Um Conto de Horror: Sereias

Elas Chegaram

UM CONTO DE HORROR:
SEREIAS

Episódio:

''Elas Chegaram''

3x01

Escrito por:
Rafael Oliveira

ATO I

CENA 1 – CASA DE ABIGAIL (EXT) – DIA

-1855-

(Mostra-se uma casa simples a beira mar completamente isolada. O contraste dela com o oceano é uma vista de "tirar o fôlego". Abigail, está sentada em uma cadeira daquelas cadeiras de balanço. Ela parece estar reflexiva enquanto olha para o mar. Em seguida, põe as suas duas mãos na barriga à acariciando, pois, está grávida. Se aproxima o Dr. Marcio, segurando uma maleta em mãos. Ele sobe alguns degraus para chegar até debaixo do rancho, em que Abigail está)

ABIGAIL – (Para Dr. Marcio) Não trouxe aquela doença para cá não é, Doutor?

DR. MARCIO – Não estou cuidando de nenhum caso que envolva a cólera. (Noutro tom) Então, pode ficar despreocupada, ficará sã e salva, assim como o seu bebê.

ABIGAIL – Meu marido, era um homem próspero. (Noutro tom) Antes, dele falecer enquanto dormia, naquela noite, parece que ele estava pressentindo. (Noutro tom) Disse, que tínhamos uma quantia, guardada, em nosso cofre, que era suficiente para sobrevivermos, até o fim das nossas vidas. (Noutro tom) Ele pode ter deixado essa casa, de herança, para mim e minha filha. (Noutro tom) Mas, temo como serão os meus próximos dias, ainda mais agora, com o nascimento da minha menina. (Noutro tom) Estamos em meio a uma guerra de raças, e eu sempre achei isso cruel. (Noutro tom) Alguém menosprezar o próximo, só porque ele possui uma cor diferente que a sua.

DR. MARCIO – Eles, não como nós, Abigail. (Noutro tom) Não possuem valor algum.

(A bolsa de Abigail estoura)

ABIGAIL – (Para Dr. Marcio Preocupada) Chegou a hora, Doutor.

(Reação Dr. Marcio)

CENA 2 – CASA DE ABIGAIL (SALA DE ESTAR) – DIA

(Abigail está deitada no sofá de pernas abertas enquanto grita muito de dor. Ela fecha os seus olhos os "cerrando''. Dr. Marcio está com duas luvas brancas em mãos, enquanto, tenta tirar o bebê)

DR. MARCIO – Empurre, Abigail! (Grita) Empurre!

(Abigail dá um grito lancinante enquanto faz muita força. Ela está soando muito também. Ouve-se o choro de um bebê. A partir disso, Abigail, expressa um semblante mais aliviado)

ABIGAIL – Posso vê-la, Doutor?

(Dr. Marcio está com o bebê em mãos envolto em uma manta branca cheia de sangue)

DR. MARCIO – (Enquanto olha para o bebê com um semblante de susto) não... (Noutro tom) há algo de errado.

(Dr. Marcio mostra o bebê para Abigail e ela vê que ele possui uma cauda e barbatana no lugar de onde deveria estar as suas pernas. Abigail também se assusta)

ABIGAIL – O que é isso, Doutor?

DR. MARCIO – (Soando frio) eu não sei, eu nunca vi algo parecido...

ABIGAIL – Dê ela para mim. (Dr. Marcio se mantém estático enquanto olha assustado para o bebê e para Abigail) Dê ela, para mim!

DR. MARCIO – Isso, é maligno! Precisamos matá-la.

(Abigail se levanta rapidamente e pega uma faca de porte médio, que estava na mesa de centro, do cômodo. Posteriormente, ela aponta a mesma para Dr. Marcio)