e o dragão... no fim era a princesa

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me olho no espelho
não me reconheço
os olhos, vermelhos
o rosto, inchado
a raiva me consome
me devora
e esmoreço
sempre da mesma forma
em lágrimas
posso ver o cansaço deles
com o drama
a grosseria
eu engulo o arrependimento
e choro
choro até meu nariz
escorrer
e meus olhos arderem
de tanto os esfregar
pra me livrar delas
das lágrimas
eu me olho no espelho
e quem é ela?
senão um pedaço dele
— pai —
e dela
— mãe —
juntos em um corpo só

meramente decorativaOnde histórias criam vida. Descubra agora