"Não sei se você entende
Porque não consigo expressar o quão grata eu sou
Por você sempre estar comigo quando doía
Sei que você entende... "
História de Amor de Lucrécia e Miguel.
{{ Lucrécia x Oc}}
{{Elite - S1 ~ S3 }}
1° TEMPORADA: ☑️
2° TEMPORADA...
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03x02. Samuel e Guzman
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MIGUEL SE REMEXIA INQUIETO NA CADEIRA DA SALA DE REUNIÕES, CERCADO POR COLEGAS QUE, ASSIM COMO ELE, ESTAVAM ANSIOSOS PARA FALAR COM O REITOR DE UMA DAS FACULDADES MAIS RENOMADAS DA EUROPA. TODOS ALI COMPARTILHAVAM O MESMO SONHO: UMA CHANCE DE IR ALÉM DE LAS ENCINAS, DE CONQUISTAR ALGO GRANDIOSO. CONTUDO, PARA MIGUEL, AQUELE SONHO AGORA PARECIA NEBULOSO, ENVOLTO EM SOMBRAS DE INCERTEZA E MEDO.
O reitor, um homem de aparência austera e sorriso polido, andava pela sala, cumprimentando cada aluno, enquanto o olhar perspicaz analisava suas respostas. Quando finalmente chegou a Miguel, colocou uma mão em seu ombro, um gesto encorajador.
— Miguel, onde você se imagina daqui a cinco anos? — perguntou, a voz cheia de expectativa.
Miguel prendeu a respiração. Cinco anos? Cinco anos pareciam uma eternidade, um intervalo de tempo que ele nem sabia se viveria para ver. A pergunta, tão simples para os outros, atingiu-o como uma onda de choque. Sentiu-se pequeno, frágil, como se, naquele instante, estivesse à beira de um abismo. As respostas ensaiadas, as aspirações que antes guardava consigo, evaporaram, e ele se deu conta de que não conseguia sequer imaginar o próximo ano, quanto mais cinco.
Seus olhos começaram a marejar, e ele tentou disfarçar, mas a emoção era mais forte que ele. Sem conseguir responder, sentiu um nó na garganta, a pressão do olhar do reitor e dos colegas pesando sobre si, esperando uma resposta que ele não podia dar.
— Com licença, — murmurou, a voz falhando enquanto se levantava rapidamente, desviando o olhar do reitor.
A sala ficou em silêncio enquanto ele saía, cada passo mais pesado, até finalmente atravessar a porta. Assim que se viu no corredor, Miguel sentiu as lágrimas escorrerem pelo rosto, libertas do esforço de contê-las. Encostou-se na parede, o coração pulsando de forma irregular, enquanto deixava o choro silencioso tomar conta de si.
Aquela pergunta simples, que antes teria sido fácil de responder, agora trazia à tona todos os seus medos, todas as incertezas que o acompanhavam desde o diagnóstico. Ele queria ver o futuro, mas sentia-se preso no presente, sem saber se poderia mesmo traçar planos para ele.
