Sinais

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Minutos  antes do acontecido...

— NÃO! EU NÃO ACEITO! - ouço Andrade esbravejar pela sala de reunião, observava tudo sentado, olhando para cada pessoa sentado à mesa.

Caio rodava na cadeira, estava igual a mim, entediado, Petra bufava por ver nosso Tio espernear igual criança, Daniel parecia assustado, perdido, tinha uma certa dó dele.

— Você não tem que aceitar nada, Andrade! Eu ainda sou o chefe dessa empresa, e não estou pedindo opinião de ninguém - Doutor Antônio, meu pai, rebateu - eu estou apenas comunicando que o meu filho Ramiro vai ser o novo líder da empresa, e acabou.

Minha mãe me deu um sorriso gentil que o retribui. Dona Irene estava radiante com a notícia.

— Um muleke Antônio! Que nunca nem quis saber sobre isso aqui, fica vadiando por aí, viajando! Por que não o Daniel? Ele é apito para o cargo.

Óbvio que ele iria pedir para colocar o filhinho dele. Caio revirou os olhos, ele detestava Daniel.

Não que eu morresse de amor pelo garoto, mas via que ele só era influenciado pelo pai.

— Ramiro é o mais velho da família, Daniel é muito novo, não entenderia metade dos negócios, e lava a boca para falar do meu filho!

Levantei de onde estava para acalmar meu pai ou ele iria passar mal.

— Pai! Calma! Andrade, já acabou seu showzinho?

Me virei para ele, detestava a voz dele, caminhou irado em minha direção, eu odeio brigas, mas amaria socar a cara dele, tio Ademir entrou para intervir.

— CHEGA! Meu Deus! Vocês não conseguem passar um encontro sem brigar? Pelo amor, Andrade.

Ele era sempre o mais calmo, e foi o primeiro a dar o fora em qualquer compromisso com a empresa, sua coisa era viajar, viver uma vida com sua mulher flor, e sua filhinha, longe da toxidade urbana como ele mesmo dizia, tio Ademir só usava cores claras e uma faixa na cabeça bem hippie, só faltavam as pulseiras

Meu pai sempre foi centrado, apesar de colocar medo em muitos, ele sempre foi um amor em casa, apesar de todo estresse, nunca deixou o trabalho chegar em casa, e claro completamente cadela pela minha mãe.

Que eu nunca seja gado por alguém assim. Amém!

E por fim, Andrade, desconsidero-o como tio há tempo, quando ameaçou minha mãe, ele sempre foi ambicioso, e invejoso, tinha raiva do meu pai, pois meu avô não o escolheu como sucessor da empresa e sim doutor Antônio, ele era agressivo, bebia de mais, por isso Daniel sempre parecia com medo perto dele.

Ah, e vamos ao bingo, me odiava também, odiava que eu tinha conseguido prestígio fora do Brasil.

O fato de eu não ser um filho "legítimo" Lá Selva e LGBTQIA+ ter mais sucesso que ele, e respeito nos negócios, o incomodava, e agora eu seria o líder  da A A A interprous

Se mata velhote!

— Eu também tenho direito nessa empresa! Eu deveria ter uma opinião sobre essa nomeação!

Todos reviraram os olhos. Aquela reunião ja estava se estendendo demais

— Então, o que você quer Andrade? - meu pai perguntou.

— Um líder precisa de uma base! Uma família.

Esse apertou 22 com força nas urnas.

— O que você quer dizer Andrade? - perguntei, realmente não entendi o que ele queria dizer.

— Meu querido sobrinho - falso demais - só aceito sua nomeação se você tiver alguém, ou seja, você casar! Ou é isso, ou tiro minhas ações e acabo com a união, e você, Antônio, sabe como isso iria demorar, e as notícias correm.

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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