O Eco de Dois Corações

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Em uma sala isolada e silenciosa, nas proximidades da escola Jujutsu, Akira se encontra inconsciente, deitada em uma maca, seus pulsos e tornozelos presos por correntes amaldiçoadas. Essas correntes sugam sua energia amaldiçoada, deixando-a enfraquecida e impedindo qualquer tentativa de fuga. Lentamente, ela começa a recobrar a consciência, os olhos entreabertos ajustando-se à luz fria do ambiente. Ao seu lado, um médico observa os sinais vitais dela enquanto um ancião do Jujutsu, Haruto, ex-líder do clã Akimitsu, a analisa com um olhar sério e distante.

Akira: (com a voz fraca e entrecortada) — Onde... onde eu estou?

Médico: — Você perdeu muita energia amaldiçoada, Akira. Seu corpo sofreu diversos ferimentos graves... precisa de descanso.

Haruto: (num tom firme e calculado) — Os superiores ordenaram que você se afastasse da batalha em Shibuya. Sua presença lá não é mais necessária.

Akira tenta mover os braços, mas as correntes impedem seus movimentos. Ela ri amargamente, uma faísca de desafio em seus olhos.

Akira: — Ficar aqui... enquanto meu marido está selado, meus alunos lutando e maldições soltas por toda a cidade? Não mesmo.

Ela lança um olhar desafiador para Haruto, um sorriso sarcástico surgindo em seu rosto.

Akira: — Deixe-me adivinhar... os velhos anciãos estão preocupados com o destino da batalha ou apenas com o... bebê?

Haruto a observa em silêncio por um momento antes de responder, sem desviar o olhar.

Haruto: — Os superiores não estão dispostos a arriscar a extinção do clã Gojo, Akira. Não podemos perder mais herdeiros.

O ambiente torna-se tenso, a respiração pesada de Akira ecoando na sala. O médico, sentindo a tensão, decide intervir para amenizar o clima. Ele se aproxima com um aparelho de ultrassom portátil, com a expressão cuidadosa.

Médico: — Precisamos verificar se o bebê está seguro. É o protocolo.

Akira franze a testa, hesitante, mas assente. Quando o médico prepara o equipamento, ela se lembra das palavras que Sukuna sussurrou para ela, provocando um arrepio.

Akira: — Bebês... — ela sussurra, os olhos fixos na barriga.

Médico: — Perdão? Como assim... bebês?

Akira: (olhando para o médico e Haruto) — Sukuna tocou na minha barriga e disse... bebês.

O médico e Haruto trocam um olhar sério e cauteloso. Haruto faz um leve gesto com a cabeça, dando permissão para que o médico continue. Ele espalha o gel frio sobre a barriga de Akira e começa a deslizar o aparelho, transmitindo a imagem para a tela ao lado. O silêncio toma conta da sala até que duas pequenas formas aparecem, bem definidas.

 O silêncio toma conta da sala até que duas pequenas formas aparecem, bem definidas

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Médico: (quase sem fôlego, olhando para a tela) — São dois... realmente, dois bebês. E... ambos estão saudáveis.

O médico vira-se para Akira, um leve sorriso surgindo no rosto.

Médico: — Gostaria de ouvir os batimentos deles?

Akira: — Sim... por favor.

O som ritmado e firme dos corações dos bebês preenche a sala, reverberando como uma melodia tranquilizadora. O som é forte e seguro, mas com um toque suave, como se eles estivessem em paz dentro dela. Uma emoção inesperada invade o peito de Akira, misturando um sentimento protetor e amor profundo. Ela sente lágrimas se formarem em seus olhos, mas permanece firme, encarando a tela onde seus filhos estão seguros e crescendo.

Ela percebe, nesse instante, que sua luta não é apenas por si mesma, ou pelo marido, mas por aqueles dois pequenos corações que agora dependem dela.

Enquanto o médico desliga o aparelho, o silêncio se instala novamente na sala. Haruto a observa, parecendo medir suas emoções e pensamentos.

Haruto: — Esses dois herdeiros são de extrema importância. Se algo ocorrer com Satoru... seus filhos serão o futuro, os próximos líderes do clã Gojo. É nosso dever protegê-los a qualquer custo, Akira.

Akira: (em um sussurro firme, apertando os punhos contra as correntes) — Esses dois... vão crescer livres. Vou garantir que nenhum clã, nem mesmo o superiores, lhes imponha qualquer maldição.

Haruto olha para ela, implacável, mas parece compreender a profundidade das palavras de Akira.

Haruto: — Entendo o que sente, mas lembre-se que decisões maiores estão em jogo. Daqui a pouco haverá uma reunião, e você deverá estar presente. Muito dependerá da sua cooperação.

Ela não responde, mas seus olhos demonstram determinação. Mesmo cativa, seu espírito é indomável, e sua força, agora ampliada pelo instinto materno, faz Haruto perceber que, por mais que tentem controlá-la, o fogo de Akira ainda queimará em prol daqueles que ela ama

Entre o Amor e Maldições | Satoru Gojo X OcOnde histórias criam vida. Descubra agora