caçadores de modo geral.

Por isso, rondas padronizadas em vários distritos eram realizadas todos os dias, sem falta, como uma maneira de se precaver.

Naquele momento, Sanemi Shinazugawa acabara de chegar de uma pequena missão, na qual camponeses haviam reclamado sobre barulhos estranhos ao cair da noite e isso definitivamente os amedrontavam. Felizmente, não se passava de um lobo faminto que caminhava ao redores em busca de seu jantar.

Isso frustrava cada vez mais Sanemi, que queria matar e destroçar aqueles vermes que, por ora, estavam inativos.

Ele adentrou a mansão Ubuyashiki com um suspiro e, sentindo-se cansado, foi abordado quase de imediato por um dos filhos do mestre.

- Bem-vindo de volta, Shinazugawa-san - O garoto se curvou, mostrando respeito ao mais velho - Bom trabalho em sua missão. Seu aposento já está pronto para recebê-lo. Se Shinazugawa-san estiver machucado em algum lugar, por favor, vamos para a enfermaria para que possamos tratá-lo.

- Eu estou bem, obrigado - Sua voz saiu com um tom gratificante.

- Se o senhor precisar de algo, sinta-se à vontade para pedir.

Sanemi soltou um murmurio em concordância antes de voltar a caminhar para o final do corredor e seguir até a ala em que ficava os quartos de descanso.

Era satisfatório a existência de alguns betas na mansão, já que esses conseguiam lhe encarar e não ficar horrorizados de maneira desnecessária. Afinal, o hashira do vento era um alfa dominante e seus feromônios poderia causar algum certo tipo de estrago.

Ao entrar no quarto, o grisalho seguiu para a pequena cômoda e pegou o roupão dobrado milimetricamente que pousava ali e saiu logo em seguida.

Ele seguiu até as fontes termais que ficavam nos fundos da mansão, para desfrutar de seu merecido descanso.

Não passado muito tempo depois da chegada do Shinazugawa, chegou Giyu Tomioka, igualmente de uma missão. O hashira da água teve sua recepção acalorada e se dirigiu até os aposentos, notando como havia se cansado demais em algumas rondas insignificantes.

Ele passava dos seus vinte anos e seus exames sempre deram resultados para beta, então não ser um ômega já era um problema a menos para sua vida complicada.

Assim que tirou seu haori, o dobrou e deixou na mesinha juntamente à sua katana. Copiosamente pegou um roupão e fora se limpar, sentindo-se levemente acalorado.

Giyu se encontrava sozinho nas fontes, coisa que lhe agradava em altos níveis. O moreno ficou cerca de meia hora nas águas, quase adormecendo algumas vezes.

No mesmo instante que saiu, uma tontura lhe atingiu e escapou por muito pouco de não ir de encontro ao chão, agradecendo mentalmente ao seus reflexos de caçador.

Seu outro erro foi acreditar que isso era culpa da temperatura da fonte.

O Tomioka começou a se sentir esfomeado e desta vez seguiu até a cozinha, para uma refeição decente. Lá ele se encontrou com Gyomei Himejima, o qual sempre conseguia trocar algumas frases a mais do que o normal em comparação com outros hashiras.

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