Capítulo 21, Kim Nabi

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Uma onda de mal estar me arrancou do meu sono. Eu tropecei em direção ao banheiro e vomitei novamente,
ajoelhada no chão de mármore frio, exausta demais para me levantar.
Estremeci. Namjoon se aproximou de mim rapidamente, segurando meu cabelo atrás da cabeça.

— Eu não pareço muito gostosa agora, não é?

Eu ri com a voz rouca.

— Isso não deveria ter acontecido. Eu deveria ter mantido você a salvo. 

— Você me manteve.

Eu agarrei o assento do vaso sanitário e
cambaleei para ficar de pé. As mãos de Namjoon seguraram minha cintura.

— Talvez um banho ajude. 

— Acho que eu vou me afogar se eu entrar em uma banheira agora. 

Namjoon ligou a água na banheira enquanto ainda me segurava com uma das mãos. O céu estava ficando cinza sobre a cidade.

— Nós podemos tomar banho juntos. 
Eu tentei um sorriso maroto. — Você só quer tirar uma casquinha.

— Eu não vou tocar em você enquanto você estiver sob o efeito de drogas. 

— Um Capo com moral? 

O rosto de Namjoon ficou sério.

— Eu não sou Capo ainda. E eu tenho moral. Não muita, mas alguma coisa eu tenho. 

— Estou só brincando.

Eu sussurrei quando inclinei minha
cabeça contra seu peito nu. Ele esfregou minhas costas e o movimento
enviou um formigamento doce até meu núcleo. Recuei e cuidadosamente caminhei até a pia para escovar os dentes e lavar meu rosto.

Namjoon fechou a torneira quando a banheira estava quase cheia.
Então ele me ajudou a tirar a calcinha e saiu de suas boxers antes de me levar até a banheira. Mergulhei o rosto dentro da água por um momento, esperando que isso fosse limpar o restante do nevoeiro da
minha cabeça. Namjoon deslizou atrás de mim e me puxou contra o seu
peito, sua ereção pressionou contra a minha coxa. Me virei de frente para ele e seu membro deslizou entre as minhas pernas e roçou a minha entrada. Fiquei rígida. Namjoon teria apenas que empurrar seus quadris para cima para entrar em mim.

Ele gemeu, rangeu os dentes, então colocou a mão entre nós e empurrou sua ereção para cima, descansando contra a minha coxa, e me puxou para o seu peito.

— Alguns homens teriam se aproveitado da situação.

Eu murmurei. A mandíbula de Namjoon estava cerrada.

— Eu sou esse tipo de homem, Nabi. Não se engane em acreditar que eu sou um bom homem. Eu não sou nem nobre, nem um cavalheiro. Eu sou um filho da puta
cruel. 

— Não para mim.

Eu pressionei meu nariz contra a curva do
pescoço dele, respirando seu cheiro familiar e almiscarado.
Namjoon beijou o topo da minha cabeça.

— Seria melhor se você me odiasse. Haveria menos chances de você se machucar desse jeito. 

O que eu tinha dito a ele ontem à noite, quando estava mal? E se eu disse que o amava? Eu não conseguia lembrar.

— Mas eu não odeio. 

Namjoon beijou minha cabeça novamente. Eu queria que ele dissesse alguma coisa. Eu queria que ele dissesse que ele...

— Você mencionou algo sobre o que Minah disse a você. — Sua voz era casual, mas tensão tomou conta de seu corpo. — Algo sobre eu tomar você de um jeito sangrento e cruel. 

Ligados pela Honra, Kim Namjoon. LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora