Templo de Afrodite
Após a conversa inicial, Sucy começa a trabalhar no templo de Afrodite, tentando consertar os detalhes arquitetônicos com o máximo de dedicação. Afrodite, por sua vez, observa Sucy à distância, intrigada pela determinação da serva.
Enquanto Sucy trabalha, ela sente uma presença familiar se aproximando. Quando levanta o olhar, vê Atena, que a observa com os braços cruzados e uma expressão de serenidade, mas com um olhar afiado.
-Trabalhando para outra deusa, Sucy? – Atena comenta, com um tom de voz calmo, mas com uma leve provocação. – Não imaginava que aceitaria ordens tão facilmente.
Sucy suspira, mas mantém a cabeça baixa, ainda respeitosa.
-Nem tudo é o que parece, Senhora da Sabedoria. Há mais motivos em jogo aqui do que ordens – responde Sucy, sem desviar o olhar do que estava fazendo.
Afrodite, que não deixou de notar a chegada de Atena, se aproxima com um sorriso astuto.
-Ah, Atena, querida! Que honra tê-la aqui. – Ela diz, com um leve tom de ironia. – Mas diga-me, o que a traz ao meu templo?
Atena ignora a provocação, voltando seu olhar para Sucy.
-Apenas curiosidade sobre como os servos deuses se envolvem com mortais e outros assuntos que, normalmente, não os interessariam. – Ela faz uma pausa e então continua. – E também um certo desagrado com uma mortal em particular.
Sucy, intrigada, levanta o olhar.
-Está falando de Aracne, certo?
Atena confirma com um leve aceno de cabeça.
-Sim, ela é uma jovem habilidosa, mas seu orgulho é perigoso. Acredito que precise ser lembrada de seu lugar e de onde vêm seus talentos.
Afrodite sorri, entendendo o que a deusa quer dizer, mas Sucy mantém uma expressão neutra. Ela sabe o suficiente para perceber que, quando deuses se envolvem com mortais, há sempre uma consequência para ambos os lados.
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Loja da avó de Aracne, Terra
De volta à Terra, Aracne continua seu trabalho no bordado, irritada com o comentário de que suas habilidades vêm de uma “benção divina”. Ela sente um forte desejo de provar que tudo o que sabe foi alcançado com seu próprio esforço, sem a ajuda de qualquer deus.
-Maldita deusa... como ousam dizer que minha habilidade é um presente dela? – sussurra Aracne, com os olhos cheios de determinação. – Vou mostrar a todos que não preciso de bênção alguma.
Nesse momento, uma figura familiar aparece atrás dela: uma mulher de olhar firme e roupas simples, mas com um porte que exala autoridade. Aracne sente um arrepio ao perceber que é Atena.
-Então, acha que suas habilidades são fruto apenas de seu trabalho? – Atena diz, com um leve sorriso, mas com um olhar que revela certo desdém.
Aracne, sem se intimidar, responde com firmeza:
Minhas mãos, meu esforço. Não há deus ou deusa que tenha interferido.
Atena, surpresa pela coragem da jovem mortal, decide colocar seu orgulho à prova.
-Pois bem, Aracne. Se está tão certa de sua superioridade, eu lhe proponho um desafio – diz Atena, aproximando-se. – Vamos ver quem consegue fazer o bordado mais belo.
Aracne, confiante e sentindo-se desafiada, aceita de imediato, mesmo sem perceber as consequências de sua resposta.
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Templo de Afrodite, Olimpo
Enquanto isso, Sucy continua seu trabalho no templo, mas seu pensamento está voltado para Aracne. Ela sente uma certa simpatia pela mortal, entendendo o desejo de ser reconhecida por seu próprio mérito. Afrodite, percebendo a distração de Sucy, comenta com uma leve provocação:
-Ah, Sucy... pensando na mortal? O amor-próprio dela é algo admirável, mas sabemos que o orgulho diante dos deuses raramente acaba bem.
Sucy ergue o olhar, respondendo com serenidade:
-Sim, mas às vezes os mortais só querem ser vistos como são, sem a sombra de nós, deuses.
Afrodite, com um sorriso malicioso, se aproxima de Sucy.
-E talvez o orgulho de Aracne seja o suficiente para torná-la inesquecível. Afinal, o que seria dos deuses sem mortais ousados para desafiá-los?
Sucy observa a deusa em silêncio, refletindo sobre o que está por vir. Ela sente que algo grandioso e trágico pode estar prestes a acontecer, mas, por ora, continua sua tarefa, consciente de que está prestes a testemunhar um confronto inesquecível entre a determinação humana e o poder divino.
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Minha amada deusa
Randomela é tão perfeita Uma bela mulher Uma mulher forte Uma Rainha Incrível Uma deusa complicada eu sou apenas uma serva Sou um demônio que não tem nada de interessante fui criada para servir suas vontades