Aqueles Olhos

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"Aquellos ojos verdes
Serenos como un lago
En cuyas quietas aguas
Un día me miré"
             ~Aqueles olhos verdes- Milton N.

Era uma noite de tempestade, não havia Lua e a única luz era o dos raios que rasgaram o céu. Embora a morte não temesse nada, Rio se sentía estranha, era uma sensação nova, como se sua existência dependesse do rumo que aquela noite tomaria.
Estava vagando em meio a chuva quando foi invocada, de todos os cenários que poderia imaginar não havia imaginado que seria chamada ao fim de um parto. Mães costumam implorar para que ela deixe os seus filhos em paz, e por mais que ela entenda não poderia deixar de fazer seu trabalho, mas aquela bruxa era diferente ela implorava para que a morte levasse o seu bebê.
Se aproximou do bebê que foi jogado de qualquer maneira no berço, pensava que talvez a criança tivesse nascido com alguma deficiência, mas a menina era perfeita. Quando a pequena abriu seus olhos Rio entendeu a sensação que sentirá durante toda a noite, aquela criança era seu destino.
  Foi arrancada de seu momento pelos gritos da bruxa que ordenava que Rio levasse a menina, "leve essa aberração com você, essa menina é o próprio mal "; Rio sentia repulsa a cada palavra que saia da boca da mulher.
  " Qual o nome da criança?", Rio perguntou para a bruxa curandeira que estava ao lado da mulher que deveria ser a mãe da linda menina.
"Agatha, o nome dela é Agatha", a voz da mulher quase não sairá de tanto temor, mas aquilo nem um pouco importou Rio, sua atenção era completamente para a pequena menina que em meio a todo aquele cenário estava calma e não tirava os olhos de Rio.
"A única aberração que existe nesse lugar é você, Agatha é puro poder, você a teme pois nunca poderá controlá-la", Rio fala diretamente para a bruxa que se assusta com a forma de morte que ela assume, " a menina ficará aqui e será bem cuidado, caso contrário  voltarei para levar você, e garanto que não será uma passagem agradável."
Voltando novamente a forma humana se aproximou de Agatha que em nenhum momento tirou seus olhos de Rio, " que sua vida seja longa e boa pequena, te veo", antes de deixar a menina conjurou uma flor de azaléia e deixou ao seu lado, antes de seguir meu caminho olhou mais uma vez aqueles curiosos olhos verdes só com uma coisa em mente, aquela criança um dia seria sua perdição e a parte mais linda de sua eternidade.

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⏰ Última atualização: Nov 08 ⏰

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