Dorne, um reino de beleza majestosa, prosperidade e liberdade, onde as pessoas viviam sem correntes, livres para amar e viver sem o peso das consequências. Valyrius Targaryen, um príncipe exilado, encontrou em Dorne seu lar, sua segunda chance, sua vida após o inferno do passado. O sangue puro de dragão corria em suas veias, mas ele abominava carregar o sobrenome que o traiu.
No entanto, em Dorne, ele sabia que poderia recomeçar, longe da sombra da família egoísta e traiçoeira que o marcou. A cada manhã e noite, Valyrius se perdia na sacada de seu aposento, olhando para o castelo e o reino, vendo os servos e cavaleiros, mas seu coração ainda carregava o peso do passado, a dor e o rancor.
Após anos em Dorne, Valyrius conheceu cada canto do reino, apreciando suas paisagens e se familiarizando com o povo. Eles, que sabiam de sua linhagem, não o julgaram ou odiaram. Em vez disso, o receberam com carinho e braços abertos, coisa que sua própria família nunca lhe ofereceu.
Dorne era seu refúgio, seu lar verdadeiro, onde o sangue do dragão não era uma maldição, mas uma segunda chance.
O sol nascente banhava a península Dornesa com seus raios dourados, iluminando as extensas paredes de arenito do castelo. Uma brisa marinha varreu o local, trazendo o cheiro de sal e enxofre que fazia cócegas no nariz de Valyrius enquanto ele descansava contra o corrimão de pedra de sua sacada. Seus braços estavam cruzados sobre o peitoral, adornado com uma túnica preta aberta.
O sol quente começava a espreitar no horizonte, espalhando dourados pelas paredes do castelo e iluminando o belo reino e as regiões arenosas além. Era um dia quente de verão, e Valyrius admirava a casa que lhe acolheu, seus lábios puxados com um sorriso suave e melancólico.
Seus olhos estreitaram enquanto observava uma criança carregando uma bandeja cheia pelos corredores. Ele esperava nunca deixar Dorne, pois não conseguia imaginar um lugar mais bonito do que aquele. Um lugar de paz e reconfortante.
Um gemido baixo foi emitido de dentro dos aposentos dele, tirando o Targaryen de seus pensamentos melancólicos e cheio de remorso. Ele olhou por cima do ombro, seu rosto que demonstravam uma careta, substituindo por um sorriso suave, quando Érika Martell começou a acordar do sono.
Seu cabelo preto como tinta estava desgrenhado, e seus olhos castanhos escuros ainda estavam embaçados de sono. Valyrius observou em silêncio enquanto Érika se sentava lentamente, seus lençóis de seda deslizando de seu torso, revelando seu corpo magnífico.
Seus lábios se curvaram com um sorriso quando Érika esticou os braços acima da cabeça, deixando com que seus seios aparecessem enquanto se espreguiçava. Finalmente, a mulher pareceu notar o olhar atento do Targaryen.
▬▬▬ Bom dia ▬▬▬ ela murmurou, sua voz melancólica e rouca de sono. ▬▬▬ É bem cedo.
▬▬▬ Bom dia ▬▬▬ Valyrius respondeu enquanto cruzava a sacada e voltava para adentro dos aposentos. ▬▬▬ Eu sempre levanto com o sol ▬▬▬ ele murmurou enquanto se movia para a mesa de cabeceira de Érika e despejava um cálice de água da garrafa.
Érika cantarolou um suave obrigado enquanto Valyrius passava a água para ela, seus lábios se franzindo quando ela bebeu o copo inteiro.
Valyrius se empoleirou na beirada da cama, e Érika observou enquanto ele passava os dedos pelo cabelo bagunçado, afastando-o da testa enquanto ele pega o cálice vazio de volta da mão dela.
▬▬▬ Quais são nossos planos para o dia, princesa? ▬▬▬ ele murmurou após um momento de silêncio.
▬▬▬ Nossos? ▬▬▬ ela ecoou com um sorriso irônico. ▬▬▬ Eu acredito que você tem seus próprios deveres para cuidar, certo, marido?
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SCARLET DREAMS; helaena targaryen
Fanfiction𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐄𝐒𝐂𝐀𝐑𝐋𝐀𝐓𝐄𝐒. ❝ É como se eu fosse o único culpado pelo fim de nossa história. Mas ela era a própria essência do amor, a deusa Cupido reencarnada. Seu toque teria sido suficiente para manter nossos coraç...