capítulo 1

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[nome pov]

Acordei no dia seguinte sentindo a cabeça latejar de dor,como se tivessem martelo meu crânio com um martelo de metal extremamente pesado, normalmente eu não bebia acima do normal, mas ontem, foi como se eu estivesse realmente necessitando passar dos limites. Por sorte meu "dócil" pai, não estava em casa, o velho havia viajado para resolver alguns contratempos no exterior. Infelizmente a alegria de sua ausência não iria durar para sempre, afinal, o homem retornaria no fim da tarde daquele dia

Com esforço e com a ajuda de dois comprimidos, conseguir uma mínima disposição para viver, levantei e seguir ao banheiro para fazer minha higienes matinais. Depois de feitas, vestir uma roupa decente, hoje seria o dia em que meu assessor contrataria outro segurança, afinal, os de ontem estavam apenas cumprindo o último dia de trabalho depois de terem sido demitidos pelo Sr Nagano, aquele velho rabugento...

— bom dia senhorita Nome, seu café já está na mesa— senhora Yuki avisava

— o que eu já lhe disse? Deixe que meu café eu ajeito, não quero lhe dar trabalho, já faz o suficiente por mim permanecendo nesta casa e me fazendo companhia— sorrio e logo a abraço, a mulher era baixa, então facilitou para que eu deixasse um pequeno beijo em sua testa

— é meu trabalho cuidar você, e faço isso com muito amor, querendo ou não você é a filha que eu não tive— a mais velha diz enquanto sorrir e retribui o abraço

— e você é a mãe que eu não tive- digo enquanto olho em seus olhos

Minha mãe havia feito um trato com meu pai, algo como "barriga de aluguel", a mulher apenas me amamentou até meu 9 meses e depois pegou uma boa quantia de dinheiro e sumiu do mapa me deixando com papai. Minha madrasta era uma fofa, era como uma segunda mãe, afinal, Yuki era a primeira. Sempre foi gentil e me tratou como se eu fosse sua filha de sangue

— bom dia minha filha— a mulher em quem eu pensava apareceu

bom dia mãe- a observo descendo as escadas, assim que chegou perto o suficiente me abraçou de forma gentil

— parece que vai me acompanhar no café da manhã— digo animada, normalmente ela não tinha tempo para isso

— claro, mas depois preciso ir na empresa resolver algo, não esqueça que precisa ir também, afinal você será herdeira de todo aquele lugar—assim que Kaori pronuncia aquelas palavras, eu me lembro que haveria uma reunião com os acionistas da empresa, parecem que eu teria que avaliar um negócio que estavam pretendendo fazer que seria bom para o futuro da empresa

— eu sei, avise eles que irei sim, não posso deixar os negócios desamparados— na verdade eu não tinha interesse nas empresas de meu pai, minha vontade era de construir a minha própria empresa usando meu esforço

— acho bom mesmo, não quero que a senhorita fuja de suas responsabilidades— logo seguimos rumo a mesa e nós sentamos para tomar café. Como sempre eu mesmo me servir. Porém logo meus irmão chegaram e fizeram as pobres empregadas trabalharem

— estão conversando sobre esse assunto entendiante da empresa de novo?- Hana, minha irmã mais nova pergunta enquanto apoiava os pés sobre a mesa

— tenha modos Hana!!— Akemi, meu irmão mais velho, empurra o pé da garota fazendo com que eles despencassem rumo ao chão

Mesmo sendo o mais velho, Akemi recusou a posse da empresa e decidiu seguir carreira como chefe de cozinha, ele possuía inúmeros restaurantes por todo Japão, e como esperado, todos eram bem sucedidos, afinal, como diziam, é impossível não se ter sucesso quando se carrega o sobrenome da família Nagano

— irá vim almoçar em casa Hoje?- mamãe pergunta para Akemi que apenas nega rapidamente

—terei clientes especiais hoje, minha agenda está lotada, talvez amanhã, caso eu arrume tempo, peça para Hana lhe fazer companhia, afinal a única coisa que ela sabe é passar o dia inteiro jogando— Hana direciona o olhar para Akemi e logo mostra o dedo do meio para ele

Confesso que as brigas deles traziam uma certa felicidade para meu dia, mesmo sendo coisas básica, aquilo mostrava que conseguíamos ser uma família normal quando Papai não estava por perto, afinal, todos fingiam ser perfeitos na presença do velho

— se me derem licença— digo quando escuto o toque de meu celular. Levo a mão até o bolso e logo vejo o nome de Hayato estampado na tela. Suspiro e logo desligo e me levanto

Se ele estava ligando o motivo era óbvio, as entrevistas para o cargo de segurança já haviam começado, mesmo não querendo isso era uma de minhas obrigações, está presente para "conhecer" as pessoas que ficariam 24 horas grudadas em mim, sinceramente não via necessidade disso, poderia muito bem me proteger sozinha, porém, não tinha escolha, haviam regras a ser seguidas

Sair da mesa e seguir rumo a porta da enorme casa, assim que a abrir pude perceber o carro de Hayato estacionado ali em frente, o mesmo estava com a janela aberta, dando para notar o homem me olhando como se quisesse minha cabeça em uma bandeja de prata. Penso seriamente em ignora-lo e voltar para a mesa, mas logo me aproximo do veículo e logo embarco

— ignorou minha ligação?!- pergunta arqueando as sobrancelhas

— ignorar é uma palavra muito forte, apenas escolhi não atender— sorrio para ele tentando aliviar o clima, ele levou a mão até o rosto e logo respirou fundo

— estamos 15 minutos atrasados, o local deve está com uma fila enorme— da partida e logo dirige rumo ao local onde aconteceria as entrevistas. Um pequeno escritório da família em Shibuya

Decidir ficar quieta, só existia uma coisa que Hayato não tolerava, atrasos, o mesmo era tão pontual que chegava a me dar medo, lembro que uma vez levei um sermão de aproximadamente uma hora de tempo ao ter chegado 30 minutos atrasada em um evento da empresa....foram os minutos mais aterrorizantes daquele dia...

— tente não espanta-los, afinal, sei que foi você que fez com que os últimos seguranças pedissem demissão— afirma aquela horrível mentira que continha 100 % de verdade, mas era claro que eu não iria admitir

— não sei de nada, eles eram uns tolos, se demitiram pois eram fracos de espíritos— cruzo os braços e olho rumo a janela, a paisagem melancólica passava rapidamente, fazendo com que as árvores parecessem apenas borrões esverdeados...






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