"23 aniversários em dias nublados... Kim seungmin nunca teve muita sorte, seu pai pregou um alvo em suas costas, deixou com sua morte um motivo pra seungmin viver..."
" Coreia do sul é um pais capitalista onde dificilmente estrangeiros conseguem gan...
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▪Kim seungmin▪
Sem pressa percorria os frios corredores do prédio, pareciam infinitos para minha pernas coloridas, por mais que ame ir para a academia logo pela manhã sempre acabo exausto
Assim que chego ao apartamento retiro meus sapatos coloco café para ser preparado na cafeteira, vou caminhando até meu quarto parando apenas para atender o telefone, vejo algumas chamadas perdidas do meu pai largo o celular o deixando sobre a cama procuro uma boa roupa, começo a me despir sinto um leve arrepio pela minha espinha pelo frio, sou sortudo ao ponto todos os meus 23 aniversários cairem em dias nublados... mesmo assim sempre eram meu dia favorito do ano
Por segundos encaro meu corpo nu no espelho, sem uma mancha, uma marca, um hematoma, um corte, uma cicatriz, como pode ser assim?...
solto um suspiro longo antes de pegar a toalha e desligar mais uma chamada do meu pai, em seguida ir para o banheiro
Entro no box e deixo que a água quente tire todo o estresse desta semana de cima dos meus ombros, recordo-me de todos os aniversários anteriores, de todos os que meu pai preparava festas gigantesacas para todos meus amigos da escola
De todos, o mais marcante, possivelmente quando tomei consciência de por quem eu estava sendo criado, meu aniversário de 12 anos uma festa de poucas pessoas em um sítio em Busan, cidade onde morei por boa parte da minha infância, meu pai estava comigo brincando em um pula-pula colorido, quando tiros foram disparado em meio as crianças
Desespero tomou aquele dia nublado crianças e adultos corriam para todos os lados para fugir do tormento, tudo que me lembro depois disso foi ter sido carregado e trancado em um quarto e ter adormecido em prantos, uma semana depois deixamos a cidade de Busan.
O som do meu celular tocando me tirou dos meus pensamentos senti-me obrigado a atendar desta vez, por mas que não tenha me proporcionado a melhor infância sei do esforço que meu pai teve para que eu fosse feliz eu o amo, saio do banheiro enrrolo uma toalha na cintura e vou atender a ligação
- oi pai - digo sorrindo mesmo sabendo que ele não veria
- oi filho, onde estava? te liguei tantas vezes - acho que ele não queria que eu reparasse mas ele ficou preocupado, ele sempre fica, talvez pelo perigo que representa estar morando em uma cidade movimentadacom um alvo nas costas, alvo que ele mesmo colocou.
- fui para a academia de manhã acabei de sair do banho não olhei o celular - menti
- oh entendi! Não demore pra chegar eu estou ancioso e tenho uma surpresa - ele estava tão empolgado, ao menos mais que eu
