capítulo 02

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MARIA LUIZA....

Eu estava dormindo com o ventilador ligado, era um sono tão bom que nem dava vontade de acordar. Até que sinto um jato de água na minha cara, eu abro os olhos com tudo e era minha mãe me acordando

––– Bora preguiçosa! Tô' te chamando a meia hora atrás e você não acordou, já são 11:30 da manhã!

––– COMO?! –me sento na cama sentindo uma dor de cabeça monstruosa, uma vontade de por tudo para fora, eu claramente estou de ressaca

–––BORA MARIA LUIZA! LEVANTA O RABO DESTA CAMA!

––– Calma aí dona Lourdes!!! – eu grito de volta. Me levanto da cama indo pro banheiro do meu quarto, me olho no espelho, fico raciocinando oque estava acontecendo e escovo os dentes, logo após vou para cozinha

Meu pai estava sentado na mesa e me olha desconfiado, na hora que ia me sentar só ouso um grito "A CADEIRA TÁ RUIM" eu me sento e esborracho no chão com a cadeira, não enxergo nada só ouso minha mãe rindo e meu pai me ajudando, eu abro os olhos e olho ao redor

––– Eu morri?

––– Não filha, você tá viva, graças a Deus –– Meu pai me ajuda a levantar

––– O dia já começa me dando porrada assim? Valeu senhor Aílton (o pai dela)

Minha mãe bota um bolo de chocolate na mesa e eu a olho como se fosse um pedido para eu partir

––– Não não! Tá quente ainda, quer ter dor de barriga depois?

Eu nego com a cabeça e ela dá de ombros

––– Vai no Hortifruti dona Lourdes?

Ela assente e me olha

––– Vai se arrumar, ou vai sair de pijama na rua?

––— Não tô afim de passar vergonha

—— Olha filha, você acha que não esqueci que eu tive que aguentar você bêbada ontem a noite — Aílton fala olhando para filha e deixa o jornal na mesa

—— Depois de ontem eu nem bebo mais...

Depois do desastre da cadeira, fui tomar banho, lavar os cabelos e hidratar minha pele. Depois do banho boto uma blusa normal e um short jeans preto e pego meu chinelo, começo a desembolar meus cabelos e por fim finalizar. Passo um creme corporal, desodorante e perfume

Vou até a cozinha e espero minha mãe lá, logo depois fomos pro Hortifruti. Eu fico segurando a cesta enquanto ela pega as coisas, depois do Hortifruti fomos no supermercado e adivinha, fiquei com o carrinho, eu me distrai olhando a parte de chocolate e depois quando olho, minha mãe estava conversando com Shoyo, minha alma foi e voltou, eu chego perto e cutuco ela

—— Calma aí filha — minha mãe diz conversando ainda com o ruivo que olha para mim intensamente — Olha Shoyo, minha menina cresceu, está ainda mais linda

Ele dá um sorrisinho gentil e assente

—— Sua filha é uma mulher linda

Eu coro e olho para prateleira de salgadinhos e boto qualquer um dentro do carrinho e saio andando pensando "minha mãe vai me arregaçar falando de mim pro Shoyo" só queria enfiar a cara em algum lugar, mas não era possível, infelizmente...

...... tempo depois

Chegamos em casa e minha irmã estava lá ajeitando as coisas do aniversário da minha sobrinha, minha mãe cochichando demais com ela e eu digo:

—— Quem cochicha, rabo espicha!

Elas riram, e de tarde quando meu pai estava na sala e eu também, minha mãe estava vendo seção da tarde na televisão ela me olha e diz:

—— Tá na hora de ver um namorado né senhorita Maria Luiza?

—— Não tô' afim de me magoar de novo mãe — falo lembrando do meu último namoro que nem foi um namoro direito

——Melhor do que chegar bêbada em casa nas madrugadas — meu pai retruca

—— Vocês tão de caô comigo, né?

Eles negam e voltam a ver televisão, eu aviso que vou sair, pego meu celular e a bicicleta indo para praia. Eu odeio falar sobre esse assunto de namoro e tals porque, lembro meu primeiro e último que nem foi considerado um namoro. Sento na areia e olho pro mar pensando e pensando

Eu penso, se eu não tivesse negado o Japinha, eu estaria com ele hoje? Não seria a pior das hipóteses, porém tenho essa dúvida encubada no meu coração e na minha mente, não quero me apaixonar de novo e chegar na hora, rejeitar a pessoa, como se não tivéssemos nada. Me dar raiva de lembrar oque eu fiz com o Shoyo na época, acho que fui uma idiota comigo e em dobro com ele...

Eu vou me culpar de algo que talvez seja idiota ou não, pro resto da minha vida! E acho que no dia da nossa colisão, com ele me atropelando de bicicleta foi o começo... Que venham muitos momentos bons assim, se ele me apareceu de novo, é porque talvez... Seja ele a pessoa certa?

HIANTA SHOYO

Depois de um treino de vôlei de praia cansativo, fui andar pela praia, ali era tão lindo. Os morros, o céu azul, o lindo mar com a companhia do Cristo Redentor, é a vibe que eu sinto daqui.

Avisto de longe a Maria Luiza e lembro das coisas que a mãe dela me disse sobre fazer amizade com ela novamente, pois de amiga ela só tinha a irmã e a Yumi

Logo me aproximo e sento do lado dela, e só pergunto um "tá tudo bem?" Observo ela deitando a cabeça sobre meu ombro e eu apenas passo o braço em volta da cintura dela

—— Valeu Shoyo...—ela suspira como se estivesse cansada de algo

Assistindo, fico quietinho com ela, até começarmos umas conversas engraçadas e ela se levanta correndo pela praia e eu vou atrás

A puxo pela cintura e ameasso-a de tacar ela na água, Luiza joga o celular na areia e me puxa para água com ela

Nós nos divertimos igual a criança até o por do sol, depois nos jogamos na areia olhando pro céu levemente alaranjado e rimos

—— foi legal, né? — a Luiza se vira apoiando-se no cotovelo

—— Sim... Foi divertido — a olho com um olhar meigo

Nós rimos de novo e depois nos levantamos indo para fora da praia, quando ela chega perto da bicicleta dela eu a dou um beijinho no canto da boca sem querer, eu juro que era para ser na bochecha, eu coro e rapidamente dou tchau e ela apenas acena e fica parada lá

Aquilo foi desastroso, era para ser na bochecha, porém, não dá para voltar ao passado...


Fim do capítulo...

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⏰ Última atualização: Nov 04 ⏰

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