Soulmates
Já se faziam dois anos desde que Choi Beomgyu decidiu ingressar no clube de fotografia de sua universidade, mergulhando de vez no sonho de capturar a essência do mundo através de suas lentes. Nesse tempo, a vida o surpreendeu com algo que ele não esperava: um romance. Ele havia começado a namorar Choi Yeonjun, um jovem encantador e confiante, cuja presença parecia iluminar ainda mais o caminho de Beomgyu. Ao lado de Yeonjun, os dias eram mais leves e preenchidos por risadas, enquanto dividiam momentos que se tornavam memórias preciosas, capturadas tanto em sua mente quanto em suas fotografias.
Beomgyu amava Yeonjun profundamente, e ele sabia que o sentimento era genuíno, compartilhado por ambos. Mas, por mais que tentasse ignorar, uma dúvida persistia em seu coração: "Se somos almas gêmeas, por que os olhos de Junnie não me mostraram o arco-íris?"
[...]
Beomgyu saiu de casa, sentindo a brisa suave da manhã acariciar seu rosto. Ele esperou pacientemente na calçada, o olhar fixo no horizonte, enquanto aguardava que Yeonjun chegasse com o carro para levá-lo até a universidade. Ambos estudavam na mesma universidade, a Universidade de Artes de Seul, e, enquanto Beomgyu se dedicava à fotografia, Yeonjun fazia parte do clube de música, onde sua paixão e talento pela música se destacavam. Beomgyu sempre admirou a dedicação de Yeonjun, mas, enquanto esperava, uma sensação de inquietação ainda o acompanhava, como se algo estivesse faltando.
Assim que o carro de Yeonjun parou ao seu lado, Beomgyu entrou pelo lado oposto e inclinou-se para deixar um beijo suave nos lábios do namorado. Yeonjun sempre fazia questão de levá-lo à universidade, insistindo que era a maneira dele de cuidar de Beomgyu e garantir que ele estivesse bem. Esse gesto simples de cuidado aquecia o coração de Beomgyu; ele adorava a preocupação atenta de Yeonjun, que, com um sorriso sereno, parecia transmitir a cada manhã que, ao seu lado, Beomgyu nunca estaria sozinho.
Quando chegaram à universidade, desceram do carro juntos, e Beomgyu deu um sorriso rápido para Yeonjun antes de seguir em direção ao seu clube de fotografia. Yeonjun, por sua vez, foi para o clube de música, onde passaria mais uma tarde envolvido com os acordes e melodias que tanto amava. Embora os dois seguissem caminhos diferentes durante o dia, a troca silenciosa de olhares e o sorriso que compartilharam antes de se afastarem diziam tudo: o apoio mútuo e a conexão profunda que ainda os unia, mesmo em suas rotinas separadas.
Ao entrar na sala, Beomgyu se acomodou em seu lugar de sempre, o canto mais próximo da janela, onde gostava de observar o movimento lá fora enquanto esperava a aula começar. Ao seu redor, os outros estudantes conversavam e se organizavam, mas ele, como de costume, estava sozinho em sua fileira. Minutos depois, o professor entrou com uma expressão séria, ajeitando os materiais sobre a mesa.
— Muito bem, turma, antes de começarmos, gostaria de informar que temos um novo aluno. Ele avisou à secretaria que chegará um pouco atrasado, então peço que o recebam bem quando chegar.
Para Beomgyu, não era nenhuma novidade. Toda semana, novos alunos entravam e outros saíam, algo comum em uma universidade tão prestigiada e dinâmica. Pessoas de diversas partes chegavam constantemente, atraídas pela reputação do curso de fotografia. Ele já havia se acostumado a ver rostos novos a cada semestre, então a ideia de mais um novato não despertava exatamente sua curiosidade.
A aula transcorreu normalmente até que, em certo momento, a porta se abriu, e o novo aluno finalmente apareceu. Ele entrou sorrindo, com um ar levemente envergonhado, enquanto o professor da segunda aula o recebia com um sermão discreto sobre pontualidade. Beomgyu, que observava a cena com curiosidade, não conseguiu conter uma risada silenciosa ao ver o jeito atrapalhado do garoto tentando se explicar.
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C o l o r s [Taegyu+18]
FanfictionChoi Beomgyu busca sua alma gêmea, reconhecível pelo brilho colorido nos olhos ao se encontrarem - um sinal inconfundível de amor verdadeiro. Sua alma gêmea é Kang Taehyun, mas ele luta contra a própria sexualidade e recusa essa conexão. "Meus olhos...