SETE: MELHORES AMIGOS

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 Irritado eu empurrei as portas que levavam até o dormitório dos Moroi.

Neve caia atrás de mim, e algumas pessoas olharam pelo salão principal observando minha entrada. Não surpreendendo vários deles olharam duas vezes. 

Engolindo, eu me forcei a não reagir. Eu estaria bem. Não tinha necessidade de enlouquecer. Novatos se machucavam o tempo todo. Era raro não se machucar. Eu admito que isso era mais óbvio que a maioria dos ferimentos, mas eu podia viver com ele até que curasse, certo? E não era como se alguém soubesse como eu tinha ganhado ele. 

— Ei Jimin, é verdade que a sua mãe socou você?— Eu congelei. 

Eu reconheceria aquela voz de soprano em qualquer lugar. Me virando devagar, eu olhei para os olhos profundos e azuis de Lalisa Manoban. Cabelo encaracolado loiro moldava sua face que seria fofo se não fosse o malicioso sorriso no rosto dela. 

Um ano mais nova que eu, Lalisa tinha levado Taehyung (e eu por associação) à uma guerra para ver quem podia arrasar com a vida do outro mais rápido, uma guerra, eu deveria acrescentar, que ela começou. Tinha envolvido em ela roubar o ex-namorado de Taehyung, apesar do fato de Taehyung ter decidido que no final das contas que não o queria, e espalhar todo tipo de rumor. 

Eu admito, o ódio de Lalisa não era injustificado. A irmã mais velha de Taehyung, Jennie, que morreu no mesmo acidente de carro que tecnicamente me "matou" tinha usado Lalisa quando ela era uma caloura. Se ela não fosse uma vaca agora, eu sentiria pena dela. Tinha sido errado da parte de Jennie, e embora eu pudesse entender a raiva dela, eu não acho que seja justo da parte dela descontar em Taehyung como ela fez. 

Taehyung e eu tecnicamente tínhamos ganhado a guerra no final, mas Lalisa tinha conseguido inexplicavelmente retornar ao topo. Ela não andava com a mesma elite que andava antes, mas tinha reconstruído um pequeno contingente de amigos. Maliciosos ou não, líderes fortes sempre atraem seguidores. 

Eu descobri que cerca de 90% do tempo, a resposta mais efetiva era ignorá-la. Mas nós tínhamos acabado de cruzar os outros 10%, porque era impossível ignorar alguém que estava anunciando para o mundo que sua mãe tinha socado você mesmo que isso fosse verdade. 

Eu parei de andar e me virei. 

Lalisa estava parada perto de uma máquina de venda automática, sabendo que tinha me atraído. Eu não me preocupei em perguntar como ela descobriu sobre minha mãe me dar um olho roxo. As coisas raramente ficavam em segredo por aqui. 

Quando ela viu meu rosto inteiro, seus olhos aumentaram em deleite. 

— Uau. E dizem que era um rosto que só uma mãe podia amar. 

Se fosse de qualquer outra pessoa, eu teria aplaudido a piada. 

— Bem, você é a especialista em ferimentos no rosto,— eu disse.— Como está seu nariz?

O sorriso gelado de Lalisa se contorceu um pouco, mas ela não desistiu. 

Eu tinha quebrando o nariz dela fazia um mês, no baile da escola, de todos os lugares, e embora o nariz tivesse sarado, ele agora era um pouquinho torto. Cirurgia plástica provavelmente o teria arrumado, mas pelo meu conhecimento sobre o dinheiro da família dela, isso não era possível agora. 

— Está melhor,— ela respondeu com exatidão. — Felizmente, só foi quebrado por um vagabundo psicótico e não por alguém relacionado a mim.

Eu dei o meu melhor sorriso psicótico.

— Que pena. Familiares te batem por acidente. Vagabundos psicóticos tendem a voltar para mais.

Ameaçar com violência física era normalmente uma boa tática com ela, mas nós tínhamos muitas pessoas ao redor no momento para ser uma preocupação legitima. E Lalisa sabia disso. 

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