Danganronpa: THE LOST ONES I

Capítulo 2.1: DAILY LIFE

Já haviam se passado duas semanas desde a morte da Rose e a execução de Ashley. Embora ainda culpássemos Ashley por ter tirado a vida de Rose, todos sentimos o peso de sua execução brutal. Foi algo que marcou cada um de nós, algo cruel demais para apagar da memória. Em homenagem à Rose, organizamos uma pequena cerimônia. Desde então, porém, eu mal tenho saído do meu quarto exceto para comer. A saudade de Rose bate mais forte do que eu imaginava, como se algo em mim estivesse constantemente vazio.

*O som de uma batida na porta me tira dos pensamentos*

Wild: uhm...Amy?

*Meu coração se aquece ao reconhecer seu tom familiar, e respondo, tentando soar animada*

Amy: Pode entrar, Wild.

*A porta range enquanto ele a empurra devagar, um sorriso leve no rosto*

Amy: Na verdade, vim te chamar porque... o Rarikuma liberou o segundo andar para explorarmos

*diz ele, sem esconder uma ponta de ansiedade Dou um suspiro, ainda tomada pelas memórias, mas algo na notícia reacende uma curiosidade que eu achava ter perdido Após Wild me contar sobre o segundo andar desbloqueado, não pude deixar de sentir um certo alívio misturado com uma curiosidade crescente. Talvez fosse uma oportunidade de finalmente distrair minha mente de tudo o que havia acontecido até ali. Fui até o corredor e nos encontramos com o resto do grupo, que também parecia ansioso. Rarikuma havia permitido que explorássemos as novas áreas, e isso certamente traria novas descobertas ou talvez ainda mais mistérios Primeiro, nos deparamos com a Sala de Costura. A porta estava entreaberta, e ao entrar, um cheiro de tecido novo invadiu as narinas. A sala era cheia de mesas com máquinas de costura e luminárias de mesa, um ambiente silencioso e meticulosamente organizado. Em uma das mesas, uma tesoura estava cuidadosamente posicionada, com uma fita métrica e uma linha enrolada ao lado, como se alguém estivesse prestes a começar um trabalho. A parede à esquerda exibia um display com oito bonecos de tecido, todos com roupas simples e feições inexpressivas, dando à sala um toque peculiar, quase como se algo estivesse faltando ali*

Melissa: Não sei o que é mais estranho, esses bonecos ou a sensação de que alguém esteve aqui recentemente

*Passamos para o Anfiteatro. Ao abrir a porta, fomos recebidos pela visão de um grande salão com várias cadeiras organizadas em fileiras, e um palco central, grande e imponente. Atrás das cortinas, um corredor levava a uma série de camarins com decorações em tons retrô e vintage, como se fossem cenários de um espetáculo que nunca aconteceria. As luzes estavam apagadas, mas ainda podíamos sentir a tensão no ar, como se o ambiente estivesse aguardando algo*

Gigi: Isso parece o cenário de um filme de mistério

*Seguimos para a Piscina, que estava localizada ao fundo. Era um local amplo, com uma piscina no centro e uma área de lazer ao redor. Havia cadeiras de espreguiçadeira e, ao lado, um pequeno armazém que guardava boias, toalhas e roupas de banho. Dentro do armazém, encontramos bermudas de praia para os rapazes e maiôs para as garotas, uma clara lembrança de que ainda éramos "jovens" presos ali, à mercê de um destino que nos parecia cada vez mais incerto*

Faerie: Bem, pelo menos teremos algo para fazer se quisermos um pouco de diversão

*A próxima sala foi a Sala de Treinamento, que parecia ser dividida em duas áreas distintas: a sala de controle e a sala principal de treinamento. A sala de controle estava equipada com uma série de monitores e botões que nos davam acesso a uma grande centrífuga no centro da sala ao lado. Fomos informados de que a centrífuga só seria ativada se alguém estivesse na sala de treinamento, o que parecia uma configuração bastante estranha, como se fosse um experimento ou um teste*