04| Amigo da Onça

18 6 13
                                    

"Descobrimos do que somos feitos
Quando somos chamados para ajudar nossos amigos necessitados"


Acordo assustado com batidas na porta e por um minuto tento registrar onde estou e o que está acontecendo. Como um raio tudo vem rapidamente em minha mente: a boate, os drinks, a dança, o homem misterioso, a moto do homem misterioso, nós dois no hotel, os beijos, ele me devorando e logo após parando de repente, me deixando esperando.

Olho em volta e vejo a claridade dando boas vindas pela janela.

“Porra, eu dormi…”

Dou um tapa em minha cabeça, e esfrego meu cabelo em frustração os bagunçando no processo. A incredulidade se apossa de mim ao constatar que além de ter dormido, o diabo ainda me deixou aqui sozinho.

“Que filha de uma puta!!!”

Me ajeito rapidamente saindo daquele quarto de hotel com o resto de dignidade que ainda me resta. Ao passar pela recepção, sou informado de que tenho um bilhete me esperando e que a conta está totalmente paga.

“O mínimo, né? Até que ele não é tão babaca assim.”

Ao abrir o bilhete tenho vontade de me teletransportar para o lugar que aquele diabo está e socar a cara dele.

Não quis acordar a bela adormecida, pelos seus roncos (muito altos por sinal) você devia estar muito cansado, até qualquer dia anjo.

"EU NÃO RONCOOOOOO, QUE PATIFEE!!!"

Aborrecido caminho em disparada para fora daquele bendito hotel, enquanto chamo um uber pelo meu celular. Vou direto para o meu tão amado lar. A única coisa que eu quero no momento é passar uma borracha em tudo o que aconteceu, assim esquecendo que a noite de ontem existiu.

"Que vergonha! Como eu pude dormir???"

Corro em direção ao banheiro assim que coloco meus pés dentro de casa. Ao entrar embaixo do chuveiro tento lavar minha mente junto do meu corpo, mas é muito difícil esquecer aquele homem misterioso com olhos escuros como a noite e sua boca quente como o inferno.

Após incontáveis minutos saio do banheiro me sentindo um pouco revigorado, mas a frustração ainda está presente, por isso desabafo em minhas redes sociais e não me surpreendo quando meu telefone toca me mostrando o rostinho do meu amigo.

– Oi mimi, o que aconteceu? Por que você está tão frustrado?

Conto em detalhes para o meu amigo como conheci o homem misterioso e como a noite avançou.

– Ora… ora… oraaa! Park Jimin paquerando descaradamente. Quem diria meus amigos?! - Sua risada ressoa em meus ouvidos.

– Tinha alguma coisa naquelas bebidas, tenho certeza. - Digo incrédulo até agora do que me possuiu.

– Tinha era seu fogo no cu isso sim! Ficar na seca há milênios dá nisso. - Mostro a língua pra ele em uma clara infantilidade da minha parte.

– Ele parece que beija maravilhosamente bem, fiquei com calor só pelo seu relato. - Meu amigo se abana com a mão enquanto me provoca pela tela do celular.

– Ah sim, com certeza. Me beijou maravilhosamente bem, isso até parar o beijo do nada e ir tomar banho. - Conto com um bico se formando automaticamente.

– Do nada? Que bela maneira de cortar o clima. Será que ele estava com medo de estar fedendo? Não tomou banho antes de sair de casa, genteeee? - Finaliza indignado.

Watch Me Burn | Jikook | pjm+jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora