Capítulo 2: Medicamentos alucinantes

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Por um breve período de tempo, ela pôde descansar. A escuridão ainda a assombrava, mas tudo se mantia em silêncio, até...

Sua respiração parecer mais alta que o normal, seu coração batia rápido e com ele seus momentos de alívio se foram

Tudo que se podia ouvir era seus batimentos cardíacos, junto com sua respiração falha

Tum, tum. Tum, tum. Tum, tum

E um grito se estalou por toda a casa, sua respiração completamente desregulada, seu desespero se pôs presente mais uma vez

Sufocada pelos batimentos cardíacos, como se um terrível desastre fosse acontecer no interior de seu peito, ela não conseguia evitar os pingos de suor que iam surgindo em sua testa, mãos e pescoço

Tudo ao seu redor era tão normal que parecia estranho, afinal, alí era apenas seu quarto

— Sofia?

Ao olhar para o lado, ela reconhece o rosto de sua amiga, Nathalie

— Porra, eu não devia ter te deixado sozinha ontem, desculpa – se senta na cama, a abraçando de lado

— Ontem? O que aconteceu ontem?

— Quê? Teve uma perda de memória alcoólica? Tu bebeu pra caralho mesmo

Ela voltou a escutar seus batimentos, mas agora em um ritmo semelhante a de uma música eletrônica

Em um breve flashback, o que apenas lhe restou foi, uma vaga lembrança das músicas, luzes, bebidas, risadas, roupas reluzentes, bebidas, sirenes, espelhos, bebidas, beijos...

— Não lembro – sua expressão poderia representar... trauma

— Ah, que pena! Você adoraria lembrar dos vários pegas que deu na galera. Vários, tipo, com todas e todos

— Não. Eu não, não, tipo, eu não fiz isso

— Fez, claro que fez. Mas por que tava gritando? – após a pergunta Sofia se joga pra trás como se carregasse um peso enorme

Por alguns minutos, conseguiu esquecer completamente a sua suposta morte

— Eu morri

— Mentira! Porra nem comprei a roupa, você não se importa se eu pegar sua né? Você só tem roupa preta mesmo

— Não, tipo, tava sangrando, tava... sufocando – sem perceber, seus olhos começaram a lacrimejar ainda assustada com a noite passada — As vozes, elas, ele me matou, foi um teste, eu não...

— Ei! Do que cê tá falando?

— Eu também não sei. O que eu bebi ontem?

— Cara, nem o barman sabe, foi muita coisa

Por intuição, Sofia se levantou e foi até o banheiro confirmando sua grave teoria, já que, o armário de remédios estava aberto com algumas caixas vazias

— Porra, que merda! Eu misturei que caralho com que desgraça?

Ela volta pro quarto, na tentativa de se acalmar, alguns minutos depois, Nathalie volta também

— Ó, tem uns fracos de Cefalexina e outros, meio vazios jogados no chão, cê lembra se tomou algum

— Vai. Toma. No cu. Porra, eu tava louca? Cê sabe se tava tendo alguma droga na festa?

— Ah, o de sempre, maconha, cocaína, cannabis também

— Cannabis? Tavam dando cannabis naquela merda? – sua respiração se altera, junto com sua voz

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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