Perguntas Doem?

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A pergunta que me atormenta é: qual o preço do amor verdadeiro? Será que, para amar com tudo de nós, é necessário renunciar a quem somos, abandonar nossos valores e sonhos em um altar de devoções cegas? Em que medida o amor exige sacrifício, e até onde somos capazes de ir sem nos perder no processo?

A liberdade, para mim, soa como um eco distante em meio a um ser fragmentado e vazio. Aprendi a me amar, é verdade, mas a um custo altíssimo: o sacrifício daquele amor que florescia em meu peito em silêncio. Suas palavras, como um punhal nas mãos de alguém cruel, perfuraram meu coração outrora vibrante. A cada golpe, uma parte de minha alma se esvaía, até que o brilho em meus olhos se apagou, tragado pela escuridão. Refletir sobre isso me consome, enquanto busco respostas que apenas parecem aumentar o tormento. Será que a terapia, que antes fora um farol de esperança, agora reflete apenas a minha dor?

Éramos pessoas vibrantes, cheias de sonhos e desejos, mas a vida, com sua crueldade singular, nos desfez. Restaram apenas as cinzas de um amor que se foi e a lembrança amarga de um futuro que nunca existiu. Em cada lágrima que cai, escuto um lamento pelo que poderia ter sido, pelo amor que se esvaiu como areia entre os dedos. E a pergunta permanece, sem resposta e sem consolo: qual o preço do amor que deixei escapar para sempre de mim?

A dor da perda é uma sombra que me acompanha, um lembrete constante do que poderia ter sido e nunca foi. Aquilo que antes era fonte de alegria e plenitude tornou-se agora um fantasma, impedindo-me de seguir em frente. Sinto-me vazio, à deriva em um mar de dúvidas e questionamentos. Será que um dia encontrarei paz e cura para as feridas do passado? Ainda não sei as respostas, mas sigo buscando, dia após dia, um lampejo de esperança em meio à escuridão. Talvez, um dia, eu encontre a força para me erguer das "cinzas" e abraçar, novamente, a possibilidade de "amar".

(IN) FELIZMENTE LHE AMOOnde histórias criam vida. Descubra agora