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O céu escureceu, as nuvens carregaram a munição, o frio assolou o ambiente sombrio

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O céu escureceu, as nuvens carregaram a munição, o frio assolou o ambiente sombrio.

Essa era a visão de Jimin, um dia de pleno luto. Nem mesmo no dia do velório dos pais, ele se sentiu tão pressionado a segurar as lágrimas. Ele não é do tipo que chora com facilidade, mas naquela situação, ele quer deitar no colo de Vivienne e soluçar até perder o ar, engasgando com a intensidade das lágrimas. Para limpar sua alma atormentada. 

Perder tudo foi… sufocante, morrer nunca foi uma opção, mas desistir, sim. E estar naquela carruagem, onde seus pertences são sacudidos com os solavancos da estrada, é quase como um segundo velório. Ele está dando adeus à sua liberdade, ao seu livre arbítrio, aos seus sonhos.

Submissão era esperada vinda dele, total obediência ao seu futuro alfa, um homem que sequer viu a sua vida inteira. Diz seu avô que Lorde Eglington viu um retrato seu e decidiu que Jimin seria seu noivo. A fortuna da família Park foi desperdiçada em jogos de azar e prostitutas, pois estava sendo regida pelo avô consumido pela luxúria. Ele gastou até o último centavo, e ainda jogou tudo nas costas do neto, dando apenas duas opções: casar-se ou morar nas ruas. Jimin optou pela primeira opção, obviamente.

A França, sua terra natal, foi deixada para trás quando embarcou naquele navio. Como esperado do marquês endinheirado, ele ficou no primeiro andar, onde apenas os nobres se hospedam. Sendo sincero, Jimin queria mandá-lo ao inferno. Min Yoongi, seu futuro marido, o estava comprando como se ele fosse um objeto a ser leiloado, escolhido pela beleza e dando o valor mais honroso.

A marca. Esse era o seu temor. Teria de ser marcado, e esse elo é permanente, Jimin pertenceria ao alfa para o resto da vida.

— Ji? Está tudo bem? — Vivienne o despertou de sua reflexão.

— Hum? Ah, sim. Eu só estou um pouco pensativo — disse ao deixar a cortina cair na frente da janela. — Estamos em solo inglês, certo?

— Certo.

— Cada vez mais perto da infelicidade…

— Ji — Vivienne segurou a mão dele e acariciou o pulso coberto pela luva perolada. — Não fique pensando sobre isso, estamos juntos, eu vou cuidar de você até…

— Até o maldito casamento — finalizou com amargura. — Eu sequer vi o rosto dele.

— Apenas pense sobre como vai poder viver bem novamente, sem o velho arrogante e longe das garras da esposa mesquinha dele.

Jimin riu brevemente. Só Vivienne para arrancar-lhe risadas legítimas.

— Com você cuidando de mim, estarei tranquilo.

— Bobagem, o senhor sabe muito bem se cuidar. — A jovem tão ou mais medrosa que ele, acariciou a mão enluvada. — Você é um bom garoto, forte, determinado e muito gentil. Nunca conheci alguém como você, tão precioso — sorriu.

Aceite esse anel | JJK + PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora